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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - CERVEJA
Quando a loira gelada era santista... (2)

A cidade já contou com fábricas de cerveja
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Até perto do final do século XX, Santos contava com fábricas de cerveja, além das revendedoras de várias marcas da bebida, antes que começasse o movimento de interiorização no fabrico das chamadas loiras geladas. A mais lembrada é a fábrica da Cia. Antárctica, citada nesta matéria na página 4 da edição de 21 de setembro de 1937 do jornal santista A Tribuna (grafia atualizada nesta transcrição):


Imagem: reprodução parcial da matéria original

Empresa industrial que espelha o dinamismo paulista

A companhia Antártica e os fautores do seu progresso e desenvolvimento

Impressões colhidas pela reportagem da A Tribuna numa visita feita ontem à filial daquela modelar organização em Santos – Da racionalização do trabalho depende o maior rendimento das atividades – Uma gestão profícua e inteligentemente orientada

De uns tempos a esta parte, a direção da Companhia Antarctica Paulista, a poderosa e conceituada organização industrial que, fundada em S. Paulo há quase meio século, dentro de pouco tempo estendeu seu âmbito de ação profícua e inteligente por todos os rincões da Federação brasileira, vem tomando sábias medidas visando um maior desenvolvimento de suas atividades comerciais e industriais, alargando ainda mais o seu já vasto campo de realizações fecundas, com o patriótico intuito de concorrer eficientemente para maior grandeza do patrimônio nacional.

O acervo atual da Antarctica, que é um dos mais vultosos do país, exprime, com a eloqüência insofismável que só os números admitem sem contestação, a soma de energias e de esforços bem orientados empregada pelos dirigentes daquela empresa no sentido de atingir os fins progressistas colimados. E digamos, com a sinceridade que a lógica dos fatos concretos permite, que tais fins ultrapassaram a expectativa de seus próprios idealizadores, visto que, postos em prática, os resultados foram os mais promissores que imaginar se possa.

Atualmente, mercê dos processos técnicos que enquadram todos os trabalhos racionalizados, objetivando o maior rendimento das atividades positivas, os negócios da Antarctica tomaram um rumo certo e desimpedido, propiciando um futuro tão auspicioso quanto o presente e honrando, ao mesmo tempo, as tradições daqueles que, no passado, tanto batalharam em prol do engrandecimento de uma das mais florescentes indústrias nacionais.

Assim sendo, e tendo como escopo principal trazer os leitores bem informados de tudo quanto se vem fazendo, nos mais variados setores da vida brasileira, em benefício do progresso e do desenvolvimento de nossas atividades comerciais e industriais, deliberamos realizar uma visita aos escritórios da filial da Companhia Antarctica Paulista em nossa cidade. Para desempenho dessa incumbência, encaminhamo-nos, na tarde morna de ontem, para o local onde se ergue o edifício da referida empresa, sito à Rua Rangel Pestana n. 147.


Sugestivo aspecto apanhado pela nossa reportagem fotográfica, mostrando a frota da Cia. Antarctica, constituída de modernos autos-caminhões "Internacional", alinhados defronte ao prédio da filial da empresa, à Rua Rangel Pestana, 147
Foto publicada com a matéria

Uma colméia de realizações úteis – Logo que penetramos o portal de entrada do prédio, que impressiona pelas linhas sóbrias de uma arquitetura adequada a uma casa de trabalho, verificamos com prazer o asseio, a ordem e as condições de higiene que imperam na parte externa, isto é, jardins, pátios etc.

Atravessando rapidamente o jardim, ingressamos no escritório, colméia de atividades e labor fecundos. Atenciosamente, veio nos receber o sr. Julio Lourenço dos Santos, chefe dessa seção. Declinando nossa qualidade de representantes da A Tribuna e dando-lhe a conhecer os fins que nos levaram até ali, o sr. Santos imediatamente se dirigiu ao gabinete da gerência.

