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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ACS
A associação comercial dos santistas (4-g)

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Texto inserido no Almanaque de Santos - 1971, editado no final de 1970 por Ariel Editora e Publicidade, de Santos/SP, tendo como redator responsável o falecido jornalista Olao Rodrigues. Nessa publicação, as páginas 170 a 300 formam uma Edição Comemorativa do Centenário da Associação Comercial de Santos:
 

Associação Comercial de Santos - 1870/1970


Eis a história que se firmou à sombra da grandeza de Santos

Governou o Município por decisão do povo

Em razão de sua influência e autoridade na vida comunitária, a Associação Comercial já foi convocada para dirigir o Município. E convocada pelo povo, que nela via e sentia organismo suscetível de refrear o impulso e precipitação que dominavam o ambiente político da terra. Faz tempo que isso ocorreu, no outro século (N.E.: século XIX).

Colocando-se em antagonismo com a ditadura implantada por Deodoro da Fonseca, o povo de Santos não perfilhou a atitude de Américo Brasiliense, então governador da Província, aliando-se, como se aliou, ao regime ditatorial. Houve resistência, houve pregação na rua, houve críticas da Imprensa, houve, enfim, ato público pelo qual o povo santista, repudiando o sistema administrativo, sustentou seus sentimentos de independência cívica-política, esse mesmo povo que provinha, por ideais e conterraneidade, de um grande santista, que dera emancipação à Pátria.

Foi no dia 14 de dezembro de 1891. Concentrado na Praça da República, o povo exigiu a deposição de Américo Brasiliense, do intendente e dos vereadores municipais, por meio de moção lida por Martim Francisco (3º), segundo a qual a administração do Município deveria ser entregue à diretoria da Associação Comercial, que se encarregaria de exercê-la até "que o novo presidente do Estado resolva a tal respeito as atribuições da atual Intendência, cuja competência fica terminada".

Em face desse pronunciamento popular, a Associação Comercial, no mesmo dia, assumiu a direção do Município, mas no dia seguinte transmitiu-a ao dr. Almeida Morais, que renunciou ao cargo a 18, três dias depois, passando-o ao organismo representativo do Comércio santista, que era presidido pelo dr. Antônio Carlos da Silva Teles.

Santos foi governada pela ACS até o dia 30 de dezembro de 1891, quando assumiram a nova Intendência os drs. João Galeão Carvalhal e Lino Cassiano Jardim e srs. Francisco Cruz, Antônio Augusto Bastos, Antônio José Malheiros Júnior, Raimundo Gonçalves Corvelo e Teófilo de Arruda Mendes.

Por espaço de 15 dias, portanto, nossa Associação administrou o Município, assegurando-lhe tranqüilidade social e ordem pública, antes conturbadas.


Os presidentes

Francisco de Andrade Coutinho (1901-1902)

Bico-de-pena de Ribs publicado com a matéria

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