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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - A MAIS ESPORTIVA
Esportes náuticos, na Ponta da Praia

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Através das décadas, a região santista da Ponta da Praia vem se firmando como um centro de esportes náuticos, tanto que os principais clubes náuticos da região estão instalados nesse bairro ou nas proximidades. O fato foi registrado em matéria do jornal santista A Tribuna, em 9 de fevereiro de 2005:
 


P. DA PRAIA ATRAI OS ESPORTES NÁUTICOS - A Ponta da Praia está atraindo cada vez mais os praticantes de modalidades náuticas. Em um dia ensolarado - como o de ontem, por exemplo - não é difícil encontrar pessoas curtindo equipamentos como caiaques, canoas havaianas, jet ski e outras embarcações do gênero, em plena entrada do canal do estuário, entre Santos e Guarujá. O prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) pretende, a médio prazo, transformar o bairro em um verdadeiro complexo náutico voltado para o turismo,
que incluiria também a construção de uma marina
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria

LAZER
Ponta da Praia, o paraíso dos esportes náuticos

O prefeito João Paulo Tavares Papa defende que haja investimentos

Da Reportagem

A prática de algumas modalidades náuticas como uma forma alternativa de lazer, além das praias da orla da Cidade, já se consolidou na Ponta da Praia e tem atraído muita gente. Em um dia ensolarado de temporada de verão - como o de ontem, por exemplo - não é difícil de encontrar pessoas curtindo equipamentos como caiaques, canoas havaianas, jet ski e outras embarcações do gênero, em plena entrada do canal do estuário, entre Santos e Guarujá.

"O mar de Santos é uma grande oportunidade conceitual de crescimento econômico e turístico. Por isso, é importante investir nesse segmento de área náutica, referente não só ao lazer, como na indústria e nos serviços relacionados, que possam garantir inclusive geração de empregos e renda", comentou o prefeito santista, João Paulo Tavares Papa (PMDB), que por sinal é velejador e pretende transformar a Ponta da Praia em um verdadeiro complexo náutico voltado ao turismo.

A Prefeitura, visando dinamizar esse filão de turismo alternativo e de aventura, até cadastrou duas agências do setor - a Harpyia e a Grão Brasil - que coordenam e organizam passeios monitorados com alguns desses equipamentos náuticos.

Saídas em canoas havaianas, por exemplo, podem durar quase duas horas em roteiros que passam por paisagens deslumbrantes, como a Ilha das Palmas, com direito a paradas para descanso ou mesmo mergulhos. Como a idéia é popularizar esse turismo alternativo, os preços não são caros (cerca de R$ 15,00 por pessoa).

Visão

"O mar de Santos é uma grande oportunidade conceitual
de crescimento econômico e turístico"

João Paulo Tavares Papa
Prefeito de Santos

Hábito - Também para os santistas, a prática dessas modalidades (canoagem, remo e vela) como um tipo de lazer já se tornou um hábito na Ponta da Praia. Os estudantes Lucas Domênico de Santo e Flávio Aleixo de Carvalho, ambos de 16 anos, sempre aproveitam o tempo livre para pegar seus caiaques (tipo surfinho) e remar entre o Rio do Meio (no canal) e o Saco do Major.

"A gente sempre vai até a Praia do Sangava, em Guarujá, passando pela Praia do Góes e pela Ilha das Palmas", comentou Domênico de Santo. Rotina semelhante é praticada por Pedro Queiroz Lopes e Álvaro Maitan de Barros, de 17 e 16 anos, respectivamente.

Os dois costumam pegar cedo, na garagem náutica do Clube de Regatas Santista, o caiaque duplo oceânico de Lopes para longas remadas pela região. "Treinava com uma equipe no Rio do Meio, mas agora curtimos mais como passeio', emendou o adolescente.

Projeto - A maior parte das saídas acontece da garagem náutica do Regatas Santista, que inclusive abriga o Projeto Navega São Paulo/Sabesp/Santos, do Governo do Estado. O projeto funciona como escolinha de esportes náuticos e de vela, para crianças da rede pública.

"O Inter (Clube Internacional de Regatas) também está incrementando sua escolinha de vela", disse ainda o prefeito João Paulo Tavares Papa. Entre os outros clubes do bairro, o Vasco da Gama também tem tradição na escolinha de remo.


Alguns aproveitam para dar uma parada em praias de Guarujá
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria

Planos para o bairro incluem a construção de marina

A idéia de transformar, pelo menos a médio prazo, a Ponta da Praia em um verdadeiro complexo náutico voltado para o turismo inclui outro projeto: o de construção de uma marina no local.

