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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM 1913 - BIBLIOTECA NM
Impressões do Brazil no Seculo Vinte - [18]

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Clique nesta imagem para ir ao índice da obraAo longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP. A obra teve como diretor principal Reginald Lloyd, participando os editores ingleses W. Feldwick (Londres) e L. T. Delaney (Rio de Janeiro); o editor brasileiro Joaquim Eulalio e o historiador londrino Arnold Wright. Ricamente ilustrado (embora não identificando os autores das imagens), o trabalho informa, nas páginas 161 a 166, a seguir reproduzidas (ortografia atualizada nesta transcrição):

Impressões do Brazil no Seculo Vinte


Diretoria do Jockey Club, do Rio de Janeiro, para 1909-10
Foto publicada com o texto, página 161

Esporte

aís de origem latina, situado além disso numa zona do globo cuja temperatura não é por si um estímulo aos exercícios físicos, o Brasil não começou a interessar-se pelos esportes, seriamente, senão pelos meados do século passado (N.E.: séc. XIX).

Por esse tempo, porém, não se pode ainda dizer que o gosto pelos esportes fosse bastante generalizado, de modo a contribuir para a educação física do povo.

Simples divertimento, com as regatas, ou pretexto para jogar com as corridas de cavalos, ele não teve senão muito mais tarde os benéficos efeitos que lhe são justamente atribuídos.

Pode-se dizer que só a penetração de ingleses e norte-americanos, sobretudo de ingleses, que se foram estabelecendo no país e constituindo colônias, em que conservam seus hábitos e meios de vida nacionais, levou ao Brasil o gosto são pelos exercícios físicos, com o espírito regenerador que lhe atribuem as raças anglo-saxônicas.

Em artigos que se seguem a esta introdução geral, expomos a evolução de cada um dos principais esportes no Brasil e seu presente estado. O que convém assinalar aqui, de modo geral, é o grande interesse que hoje despertam no país todos os esportes, preparando uma raça mais sadia e mais forte. Convém ainda dizer que essa reação salutar começou a fazer-se principalmente com o rowing, que preparou já uma pequena geração de atletas, ao mesmo tempo que difundiu entre a melhor sociedade um vivo interesse pela vida esportiva.

Presentemente, o remo tem sido um pouco abandonado pelo futebol, cujos campos se enchem todos os domingos de jogadores e espectadores, ao mesmo tempo que o turfe absorve outra grande massa de população.

Por toda a parte, abrem-se novos clubes esportivos, centros de cultura física, onde a agilidade e elegância da esgrima são exercitadas, ao mesmo tempo que se desenvolve a resistência dos músculos, na violência das lutas greco-romanas. Em todos os colégios e escolas a ginástica, o tiro ao alvo, promovem a saúde do corpo e preparam os futuros soldados da pátria. Os próprios intelectuais que, entre as raças latinas, costumam tratar com certo desprezo as proezas dos músculos, mostram simpatizar francamente, estimulando-a, com esta alvorada esportiva, que promete ao Brasil uma raça mais forte, mais bela e mais sã.

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Uma corrida no Derby Club, Rio de Janeiro
Foto publicada com o texto, página 162. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

O turfe - O turfe foi instituído no Brasil em 1849, graças à iniciativa dum grupo de pessoas da melhor sociedade do Rio de Janeiro, entre os quais o brigadeiro conde de Caxias, depois marechal e duque; o barão de Rio Bonito, abastado agricultor; o coronel Polydoro da Fonseca; o dr. Antonio da Costa; Henry Harper, conceituado corretor de fundos; comendador Telles, agricultor; e o major João Guilherme de Suckow, negociante.

Foram esses os fundadores da Sociedade Jockey Club Fluminense, que construiu o seu campo de corridas em S. Francisco Xavier, subúrbio a 8 quilômetros da cidade. À nova sociedade faltavam os elementos indispensáveis para poder manter-se, pois que o público, não só porque o divertimento era ainda uma novidade, como pelas dificuldades de transporte, caro, moroso e incômodo, não freqüentava as reuniões.

Esgotou-se, pois, rapidamente o capital da sociedade que, como medida de ocasião, resolveu alugar o seu campo ao major Suckow, que efetuaria as corridas por sua conta, pagando uma renda de Rs. 400$000. Assim foi vivendo o Jockey Club até 1854, lutando com a falta de público, embora o imperador d. Pedro II prestigiasse sempre com a sua presença o nobre esporte. Em meados desse ano, um incêndio, propositalmente ateado por um empregado despedido do serviço, destruiu todas as arquibancadas, e esse prejuízo, aliado aos que já vinha sofrendo a sociedade, determinou a sua liquidação.