Dentro de alguns segundos, éramos acolhidos amistosamente pelo sr. Luís Vasone, que, na ausência do sr. Hans Scabell, que também exerce a gerência em conjunto, mas que ontem se encontrava na capital paulista a serviço, estava respondendo, como gerente que é, pelos negócios e expediente da empresa.

O sr. Vasone, que é o tipo do gentleman, pela delicadeza das maneiras e trato afável, colocou-se logo à nossa disposição, dando-nos também a liberdade de encarar o assunto, que ali nos havia levado, com a máxima franqueza.

Aproveitamo-nos dessa concessão para dar arras à nossa curiosidade de repórteres, ávidos de tudo saber e tudo esquadrinhar.

A gerência em conjunto data de ano e meio – A primeira coisa que fizemos foi cumprimentar o sr. Vasone pela impressão geral que tivemos, logo na entrada, motivada pelo aspecto agradável que apresenta o conjunto de todos os departamentos da filial de Santos. E tais cumprimentos não foram ditados por qualquer interesse subalterno, mas simplesmente porque a magnífica impressão que tivemos certamente também a terá o visitante que, em qualquer hora do dia, se disponha a perder, ganhando, alguns minutos, percorrendo as instalações da empresa em nossa cidade.

A uma nossa interpelação, ficamos sabendo que os srs. Hans Scabell e Luís Vasone vêm exercendo há um ano e meio as árduas funções de gerentes em conjunto, ambos perfeitamente identificados com a missão que lhes foi confiada, trabalhando dentro da maior harmonia em prol do desenvolvimento cada vez mais intenso dos negócios da Companhia em nossa praça.

Data de então o surto de engrandecimento progressista que tiveram os negócios da Antarctica em nossos meios comerciais. Dotados de visão nítida e segura dos modernos processos de comércio, conhecedores da psicologia dos fregueses, esses dois graduados funcionários da Antarctica, logo que iniciaram as suas atividades no desempenho de suas funções, cuidaram sem tardança de adotar os mesmos métodos de racionalização de trabalho introduzidos pelos seus superiores na matriz de S. Paulo. E os resultados foram os mais promissores possíveis.

É certo que, nos princípios de sua gestão, como ocorre no princípio de todas as coisas criadas, tiveram que lutar contra alguns hábitos e costumes arraigados, mas, depois de um trabalho de preparação inteligentemente delineado e bem executado, tudo correu à medida de seus desejos, advindo daí a atmosfera de satisfação e prazer que se nota em todos os departamentos da filial, onde os empregados, desde o mais modesto ao mais graduado, realizam a respectiva tarefa com a boa vontade peculiar ao trabalhador cônscio de suas obrigações e que não sente no espírito as preocupações atenazantes de dificuldades acrescidas de injustiças que sempre geram no ânimo de quem trabalha idéias de revolta.

Hoje em dia, segundo nos informou o nosso entrevistado, todos trabalham satisfeitos, porque houve não só um cuidadoso reajustamento na vida de cada empregado da empresa, como também dois aumentos de ordenado. Graças a esse reajustamento, os funcionários percebem o salário que lhes é devido pela competência e perfeita exação no cumprimento de seus deveres, sem preferências odiosas, nem clamorosas injustiças.

- Mas, sr. Vasone – interpelamos -, que nos diz a respeito da situação do sr. Carlos Herdade na Companhia Antarctica?

- Quanto a esse assunto, apenas me cabe dizer-lhes, em resposta, que o sr. Herdade há um ano e meio deixou de fazer parte do quadro de funcionários da Companhia, não sendo, ipso-facto, gerente, e nada mais tendo a ver com os negócios da Antarctica.


Nesta gravura, vê-se o sr. Luis Vasone, gerente da filial da Companhia Antarctica Paulista em Santos, quando falava ao representante da A Tribuna
Foto publicada com a matéria

Aumento da parte das vendas – Continuando, o sr. Vasone nos informou:

- Como não ignoram, a parte relativa às vendas, em uma organização do gênero da nossa, representa o eixo propulsor de todas as suas atividades. Ela pode ser considerada como a principal válvula, concorrendo eficazmente para a segurança da organização, devendo, em conseqüência, estar com todas as molas de seu mecanismo funcionando com a máxima regularidade.

