Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/h0275b.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 06/05/05 11:58:45
Clique na imagem para voltar à página principal
HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS
O elefante branco que era cinzento (2)

Leva para a página anterior
Algo enorme e incomum, que incomoda e ninguém sabe para que serve: essa é a clássica definição do que seja um hipotético elefante branco. Santos tem um, que apesar do apelido é "cinza-concreto". Fica situado no final da Via Anchieta, junto às Avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes. Pasmem: só depois de construído (em 1964), paralelamente à rodovia, é que os engenheiros, arquitetos e políticos notaram sua inutilidade, pois um viaduto (ou "elevado") ligando nada a lugar algum, elevando-se sobre nada, é tão pouco útil como o zero à esquerda dos demais números.

Para justificar os gastos e disfarçar esse erro monumental - o viaduto só teria real utilidade se atravessasse a rodovia, em vez de acompanhá-la -, num momento em que já se pensava até em demolir a obra recém-concluída, foram feitos (oito anos depois!) ajustes no trânsito, e uma das pistas da rodovia Anchieta foi deslocada para passar pelo viaduto, colocando-se uma via do trânsito local para passar sob ele. E um novo viaduto foi construído anos depois, em posição correta - atravessando a rodovia e as vias marginais - para dar acesso do tráfego pesado diretamente ao cais do porto.

Em 2005, os problemas na área, em boa parte decorrentes desse erro histórico, continuavam sendo registrados, enquanto se aguardava ainda a construção de uma interligação rotatória da Via Anchieta com as avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes - já confirmado na prática, então, o atraso anunciado nesta matéria, publicada no jornal santista A Tribuna, em 4 de setembro de 2004:


Reformulação do trecho é tida como necessária há vários anos
Foto: Carlos Nogueira, em 3/9/2004, publicada com a matéria

ACESSO
Construção de rotatória vai atrasar

Da Reportagem

Em função de uma série de exigências técnicas da Ecovias, concessionária responsável pelo Sistema Anchieta/Imigrantes (SAI), dificilmente a Prefeitura de Santos conseguirá concluir, até o final do ano, a segunda fase das obras de reurbanização da entrada da Cidade.

A etapa consiste na construção de uma rotatória viária, localizada no entroncamento das avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima e da Via Anchieta.

A informação foi dada pelo secretário de Obras de Santos, Maurício Uehara, que acredita que o projeto de reestruturação daquele trecho deverá ser inaugurado sem o equipamento. As negociações com a Ecovias para sua execução já persistem por quase um ano.

"No nosso projeto inicial, a rotatória tinha forma arredondada e cerca de 1.500 metros quadrados, ao custo de R$ 900 mil. A Ecovias, após análise inicial do projeto, decidiu, alegando questões operacionais relacionadas com a fluidez e com a segurança do tráfego, que o equipamento teria que medir 7 mil metros quadrados. Com isso, tivemos que desenvolver um novo projeto, que vem recebendo uma série de interferências da empresa, atrasando o cronograma de obras", revelou o secretário.

Uehara afirma que o valor da nova obra ainda não foi estimado e que, por enquanto, as análises continuam restritas à área de engenharia. "Desde setembro do ano passado, estamos realizando uma série de reuniões para tentar agilizar o processo, mas, a cada momento, um novo detalhamento é exigido", afirma o secretário.

Uehara cita exigências
Foto: Édison Baraçal, publicada com a matéria

Estudos - Conforme explica Uehara, nos últimos contatos estabelecidos, os técnicos da Ecovias resolveram solicitar estudos de solo.

Recentemente, as exigências foram relacionadas com a possibilidade de estaqueamento da pista (considerada inviável pelo secretário em função dos custos) e um teste de carga.

"Normalmente, este teste dura de três a seis meses. Se ele for exigido, a obra será somente iniciada na próxima administração municipal. Depois do teste, a previsão de conclusão da obra é de mais três ou quatro meses. Mesmo que fosse liberado hoje, a obra iria terminar em dezembro, época em que o fluxo de veículos aumenta em função das festas de final de ano e início da temporada", explica o secretário.

Primeira fase - Com relação à primeira fase das obras de reurbanização da entrada da Cidade, o secretário ressaltou que falta somente a instalação de um novo sistema de iluminação e recuperação asfáltica de alguns trechos da Martins Fontes e o paisagismo.

"Depois vem a nova sinalização viária. Acredito que, dentro de um mês, teremos concluído toda a primeira fase, que custou cerca de R$ 1 milhão", finalizou.

Ecovias - A Assessoria de Imprensa da Ecovias, por intermédio de uma nota oficial, ratificou que os atrasos são em função das características do solo, que poderiam ocasionar um afundamento de até 20 centímetros no equipamento, contrariando padrões técnicos e trazendo insegurança aos usuários da Via Anchieta.

Ainda conforme a concessionária, a pedido da Secretaria de Obras da Prefeitura, o projeto foi encaminhado à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), como determina o contrato de concessão firmado pela empresa, que agora aguarda um novo projeto que atenda às exigências de segurança.

A concessionária finaliza explicando que não pode, assim como a Artesp, aprovar um projeto que venha representar problemas para o solo e pavimento da rodovia, além de trazer risco à segurança dos usuários.