Até 1865, não obstante ter começado a se desenvolver o gosto pelo cavalo, não se cogitou mais de corridas. Em 1866, alguns apaixonados amadores de equitação fundaram o Club Jacome, que se propunha também a realizar corridas, tendo, efetivamente, logrado efetuar duas reuniões no Campo de S. Cristóvão. Divergências suscitadas numa assembléia geral dividiram, porém, os sócios, e o novo clube desapareceu igualmente.

A existências das duas sociedades, embora efêmera, desenvolvera o gosto pelas corridas, que já contavam com alguns dedicados amadores. Assim, em começo de 1868, um grupo, a cuja frente se achavam os srs. dr. Costa Ferraz e conde de Zerzberg, tratou de fazer ressurgir o Jockey Club.

Tantos e tão bem combinados esforços empregaram os dois dedicados turfmen que a 16 de julho de 1868 ficou definitivamente constituído o turfe no Brasil, com a criação do Jockey Club Fluminense. Cercada agora de mais elementos de valor, dispondo de capital suficiente e ligado o seu campo à capital, pela estação de S. Francisco Xavier, da estrada de ferro, que assegurava rápido e confortável transporte ao público, a nova associação progrediu rapidamente.

Em 1870, foi criado o Stud-Book para os animais importados, e em 1871, por iniciativa do sr. Henrique Possolo, foi instituído o Stud-Book nacional, destinado exclusivamente aos animais de raça nascidos no país.

Até 1873, as apostas faziam-se por meio dum bookmaker que arrendara à Sociedade um pequeno local,  onde estabeleceu uma espécie de pari-mutuel. Aumentando, porém, a concorrência, a diretoria resolveu tomar a seu cargo esse serviço, adotando o sistema usado em França. Tão acertada resolução deu em resultado notável aumento nas rendas da sociedade, que, nesse mesmo ano, realizou um grande prêmio para animais de puro sangue. Foi, portanto, em 1873 que, pela primeira vez correram no Brasil animais de puro sangue inglês.

À medida que o seu patrimônio aumentava, ia o Jockey Club melhorando o seu hipódromo, ora construindo novas cocheiras, ou dando mais capacidade às arquibancadas, ora tratando com mais cuidado da pista e aformoseando a paisagem, que foi ajardinada, colocando-se bancos em diversos lugares, para comodidade dos freqüentadores. As corridas de cavalos interessavam já o público que afluía em grande massa a todas as reuniões e, como resultado desse entusiasmo pelo nobre esporte, uma nova sociedade de corridas se fundou em 1884 no bairro de Vila Isabel. No ano seguinte, foi criado o Derby Club, cuja prosperidade se desenvolveu logo de modo notável.

Em 1889, tendo-se liquidado o Prado de Vila Isabel, surgiram duas novas sociedades, o Hippodromo Nacional e o Turf Club. Em 1890, possuía a capital do Brasil quatro sociedades de corridas, que funcionavam regularmente aos domingos e dias santificados. Todas eram bastante freqüentadas, mas o público dava preferência ao Derby Club, situado mais próximo à cidade e de mais fácil acesso, pois que os trens da Estrada de Ferro Central vinham parar quase junto às arquibancadas.

De 1889 a 1893, o turfe atingiu o máximo desenvolvimento no Rio de Janeiro, realizando-se provas importantes para as quais foram importados animais de custo elevado. Nos estados como S. Paulo, Paraná, Rio Grande, Bahia, Pernambuco, Amazonas e Rio de Janeiro fundaram-se também diversas sociedades de corrida, que tiveram, porém, vida pouco duradoura, à exceção das de S. Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, que ainda existem.

Em 1893, a grande crise que assoberbou todo o país fez-se sentir com grande intensidade no turfe, determinando a liquidação do Hippodromo Nacional e do Turf Club, e só à custa de grandes sacrifícios o Derby e o Jockey Club lograram resistir a essa situação tão premente que se prolongou por alguns anos.

A instituição que tanto havia prosperado esteve prestes a extinguir-se; não havia público, escasseavam os animais, e os próprios criadores do país, desanimados, abandonavam no campo os seus melhores produtos, que não achavam compradores senão a preços ínfimos, pois os prêmios tinham igualmente sofrido grande redução.

Dez anos se passaram assim, numa luta tenaz para que não morressem de vez as duas sociedades, às quais o turfe devia ainda a sua existência no Brasil. Em 1904, a situação do país  melhorou geralmente e logo se refletiu no turfe essa benéfica mudança. O público voltou de novo a freqüentar o útil esporte que, animando-se gradualmente, teve acentuada melhora. Fizeram-se novas importações, com o que melhoraram os programas, atraindo assim maior concorrência.


Um famoso garanhão brasileiro - descendente de Flying Fox.