- Conhecendo perfeitamente esse importante fator, logo que iniciamos a nossa gestão tratamos de estudar as formas capazes de fazer esse departamento dar-nos o maior rendimento com o mínimo de despesas.

- Felizmente, a equação foi resolvida a contento, de maneira que hoje em dia podemos dizer, com satisfação, que, graças ao esforço conjunto de todos e à sábia orientação da diretoria da Antarctica, que nos facilitou os meios de que carecíamos para poder agir objetivando a meta visada, as nossas vendas atingiram um nível superior jamais alcançado, com um mínimo verdadeiramente impressionante de despesas.

- Mas, por quê? – perguntarão os meus amigos repórteres. E eu então lhes responderei que aplicamos nesse departamento o sistema de trabalho racionalizado, que ótimos resultados já haviam patenteado na matriz. Os métodos de trabalho foram modernizados, deixando-se de lado certos sistemas antiquados e que já não condizem com o surto de progresso que se nota em todas as coisas, principalmente nas atividades comerciais da hora que passa.

A cargo dessa seção, que é uma das mais importantes da empresa, estão grandes interesses, ficando sob seu controle todos os vendedores, fiscais, propagandistas e viajantes para o litoral. Com um carinho todo especial, o sr. Luís Vasone chamou a si a responsabilidade da direção da complicada engrenagem desse departamento e, pelos dados estatísticos que nos foram mostrados, pudemos aquilatar do esforço por ele despendido, de modo a poder apresentar um aumento de 50% nas vendas.

Como principal fator desse aumento, está a medida que foi tomada pela gerência, fazendo uma distribuição mais inteligente do pessoal encarregado das vendas, distribuindo-o pelos setores em que ficou dividida, para os fins comerciais da companhia, a nossa cidade. Assim, cada vendedor tem agora o seu setor, tendo terminado as antigas questiúnculas e rivalidades ocasionadas pelo fato de mais de um vendedor operar na mesma zona ou setor, com o que, é bom frisar, não só ganhou a empresa, como ainda os próprios vendedores e a freguesia.

A frota rodante da companhia – Procurando dar maior eficiência ao seu serviço de entregas, a atual gerência, que encontrara os caminhões e demais veículos em péssimo estado de conservação, depreciação e higiene, consultou a diretoria, que a autorizou a encaminhar o pedido do material rodante necessário.

Assim é que foram adquiridos grandes autos-caminhões "Internacional", para os serviços pesados, e para as entregas rápidas foram comprados autos-caminhões "Décauvé", que realizam uma grande economia de combustível, bastando dizer que os mesmos consomem apenas 1 litro de gasolina para um trajeto de 11 a 14 quilômetros. Com essa reorganização, foram postos à margem 10 carros, o que representa uma notável economia.

Mantém a filial uma cocheira, atualmente muito reduzida, porque a tração animal não é mais compatível com o espírito de dinamismo moderno, que se nota em todas as atividades do momento, sendo, por isso, remetidos para S. Paulo muitos animais que eram empregados nas carroças.


Esta gravura nos mostra o depósito da fábrica de gelo da filial em Santos da Antarctica Paulista, onde o nosso representante arrostou com a temperatura glacial de 3 graus abaixo de zero
Foto publicada com a matéria

Os depósitos da Antarctica – Além da filial de Santos – informou-nos o sr. Vasone, mantemos ainda alguns depósitos para os nossos produtos, figurando entre eles o Depósito Central, os do Guarujá, Cubatão e São Vicente. Esses depósitos, como não poderia deixar de ser, sofreram fundamental reforma, sendo feita uma reorganização eficiente e capaz de apresentar os melhores resultados. Graças ao aparelhamento de que os mesmos dispõem, assim como a excelência dos produtos da Antarctica, essa empresa mantém atualmente completo domínio no mercado.