"Na realidade, seriam duas marinas. Uma na Ponta da Praia e outra na região do Valongo", explica o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa. A fomentação do projeto de marina na Ponta da Praia vai começar, ainda segundo Papa, primeiro pela constituição de um grupo de consultores com conhecimento técnico na área, para idealizar o empreendimento.

"Vamos convidar alguns especialistas como o Lars Grael (iatista e atual secretário de Estado do Esporte e de Lazer); Amir Klink (navegador); urbanistas e outros velejadores para saber como deve ser essa marina". O segundo passo será a formulação de um plano diretor.

"Com ele, vamos saber com detalhes as conseqüências tanto para o lado do mar, quanto para o lado do solo do projeto", acrescentou Papa. Quando existir uma definição da estrutura, o passo seguinte poderá ser a promoção de uma licitação.

"Isso é sempre adequado quando há falta de recursos. E nada impede que haja parcerias com a iniciativa privada, licitando as partes do projeto. Por exemplo, fazendo licitação de cada uma das pontes da marina". Com isso, ainda de acordo com o prefeito, a contrapartida para o parceiro privado poderia ser a exploração comercial do ponto.

Projetos

"Na realidade, seriam duas marinas.
Uma na Ponta da Praia e outra na região do Valongo"

João Paulo Tavares Papa
Prefeito de Santos

Valongo - Já a marina pretendida no Valongo depende do avanço nas negociações entre Prefeitura e Codesp sobre os armazéns (1 ao 4) da área portuária do Centro. "A marina do Valongo seria lá, onde existe a idéia de restaurar culturalmente toda aquela região".

Segundo Papa, é fundamental, para o turismo da Cidade, que aquela área saia do abandono em que se encontra. "O grande problema daquele ponto é o seu atual desuso e não com quem ele vai ficar (Codesp ou Prefeitura) ou quem vai administrá-lo".


Gerenciadas por três empresas, as escunas partem da Ponte Edgard Perdigão. 
Os passeios duram cerca de uma hora e meia
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria

Empresas já organizam passeios de escuna

A incrementação dos esportes náuticos na Ponta da Praia, como atividade alternativa de lazer, também está se refletindo no crescimento do número de empresas que operam passeios de escuna no local. Nos anos 80, por exemplo, havia passeios de meia hora com a Loirinha, que era um tipo de escuna menor que as usadas atualmente.

Hoje em dia, há três firmas - a Genesis, a Nova Bertioga e a Bravo Tour (a mais recente) - que promovem as saídas da Ponte Edgard Perdigão (dos Práticos). Os passeios duram cerca de uma hora e meia e têm preços populares (de R$ 8,00 a R$ 15,00 por pessoa). "Estamos aqui há nove anos e, desta vez, a temporada foi muito boa, apesar da predominância de mau tempo", disse o empresário Vilmar Souza Araújo, proprietário da Genesis.

As três empresas farão até hoje (Quarta-feira de Cinzas) seis passeios por dia cada uma, em horários intercalados a partir das 9h20. "A temporada praticamente acabou, mas continuaremos por aqui em todos os finais de semana e nos feriados, no mesmo esquema", garantiu Araújo.

Guia - Vistoriadas diariamente pela Capitania dos Portos, as embarcações contam com serviço de bordo (consumos devem ser pagos à parte), música ambiente, banheiros e até guia turístico. O roteiro básico inicia com passagem pela Fortaleza da Barra Grande, Praia do Góes, Praia do Sangava e parada para banhos e mergulhos na Ilha das Palmas.

Depois, as embarcações cruzam a orla até a altura do Canal 2, entrando na volta no canal do estuário. Com capacidade máxima entre 85 e 120 passageiros (conforme o modelo da escuna), os barcos também são usados pelas empresas para outros sete roteiros alternativos, mas somente por intermédio de reservas para grupos fechados.

Mais informações sobre os passeios de escuna, podem ser obtidas pelos telefones 3567-2070 ou 9787-9380 (com Vilmar Araújo, da Genesis); 3227-6933 (com Maurício dos Anjos, da Bravo Tour) e 9721-1200 (com Mara Cristina Ojeda, da Nova Bertioga).


Para santistas e turistas, a prática de canoagem, remo e vela, 
como lazer, já se tornou um hábito na Ponta da Praia
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria

Personagem
Ricardo Kozseram

O industrial de São Paulo fez questão de trazer seu filho Bruno, de 8 anos, para passear pela primeira vez de escuna.

"Cheguei a navegar com a Loirinha, mas também para mim é a primeira vez, em Santos, que ando em uma escuna como essa", disse Kozseram.

Ele disse ainda que já havia passeado de escuna no Litoral Norte e em Porto Seguro (BA).

"Acho positivo esse tipo de turismo, porque é diferente e gostoso também".


Ricardo Kozseram
Foto: Irandy Ribas, publicada com a matéria

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