Proprietário: cel. Leitão, São Paulo
Foto publicada com o texto, página 162

Desde então, até a época em que escrevemos, as corridas têm tido crescente desenvolvimento, auxiliadas pelo favor público que, de ano para ano, tem sempre aumentado. Em 1911 o Derby e o Jockey Club distribuíram em prêmios a quantia de 716:720$000, sendo 360:325$000 oferecidos pelo Derby Club e 356:393$000 pelo Jockey Club. O movimento de apostas foi de Rs. 2.205:545$ no Derby Club e de 2.436:923$ no Jockey Club. A estação de 1912 promete exceder a anterior, não só pelo elevado número de animais novos que acabam de ser importados, como pelo entusiasmo que se nota no público, muito apreciador das lutas hípicas.

O campo de corridas do Jockey Club, situado próximo à estação de S. Francisco Xavier, dispõe de uma pista perfeitamente plana, de forma oval, medindo 1.609 metros. As arquibancadas comportam 3.000 espectadores, mas há espaço suficiente para novas construções. A natureza do terreno é muito arenosa, o que o torna excessivamente pesado na estação quente. As condições atuais da sociedade são muito prósperas, o que lhe permitiu a compra dum terreno na Avenida Central, onde está construindo um bom edifício para a sua sede. O seu presidente, o dr. Aguiar Moreira, é um engenheiro distinto e dedicado turfman.

O Derby Club é presidido desde a sua fundação, em 1885, pelo dr. Paulo de Frontin, que é, ao mesmo tempo, presidente do Club de Engenharia. Esta sociedade tem a sede em excelente prédio próprio na Praça Tiradentes, mas está construindo um novo edifício para a sua instalação, na Avenida Central. O hipódromo do Derby Club não dispõe de tão vasto terreno como o do Jockey Club, e por isso a sua pista mede apenas 1.450 metros. As arquibancadas são todas de ferro, muito elegantes, e podem acomodar 2.000 espectadores. O hipódromo está situado no terreno existente entre a Rua de S. Francisco Xavier e a Estrada de Ferro Central, a 4 quilômetros do centro da cidade.

As corridas de cavalos são o esporte mais seguido pela população do Rio de Janeiro, e por ocasião das grandes provas clássicas, a que comparece sempre a melhor sociedade, não é raro ver reunida nos hipódromos uma assistência de 12 a 15.000 pessoas.

A criação nacional está ainda pouco desenvolvida, mas já apresenta alguns bons exemplares, produtos dos estados de S. Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, cujo cima se presta muito à indústria pastoril eqüina.

De todos os prêmios oferecidos aos animais nascidos no país, pelas sociedades do Rio de Janeiro, ocupa lugar de destaque o Grande Prêmio Cruzeiro do Sul, cujas condições equivalem às do Derby de Epsom, sendo a inscrição feita até 3 meses depois do nascimento dos produtos. Este prêmio foi realizado pela primeira vez em 1883 e teve por vencedora a potranca Mascotte II, por Osman, nascida no stud do sr. Dr. Antonio Prado, em S. Paulo.

O Grande Prêmio Jockey Club é uma prova internacional destinada aos animais de 3 anos e mais idade: foi fundado em 1875 e tem sido realizado anualmente, desde essa época. A importância desse prêmio iniciou-se com  5:000$)00 e foi sendo gradualmente elevada até 30:000$000 em 1892 e 1893; depois, tem oscilado entre 10:000$000 e 15:000$000.

Outra prova internacional, o Grande Prêmio Rio de Janeiro, é oferecida anualmente pelo Derby Club, desde 1885. Para animais nacionais, o Derby Club oferece ainda um prêmio importante, denominado Derby Club, cuja importância, iniciada com o prêmio de 5:000$)00, atingiu em 1910 a 25:000$000.

Os melhores animais nacionais que têm figurado no turfe brasileiro foram Pery, Boreas, Hercules, Guyanaz, Ijuhy, Rapido, Saint Sylvestre, Sylvia, Abaeté, My Boy, Juca, Tigre e Sans Pareil, provenientes em quase sua totalidade dos haras de S. Paulo e Rio Grande do Sul.

Entre os animais estrangeiros têm principalmente sobressaído os ingleses, cuja importação tem sido muito aumentada nestes últimos anos. Os principais foram: Osman, Sans Pareil, Corneille, Damietta, Phrynéa, Salvatus, The Money, Aventureiro, Jugurtha, Moltke, Soberano e Maestro.

Quanto a jóqueis, deixaram bons discípulos os ingleses A. Joon, James e Jorge Luff, Hinds, Friederick, Tom Brown e Arnold, excelentes profissionais que durante alguns anos aqui exerceram a sua atividade. Dos discípulos desses mestres da cravache, merecem ser registrados Francisco Luiz (falecido), Marcellino, Lourenço Junior e Domingos Ferreira, que são atualmente os melhores.

