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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - BIOGRAFIAS
Galeria dos militares santistas (4)

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Na sua edição especial de 26 de janeiro de 1939, comemorativa do centenário da elevação de Santos à categoria de cidade (exemplar no arquivo do historiador Waldir Rueda), o jornal santista A Tribuna publicou esta matéria (grafia atualizada nesta transcrição):
 


Imagem: reprodução parcial da matéria original

Galeria de notáveis militares santistas

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Marechal Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda (fidalgo da Casa Real) - Nasceu nesta cidade, a 5 de fevereiro de 1770, como filho legítimo do brigadeiro José Pedro Galvão de Moura Lacerda, moço fidalgo da Casa Real, com acrescentamento de escudeiro, e de d. Gertrudes Theresa de Oliveira Montes Moura Lacerda.

Sentou praça no Exército, na 1ª Companhia do Regimento de Infantaria da Praça de Santos, a 15 de junho de 1789.

Cadete a 18 de agosto do mesmo ano; alferes a 30 de setembro de 1796; tenente de Artilharia a 19 de outubro de 1798; capitão na 5ª Companhia da Brigada de Infantaria da Legião da Província, em 7 de outubro de 1807; major-comandante do 2º Batalhão, a 24 de junho de 1817, com antiguidade de 25 de abril do mesmo ano; coronel efetivo e comandante da Legião em 22 de julho de 1819.

Brigadeiro graduado por decreto de 17 de julho de 1822, com antiguidade do dia 24 de junho do mesmo ano. Teve dispensa do comando da Legião por decreto de 24 de fevereiro de 1823, logo após os agitados acontecimentos da Independência.

As promoções deste grande militar santista foram quase todas conquistadas por merecimento em guerras e combates.

Nomeado para marchar para a Campanha na Capitania de São Pedro do Sul em 6 de março de 1801, para lá seguiu, tomando parte em toda a guerra da Pacificação. Em 1811 ainda lá estava e, nesse ano e no ano seguinte de 1812, tomou parte na Campanha de Montevidéu, na qualidade de sargento-mor, tendo sido encarregado do comando de uma partida destinada a surpreender a guarda inimiga que se achava estacionada no Arroio Genovês, no Passo Dias Velez, de onde, regressando e apresentando muitos prisioneiros e tomadias, marchou com a infantaria escolhida para Salto, a fim de conter a passagem do exército inimigo para o lado oriental do Uruguai, recolhendo-se com sua coluna para os domínios portugueses, em 1812.

Já no posto de tenente-coronel, tornou a marchar para a Fronteira do Rio Pardo, em maio de 1816, comandando as guardas avançadas, compostas de dois esquadrões de Cavalaria da Legião de S. Paulo, 34 praças de Artilharia da mesma Legião, que guarneciam duas peças de Campanha, e duas Companhias de Dragões. Assistiu, neste ponto, à ação de Cassumbé, em outubro de 1816 e batalha de Catalã, em janeiro de 1817, sendo sub-comandante naquela.

Como comandante da fronteira do Rio Pardo, operou prodígios na ocasião crítica em que Artigas se dispunha a atacar a Capitania de S. Pedro do Sul, informando e dispondo as partes a tempo, pondo os meios de segurança ao seu alcance, até reunir-se ao general comandante em chefe, Joaquim Xavier Corado, a quem entregou o comando de todas as forças.

Preveniu, então, todos os preparativos para a marcha da Legião, aprontando pessoalmente as boiadas, cavalhadas e correames necessários, que garantiram posteriormente o bom êxito das operações. Na batalha de Catalã foi ferido em ação, sendo promovido. Comandou, depois, a sub-divisão que foi a Payssandu, em cuja ocasião abasteceu toda a divisão, com gado que apanhou na campanha, quando estava a mesma divisão à inteira míngua de carne, por estarem os inimigos senhores do campo.

Continuou sem interrupção as campanhas, até ultimar a pacificação da Província de Montevidéu, tendo recebido, a 17 de junho de 1820, o comando da Divisão da Direita, do general Corado, quando comandava as forças estacionadas no ponto de S. José do Uruguai. Voltou a S. Paulo em 1821, e foi então destinado para servir na Província. Foi mandado à comarca de Curitiba inspecionar o Regimento 18º de Cavalaria, e o Batalhão 39º da 2ª linha. No ano seguinte, prestou relevantes serviços à causa da independência brasileira, de onde lhe veio a última graduação. Foi reformado no posto de marechal, após 45 anos de serviço, falecendo em S. Paulo, a 13 de setembro de 1834.


Marechal Joaquim Mariano Galvão de Moura Lacerda
Imagem publicada com a matéria


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