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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - A MAIS ESPORTIVA
Pugilismo ganhou sua liga em 1956

Era a época de maior difusão do boxe
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Em sua primeira edição, no dia 1º de julho de 1967, o jornal Cidade de Santos (grupo Folha de São Paulo - exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda -), publicou esta matéria:
 
Boxe, um bom futuro

"O pugilismo terá sua vez em Santos. Estamos com uma programação-bomba, que dará oportunidade a todos os pugilistas da Baixada e do Litoral. Vamos promover o I Campeonato Santista de Pugilismo, além de vários torneios para todas as categorias" - disse o sr. Rubens de Moura Leite, presidente da Liga Santista de Pugilismo.

"Nossa cidade - continuou - não pode ficar à margem do boxe e nossos esforços serão dirigidos nesse sentido. O maior pugilista brasileiro de todos os tempos, Eder Jofre, é filho de Santos e começou no Parque do Boxe do Gonzaguinha. Outros como Eder poderão surgir e aqui estaremos para ampará-los" - finalizou.

Grottone parou cedo - Outro santista, o peso-pesado Lúcio Grottone, deu títulos ao pugilismo brasileiro: campeão brasileiro em 1951, campeão sul-americano em 51 e 52, vice-campeão do I Pan-americano (Argentina) e 4º colocado na Olimpíada de Helsinque.

Grottone poderia estar lutando até hoje. Mas abandonou cedo o pugilismo, talvez por falta de recursos. É ele quem afirma: "Sempre lutei por esporte, nunca visando lucros. Entrava no ringue pensando em Santos e no Brasil. Até minhas despesas de viagem eu pagava".

Liga é nova - A Liga Santista de Pugilismo foi fundada no dia 10 de agosto de 1956, pelos seguintes clubes: 6º BC da Força Pública, Divisão de Polícia Marítima e Aérea de Santos, Clube Internacional de Regatas, It Clube, Academia Santista de Judô, Associação Atlética Portuguesa, 2º BC do Exército Nacional, Milton Boxing Club e Academia Marinho.

As cores que representam a liga: azul, amarelo e branco. A bandeira tem duas faixas: a superior, azul, e a inferior, amarelo com fundo branco.

Sempre os punhos - Os homens empregam os punhos para lutar desde que começaram a viver em sociedade. Mas o boxe, como esporte, surgiu depois de criadas medidas de segurança dos praticantes e, principalmente, depois que se descobriu que como espetáculo seria grande fonte de renda.

Escavações em Knossos, na Ilha de Creta, mostraram que há mais de 1.500 anos AC uma civilização já conhecia o boxe. Os poemas de Homero, cantados há mais de 3 mil anos, fizeram algumas referências a esse esporte. Em Atenas e outras cidades gregas, os atletas praticavam-no com regularidade. Em Roma, os boxadores lutavam no Coliseu.

O pugilismo evoluiu muito durante o primeiro século da era cristã, no apogeu do império romano. Com a queda de Roma, o boxe também caiu, para deixar de existir durante muitos séculos.

O "Código de Broughton", regras estabelecidas por Jack Broughton em 1743, durou até 1838. Mas, as regras que se tornaram universais foram elaboradas pelo marquês Qeensberry, na Inglaterra, em 1867.

No Brasil - Com a chegada de alguns navios dos Estados Unidos e da Inglaterra, no fim do século passado (N.E.: século XIX), o pugilismo começou a ser conhecido no Brasil. E os primeiros lutadores foram surgindo: Góes Neto, Eusébio Máximo, Jaime dos Santos, Benedito dos Santos, Adriano Malgarini, Harry Rosa, Luís Bellini e outros. Entre 1932 e 1936, o boxe tomou grande impulso. Jack Rezende conseguiu por duas vezes o título de campeão sul-americano.

Em 1945 começaram a aparecer os pugilistas que ganhariam fama pelo seu aprimoramento e estilo. Entre os mais conhecidos, Antonio Zumbano, Osvaldo Silva e Vicente dos Santos (o Vicentão) A partir de 1955 começou a fase de grande difusão do pugilismo. Cinco anos depois, o Brasil se projetaria definitivamente em todo o mundo, com a conquista do título mundial dos galos por Eder Jofre, o nosso "Galo de Ouro".

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