Os garanhões que melhor têm produzido foram Osman II (francês), Sans Pareil (inglês), Corneille (inglês), Petersham (inglês), Cesar (inglês), Nicklauss (francês), Piquet (argentino) e Oder (argentino). A criação de cavalos de puro sangue tem-se desenvolvido principalmente em S. Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, onde existem já estabelecimentos de certa importância. As estatísticas, muito deficientes, não permitem fazer um cálculo exato: mas devem andar em 200, mais ou menos, os nascimentos de animais de raça thorough-bred, anualmente, e com visível tendência para aumentar.

O turfe prospera com lentidão, é certo, mas nestes últimos anos tem apresentado notável melhora; e tudo leva a crer que, em futuro próximo, representará um importante ramo da indústria pastoril do país.

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Corrida no Jockey Club
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Rowing - Quase desde os primeiros tempos da história brasileira há notícias de esportes náuticos. Contudo, só depois da última metade do século XIX aparece a primeira tentativa de organização de um clube de regatas.

Em 20 de agosto de 1846 dá o Jornal do Commercio notícia de uma corrida a canoas ao longo da praia de Santa Luzia, corrida essa que parece haver despertado algum entusiasmo. E em 1850 os jornais do Norte publicaram vários artigos sobre a organização de regatas. No Ceará, encontramos o primeiro exemplo da realização de importantes corridas, e quase simultaneamente há notícias de apostas em botes e canoas efetuadas na Bahia e no Pará.

Mais ou menos por essa ocasião se despertou o interesse popular numa cidade do Rio de Janeiro, onde teve início a construção de botes de corridas. Em Niterói, que sempre tem sido um grande centro de esportes náuticos, se fundou o primeiro clube, conhecido pela denominação de Grupo dos Mareantes, que a 3 de dezembro de 1851 realizou a sua primeira regata.

Pouco depois começaram as regatas a tomar uma feição distinta na vida social e atlética de todos os Estados. Depois de 1860 estão os jornais brasileiros cheios de notícias náuticas, em que a marinha figura proeminentemente, e, em 1862, neles encontramos a descrição de duas regatas promovidas pela classe naval. Destas, a segunda foi em homenagem ao marquês de Pombal, com assistência do imperador e imperatriz e numerosa comitiva de altos dignitários; o programa constava de três partes: uma para amadores, outra de profissionais e outra da marinha. No ano seguinte houve uma regata em Botafogo, em que se inauguraram vários tipos novos de barcos, inclusive Bellorophonte e Zardo, a seis remos, que foram especialmente construídos para essa festa.

As lutas com o Uruguai em 1864 e a guerra do Paraguai, de 1865 a 1870, de fato paralisaram este movimento, que só de 1874 em diante reassumiu nova fase de desenvolvimento, com a fundação do Club Guanabarense, em Agosto desse ano. A primeira festa deste clube realizou-se em 1876. Também em Niterói, novo grupo se organizou, com o nome de Club Nautico Saldanha, que contava entre os seus membros velhos e experimentados remadores, como Pedro Massèire, Manuel Bento de Faria Junior, Gustavo de Mattos Pedro Faller e José Pires da Silva. Por esse tempo, as regatas assumiram um novo aspecto e a aquisição de aparelhos e guigas começou a preocupar os clubes.

Um grande impulso foi dado em 1885 a este gênero de esporte, com a formação do Club de Regatas Cajuense, e em setembro do mesmo ano o Club Guanabarense festejou com uma regata a ancoragem das esquadras americana e britânica na Bahia, com a assistência do imperador e imperatriz e altas autoridades da nação. Nessa festa, tomaram parte a Sociedade Franceza de Gymnastica e o Club Athletico Fluminense, que tinham seções dedicadas às regatas. A festa do Club de Regatas Cajuense, em 1886, foi talvez a mais importante que se realizou naquela época. Nela tomaram parte representantes do Club Gymnastico Portuguez, do Club de Botafogo e da Sociedade Franceza de Gymnastica.

Anos depois, novos elementos vieram fortalecer o gosto por este esporte, com a fundação, em 1887, do Club Internacional de Regatas, que realizou um festival em honra de um cruzador francês pelos fins do mesmo ano.

Em 1888, para celebrar a data da abolição dos escravos, 13 de maio, foi promovida uma nova festa, com a presença da Casa Imperial, e em que tomaram parte representantes do Club Guanabarense, da marinha e das Escolas Militar e Naval. Esta festa realizou-se em Botafogo e ainda hoje dela se fala, dando-se-lhe o nome de Regata da Abolição.