Os depositários demonstram muito interesse, dedicação e atividade, cooperando para a melhoria cada vez mais crescente dos negócios. É que, como já dissemos acima, a gerência presta a máxima atenção a toda a freguesia, tratando-a com a urbanidade e consideração a que faz jus, por determinadas razões que são fáceis de ser compreendidas.

Os novos tipos de licores Dubar – Falou-nos o sr. Vasone sobre a aceitação sempre progressiva dos produtos da Antarctica, cujos competidores já desanimaram na concorrência que lhe vinham fazendo. A companhia, a fim de atender a um consumo sempre crescente, resolveu ampliar a sua fábrica de licores e destacar nitidamente este ramo de sua atividade, criando para esse fim a nova denominação e marca geral "Dubar".

O hábito é uma segunda natureza – segundo o provérbio -, e a moda adquire foros de hábito quando permanentemente em voga. Mas, há modas e há costumes.
Nas longínquas cidades, onde a civilização só é conhecida através de notícias, e essas mesmas vagas e imprecisas, é costume dos maiorais reunirem-se nas boticas e ali, entre baforadas de fumo, comentarem as notícias e "tesourarem" a vida alheia...

Nas grandes cidades, porém, onde a civilização se manifesta em esplêndidas realizações, como Santos, por exemplo, a moda é a reunião dos elementos de escol em pontos escolhidos e distintos, para, entre alguns coquetéis, comentarem os acontecimentos do dia. Essa moda já é um hábito nas principais cidades do Brasil, como o é nos grandes centros da Europa e América do Norte.

Entre os acontecimentos, uns há que agradam e outros que aborrecem; e entre os coquetéis, uns há que deliciam e outros que desagradam. Os acontecimentos seguem seu curso normal e não há quem possa detê-los ou modificar os seus efeitos; os coquetéis, porém, não. Poderão ser sempre deliciosos, desde que o barman os saiba preparar com arte e conheça os produtos Dubar, servindo-os gelados, bem gelados.


Interessante fotografia apanhada do Monte Serrate, mostrando o grupo de edifícios em que funcionam os diversos departamentos da filial em Santos da Antarctica
Foto publicada com a matéria

Organização interna e externa da companhia – Os atuais diretores da Companhia Antarctica Paulista são personalidades de grande projeção em nossos meios sociais, econômicos e industriais. Desfrutando de prestígio graças á sua experiência e idoneidade, eles têm conseguido manter em nível superior os altos interesses da Antarctica.

Compreendendo a necessidade de uma reorganização em bases sólidas e justas da filial de Santos, em boa hora eles confiaram essa delicada tarefa a Hans Scabell e Luís Vasone. Estes dois cavalheiros, modestos e afáveis nas maneiras, viram logo que se fazia mister algumas modificações na parte interna dos serviços, em perfeita consonância com os externos, fortalecendo alguns e melhorando outros, de modo a que uns fossem o complemento dos outros.

E esse objetivo foi satisfatoriamente realizado, sendo notável o melhoramento que agora se observa nessas duas fontes vitais de todas as energias produtivas da poderosa organização industrial.

Para facilitar a tarefa dos empregados da parte externa, a companhia resolveu ainda dar uma bonificação à sua clientela, constante de um quarto de gelo, de 6 quilos, para qualquer freguês que faça um pedido de uma dúzia de cervejas.

Visitando outros departamentos da filial – Demonstramos ao nosso entrevistado a satisfação que tínhamos em percorrer os departamentos de atividade da filial santista da Antarctica. Muito solicitamente, o sr. Vasone se prestou a acompanhar-nos, mostrando-nos e dando-nos todas as explicações necessárias a respeito das seguintes seções: a do "Ponto", que controla as horas de entrada e saída do pessoal, por sistema americano, marcado a relógio e com as respectivas fichas; a do "Almoxarifado", onde se encontra em perfeita ordem, denotando um trabalho impressionante de organização, todo o material de que carece a filial, nos trabalhos múltiplos de reformas, consertos etc., feitos na própria filial.