Em 1892, dois clubes notáveis se inauguraram, L'Union Française des Canotiers e o Club de Regatas Fluminense. Os primeiros diretores deste último foram os conhecidos remadores do extinto Club de Regatas Cajuense. Em seguida, a mudança que houve no movimento desse esporte, constou da saída do veterano Luiz Caldas do Club Guanabarense e da formação do Grupo de Regatas Botafogo, que depois se transformou no atual, bem conhecido, Club de Botafogo.

Ao mesmo tempo, no Rio Grande do Sul, a colônia alemã e alguns brasileiros se reuniram para formar o Grupo de Regatas Rio Grandense, assim como também se organizou outro em Santos. Essas tentativas constituíram o começo de um movimento animador, que tem continuado com entusiasmo em ambos os centros.

No Rio, a Sociedade Tenentes do Diabo, que tinha em suas fileiras alguns amadores do remo, organizou uma importante regata, que despertou enorme interesse. Outro festival, também de importância, foi o organizado pela Marinha nacional em honra do almirante Barroso, herói da batalha do Riachuelo. Uma das partes mais importantes do programa foi a corrida, a seis remos, entre membros da Union des Canotiers e do Grupo de Botafogo, a qual foi vencida pelos brasileiros.

No ano de 1893, formou-se o Club de Regatas Paquetaense, e nesse mesmo ano a Union des Canotiers promoveu uma grande festa náutica, em benefício da Associação Protetora dos Homens do Mar, na qual tomaram parte os clube e tripulações dos navios de guerra. Também foi realizado um torneio náutico, em benefício dos parentes das vítimas do cruzador Solimões.

No ano seguinte, transformou-se o Grupo de Botafogo em Club de Regatas de Botafogo, que desde então tem tido grandes êxitos. Desta época em diante, têm surgido dentre os membros do Botafogo vários grupos, tais como o Grupo de Regatas Luiz Caldas, o Sul Americano e o Veteranos do Remo.

Por cerca desse período de tempo, animou-se o movimento de regatas com a formação de duas novas organizações, com os nomes de Grupo da Escola Militar e Club de Regatas 15 de Agosto. Em 1894, Luiz Caldas, figura de destaque na história das regatas e fundador do Club Guanabarense e Botafogo, desapareceu da atividade esportiva, e com esse fato pode-se dizer que o movimento local de regatas entrou em nova fase.

No Pará, Pernambuco, Bahia e Rio  Grande do Sul, a propaganda continuou sem interrupção, como o prova a fundação do Club do Remo, do Centro Nautico de Capeberibe, do Club Almirante Tamandaré. As partidas de regatas tornaram-se tão freqüentes na Capital e outros centros que seria impossível tentar fazer um relatório de todas.

Em 1895, houve a inauguração de três outros grupos na capital federal, que são: o Club de Regatas Gragoatá, com sede em Niterói, o Club de Regatas do Flamengo e o Club de Regatas de Icarahy. O yachting foi também incluído num programa em 1895, tendo sido vencedor o barco May-Be, do sr. Eduard May. Um novo clube, o Club de Natação e Regatas, foi fundado em 1896, mas por essa mesma época o Sul Americano se dissolveu.

Em Santos, fundou-se o Club de Regatas Santista, e no Rio o Club de Regatas Boqueirão do Passeio. No ano de 1898, outro se inaugurou em Santos, conhecido por Club Internacional de Regatas, e no Rio o Club de Regatas Vasco da Gama. Em Piracicaba, no interior de São Paulo, organizou-se um clube, e no estado do RIo de Janeiro o Club Nautico. Também foi inaugurado um Club Infantil, que não teve longa duração.

Mais ou menos por esse tempo, se fundou, no Rio Grande do Sul, o Club Fluvial de Regatas, e outra agremiação em Carangola, no estado de Minas. E digno de ser mencionado o Grupo de Regatas Feminino, organizado na Ilha de Pombaba sob os auspícios de d. Silvia Peixoto, d. Gabriella Filgueiras, d. Elisa Joppert e d. Alice Ferreira. Ainda nessa época, o Conselho Superior de Regatas Espirito-Santense iniciou os seus trabalhos; e no Rio Grande do Sul fundou-se o Ruder Club Porto Alegre.

Logo que o gosto por este gênero de esporte se apoderou do espírito brasileiro, novos clubes surgiram em todos os pontos do país e todos os anos crescia o número de associações. Eis uma lista dos novos clubes: Club de Regatas Alvares Cabral (Vitória); Club de Regatas Saldanha da Gama (Ceará); Club do Remo (Rio de Janeiro); Club Sportivo de S. Bento (Rio de Janeiro); Club de Regatas de São Paulo, Sport Club Nautico, Rowing CLub, Club Internacional de Regatas e Club dos Argonautas (São Paulo); Club de Regatas Saldanha da Gama (Santos); Grupo de Regatas da União Nautica (Rio de Janeiro); Sport Club Santa Cruz (Bahia); Grupo de Regatas Lagoense (Rio de Janeiro); Club de Regatas Pedro Alvares Cabral (Rio de Janeiro); Club de Regatas Almirante Barroso (Vila Velha-Espírito Santo); União Paulista das Sociedades do Remo (Santos); Club Gymnastico Maranhense (Maranhão); Club de Regatas Tieté (Tietê); Club de Regatas Itabuna (Itabuna), e Club Nautico de Capeberibe (Pernambuco).

Ao mesmo tempo, tem o esporte yachting (N.E.: iatismo) alcançado grande simpatia do povo. O Yatch Club Brasileiro e o Centro dos Veleiros têm realizado partidas, que despertaram grande entusiasmo e em que se apresentaram excelentes navegantes. Atualmente, as regatas e o yachting ocupam um lugar importante na vida atlética do Brasil. Nas três principais festas deste gênero, realizadas em 1909 no Rio de Janeiro pela Federação Brasileira, quarenta provas se efetuaram, das quais 9 ganhas pelo Grupo de Gragoatá, 7 peo Club Vasco da Gama, 7 pelo Club de Botafogo, 5 pelo Club de S. Christovam, 4 pelo Club do Flamengo, 3 pelo Club Internacional; pelos clubes de Icarahy, Natação e Regatas e Guanabara, 2 cada um; e 1 pelo Club do Boqueirão do Passeio.

A média das regatas, como se pode testemunhar, é muito alta, especialmente na capital federal. Mas tendo-se em vista o sistema inglês, nota-se que, entre os brasileiros, se põe demasiada confiança no trabalho dos braços, sendo um pouco defeituoso o trabalho com os bancos do bote; pois algumas equipagens, e das melhores, no momento da partida, dão com o corpo um avanço indevido, que produz uns pinotes no bote, prejudicando consideravelmente a sua marcha. Contudo, muito exercício se faz; e neste particular, é raro ver-se uma equipagem, preparada para um desafio, que não esteja no mais alto grau de condições.

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Um dia de grande prêmio, no Jockey Club Paulista
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Futebol - É este um dos esportes que mais entusiasticamente têm despertado o interesse dos brasileiros. A data do seu aparecimento no país não pode ser ao certo determinada; presume-se, porém, que fosse introduzido em 1886 e 1887 por membros da colônia inglesa de S. Paulo.

Não nos referimos à primazia que lhe poderia caber pela data mais ou menos remota em que apareceu no Brasil, mas unicamente ao fato do grande desenvolvimento que aqueles iniciadores lhe souberam dar, consagrando-o entre os seus mais favoritos exercícios e de modo a não deixar dúvida sobre a sua longa vitalidade no país.

Em época anterior a 1888, como já dissemos, se pode marcar o aparecimento do futebol em S. Paulo. Foi precisamente naquele ano que muitos ingleses residentes na capital paulista formaram o São Paulo Athletic Club, cujo primeiro ground se instalou na antiga Chácara Dulley em Bom Retiro. Mas, ou fosse pela pouca comunicabilidade natural dos ingleses, ou por outras quaisquer causas, o que é certo é que, durante cerca de dez anos, o futebol foi exclusivamente praticado por eles.

Em 1898, os alunos do Mackenzie College, em cuja educação física se exercia a influência do sistema norte-americano, fundaram a Associação Athletica do Mackenzie College, com o fim de proporcionar aos seus associados toda a espécie de jogos ao ar livre e, entre eles, o futebol. Pelo desinteresse natural, porém, de serem as partidas disputadas entre alunos, e de não haver senão um clube estranho com o qual poderiam jogar, o entusiasmo não foi grande a princípio. Só depois da fundação do Sport Club Internacional, em agosto de 1899, as partidas jogadas começaram a ter animação, tanto entre os alunos do Mackenzie College como entre os sócios daquele clube.

Por essa ocasião, em virtude de uma cisão entre os sócios do Internacional, formara-se também o Sport Club Germania. Os matches eram então jogados entre as quatro associações existentes e, principalmente, entre o Mackenzie e o Internacional, o seu maior rival. Essas partidas sucediam-se com longos intervalos; e era na Chácara Dulley, nessa época campo do Internacional, que de preferência se jogava. A assistência era diminuta e pouco entusiástica, conquanto para os clubes adversários tais encontros já tivessem um interesse bastante animador.