Na parte superior do departamento do "Almoxarifado", acha-se situada a seção de "Impressos e Material de Propaganda", em que se vêem perfeitamente enfileirados, cada coisa no seu devido lugar, todos os objetos indispensáveis a um escritório de grande movimento e a uma empresa de vasta propaganda; "Seção de Licores", "Seção da Companhia Progresso Nacional", a de Estoque, a de Pintura, que executa todos os serviços a "Duco", integrada por pessoal hábil e diligente; a de bombas de chope, que é uma das mais importantes porque diz de perto com a saúde do público que saboreia os deliciosos produtos da Antarctica.

Os aparelhos de chope, depois de recolhidos da rua, vão para um tanque de água fervente, sofrendo uma esterilização completa, de modo a ficarem limpos e livres de quaisquer resíduos e impurezas. Os aparelhos "Plongeur", também de chope e que são utilizados nos bares e grandes casas comerciais, sofrem igualmente um rigoroso banho de esterilização, sendo limpos com ácido nítrico.

As oficinas propriamente ditas são o que há de mais notável no gênero, em Santos. Dirigida pelo sr. José Bartel, essa seção concentra num mesmo amplo galpão várias seções, como sejam: carpintaria, ferraria, funilaria, selaria, marcenaria e mecânica. Todos os serviços de reparos de móveis, material rodante etc., são ali executados com rapidez e perfeição, trazendo incalculável economia para a empresa. Há também agora um moderno aparelhamento para lubrificação interna e externa da frota da companhia, com cujo melhoramento muito lucrará o material rodante, que será por mais tempo e em melhores condições conservado.
Visitamos o Almoxarifado de Móveis, onde são controladas todas as peças que são vendidas ou cedidas pela gerência aos seus clientes.

Entre os departamentos internos, porém, merece relevo especial a "Fábrica de Gelo", montada com todo o aparelhamento moderno indispensável, sendo considerada a melhor de Santos, com máquinas geradoras "Siemens-Suckert", para alimentar o frio das câmaras fabricadoras de gelo, onde se sente uma temperatura a 3 graus abaixo de zero. Dirige essa seção o sr. Cesar Marangoni.

Além de todos esses departamentos de atividade comercial e industrial, onde o trabalho é executado, com a precisão de uma máquina de relógio, existem ainda duas seções de grande importância para a vida da Companhia Antarctica Paulista: a de Exportação e a de Importação da Matriz. São seções com funcionários de São Paulo, mas subordinados à filial. Toda a mercadoria procedente da matriz, destinada ao Norte e Sul do País, passa pela filial, que tem para esse serviço um corpo especial de despachantes aduaneiros; a de Importação encarrega-se de providenciar sobre o pagamento de taxas aduaneiras e direitos do lúpulo e cevada, além de outros artigos, importados diretamente do estrangeiro, pela companhia, que no ano passado pagou de direitos fiscais mais de mil e duzentos contos em nossa Alfândega.

Manifestamos a nossa admiração por tudo quanto acabávamos de ver nessa visita à filial da Antarctica ao nosso amável entrevistado, que nos acompanhava nessa prazenteira esquadrinhação pelos recantos dessa grande forja de labor fecundo.

Enfim, ao terminar a nossa missão, o sr. Vasone nos explicou que há ainda, para maior controle da saída de mercadorias, uma conferência geral nos portões, conferência essa realizada por uma turma de guardas especiais, diariamente.

Disse-nos também que há um ano e meio a Antarctica vem sendo a distribuidora exclusiva em nossos mercados consumidores dos produtos da Companhia Progresso Nacional, tendo, graças a um sistema bem conduzido de propaganda, apresentado em nossa cidade um resultado digno de registro.

Demo-nos por satisfeitos por tudo quanto vimos e ouvimos. E, despedindo-nos de nosso entrevistado, mais uma vez o cumprimentamos pelo aspecto agradável que tudo ali apresenta aos olhos perquiridores do visitante, sobressaindo a limpeza, a higiene e o asseio, que constituem a nota predominante de qualquer organização bem administrada.

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