Em dezembro de 1900, fundou-se uma nova sociedade esportiva: o Club Athletico Paulistano, formado de elementos capazes de assegurarem ao futebol uma época de prosperidade. E foi o que aconteceu. Devido à forte e eficaz propaganda que o Internacional já havia feito desse esporte em suas festas no Velódromo e entre os seus sócios, o Paulistano conseguiu desenvolver-se rapidamente, formando logo um time, rival temível para aqueles que com ele se encontravam. Finalmente, como termo desta fase do desenvolvimento do futebol em São Paulo, o capitão do Internacional lançou a idéia da fundação da Liga Paulista de Football, o que foi bastante para fazer crescer de tal forma o entusiasmo por este esporte, que, em certo tempo, assumiu as proporções de uma verdadeira mania esse jogo que era até motivo de manifestações de desagrado nas festas esportivas.

Organizado o campeonato sob a direção da Liga Paulista e instituída como prêmio a Taça Paulista, foram jogados matches em 1902, 1903 e 1904, aos quais assistiram muitas vezes mais de oito mil pessoas. Eram concorrentes: o São Paulo Athletic Club, o A. C. Internacional, o Sport Club Germania e a Associação Athletica do Mackenzie College. O São Paulo Athletic Club, o veterano dos clubes de São Paulo, conseguiu obter o prêmio em questão, por ter, nos três anos, vencido os demais clubes filiados à Liga.

Em 1905, entrou em disputa uma nova taça oferecida pelo sr. conde Alvares Penteado. Este campeonato revestiu-se de grande brilhantismo, com mais um clube filiado, a Associação Athletica das Palmeiras. Saiu vencedor desta vez o Club Athletico Paulistano, obtendo colocação em segundo lugar o S. C. Germania, em terceiro o S. C. Internacional, seguido do C. A. Athletic Club e do Palmeiras.

Realizaram-se depois outros certames sensacionais e foram-se sucedendo, na Liga, diversas modificações. Em 1901, foram jogados em S. Paulo os dois primeiros matches interestaduais entre dois scratch-teams do Rio e S. Paulo, terminando o jogo por embate de 2 x 2 e 0 x 0. Os times representantes do Rio eram formados, na sua maioria, por membros da colônia inglesa, sócios do Rio Cricket e brasileiros vindos há pouco da Suíça, onde haviam aprendido o esporte.

Em 1902, por iniciativa de alguns sportsmen brasileiros, e rapazes que haviam freqüentado as escolas da Suíça, onde praticaram o futebol, fundou-se no Rio de Janeiro o primeiro clube que se denominou Fluminense Football Club e que desde então sempre caminhou na vanguarda das congêneres agremiações de amadores do Brasil, sendo as suas instalações de diversos esportes as mais aperfeiçoadas e bem montadas no gênero.

A cada match interestadual a concorrência aumentava, demonstrando assim o interesse que o novo esporte ia tendo entre o povo da capital federal. Pouco a pouco se foi o novo esporte desenvolvendo e, dois anos depois, via o Fluminense com prazer a sua iniciativa apoiada com a formação de novos clubes que, entretanto, se tão facilmente se fundaram, em breve se dissolviam, devido à falta de meio e educação esportiva da maior parte dos associados.

Contudo, os núcleos mais numerosos iam resistindo às primeiras crises e dificuldades de momento. E hoje há, no Rio de Janeiro, alguns clubes bem organizados como o Rio Cricket, de fundação anterior, o Fluminense, o Paysandu, o Botafogo e o Bangù.

Em 1904, devido ao impulso que lhe dera o Fluminense, já o futebol se achava bastante adiantado. Nessa época, por iniciativa do sr. Francis Walter, então presidente do Fluminense, foi fundada a primeira Liga, da qual faziam parte os seis clubes seguintes: Football and Athletic Club (extinto), Fluminense F.C., Paysandu C. C., Botafogo F. C., Rio Cricket and Athletic Association e Bangu A. C..

O primeiro campeonato, disputado em 1905, foi vencido com facilidade pelo Fluminense; e o mesmo sucedeu no ano seguinte. No terceiro ano, o último que lhe faltava para conquistar as taças Municipal e Colombo, foi o FLuminense derrotado uma vez pelo Botafogo, ficando os dois em igualdade de pontos. Devido a uma grande questão suscitada por este desempate, dissolveu-se a Liga, fundando-se no ano seguinte outra sobre as mesmas bases. O Fluminense venceu mais dois anos o campeonato, conquanto em quatro matches apenas uma vitória sobre o Botafogo. No terceiro ano, o último que lhe faltava para vencer o campeonato, foi facilmente derrotado pelo Botafogo, que assim se tornou o campeão (1910). No ano seguinte, 1911, tendo o Botafogo se retirado da Liga, devido a uma questão com o America, o campeonato careceu de interesse. Venceu-o facilmente o Fluminense, cujos adversários apenas conseguiram marcar um gol contra muitos feitos pelo time campeão de 1911.

Os matches entre Rio e S. Paulo tomaram grande impulso e até 1911 foram jogadas 63 partidas, havendo em favor de S. Paulo a pequena diferença de 2 vitórias. Os matches mais sensacionais realizados no Rio de Janeiro foram sem dúvida aqueles em que os jogadores cariocas se bateram com os scratches argentinos, em 1908, e com os Corinthians, em 1910. Os brasileiros não conseguiram vencer um só match, o que, em parte, foi devido à falta de organização e training de conjunto das suas equipes.

Entre os footballers dos times cariocas têm aparecido jogadores de mérito incontestável como sportsmen e conhecedores do jogo, tais como os srs. Victor Etchegaray, o melhor footballer que tem pisado os grounds cariocas, incluindo mesmo os estrangeiros que os visitaram; P. Cox, centre forward admirável; C. Mutzembecker, centre-half; W. Hockey, outside-right (Rio Cricket); Luiz Rocha, Edgar Pullen, Benjamin Sodré, Hassell, Creuisckshank, Belfort Duarte, Jonathas Braga e muitos outros.

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Regata em Botafogo
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Rugby - Conquanto haja entre os membros da colônia inglesa residentes na capital grande número de footballers que conhecem este esporte, tem ele sido pouco praticado. O primeiro match jogado no Rio de Janeiro, e provavelmente no Brasil, foi efetuado em 1898 entre um time do antigo Rio Cricket Club e um time de americanos que, por sinal, foi derrotado.

O returno desse match, pedido pelos vencidos, o qual se devia efetuar em Petrópolis, ficou até hoje sem realização. Desde essa época, não foi o rugby praticado na capital do Brasil, a não ser uma vez, entre um time carioca e um do cruzador inglês Amethyst, saindo vencedores os cariocas por grande escore, 27 gols a 0 (1910).

No ano seguinte, houve mais um match entre um scratch paulista e um carioca, havendo um empate de 1 try. Além desses, só tem havido os trainings amigáveis realizados entre os muros do Paysandu C. C. e do The Rio Cricket e Athletic Association.

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Cia. Progresso Industrial do Brazil. - O campo de futebol, em Bangu (E. F. Central do Brasil)
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Tênis - Este esporte foi, sem dúvida, um dos primeiros que apareceram no Rio de Janeiro. Não se pode averiguar bem a época, mas presume-se que começasse a ser conhecido em 1879 e 1880. As primeiras partidas, mais ou menos regulares, foram jogadas em 1883 e 1884. O tênis, pode-se dizer, nunca foi um esporte que despertasse grande entusiasmo; por sua natureza delicado e elegante, não produz as emoções da maior parte dos esportes ao ar livre.

Em todo caso, tem crescido constantemente o número de adeptos, e hoje é difícil dar um número aproximado dos courts que se acham espalhados por S. Paulo, Rio, Petrópolis e outras cidades. Em S. Paulo, como no Rio, os clubes esportivos mais bem organizados têm 2, e 3 mais courts, onde, todas as tardes, se divertem muitas dezenas de associados na presença de elevado número de assistentes. Além desses courts, há clubes especiais de tênis em Petrópolis e no Rio. Entre o Fluminense F. C., o Rio Cricket e o Paysandu, têm havido partidas regulares.

Beisebol -  Esporte por natureza violento, o beisebol não tem tido aceitação na capital. Começou a ser jogado ultimamente, datando a sua primeira partida de há cinco anos atrás. São raros os matches desse esporte, geralmente efetuados entre membros da colônia inglesa e norte-americana desta capital, e oficiais e marinheiros dos vapores das mesmas nacionalidades, em trânsito.

Críquete - Praticado hoje em dia quase exclusivamente pelos sócios do Paysandu C. Club, Rio Cricket and Athletic Association e poucos do Fluminense Football Club, pode-se considerar estacionário o críquete, no Rio de Janeiro, após o período áureo que se seguiu à sua aparição, quando a presença do imperador S. M. D. Pedro II dava às partidas grande prestígio com a sua augusta presença.

A data do aparecimento do críquete no Rio é muito anterior a 1885, época em que foi fundado o primeiro clube, sob a denominação de Rio Cricket Club, cuja sede e campo ficavam onde atualmente se acha instalado o Paysandu C. Club. Poucos anos depois, dissolvia-se o Rio Cricket, cuja vida efêmera teve, em todo o caso, a utilidade de implantar o gosto do interessante esporte.

Logo depois se fundava o Club Brazileiro de Cricket, também de curta duração. E mais tarde vieram o Rio Cricket and Athletic Association, com sede própria na praia de Icaraí, em Niterói, e o Paysandu Cricket Club, com sede na capital.

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Pavilhão do São Paulo Athletic Club
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