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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ENSINO
A educação... e as antigas escolas (35-c)

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Uma das instituições de ensino mais tradicionais de Santos é o colégio Stella Maris, homenageado em 2009 pela Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) com uma exposição de fotos antigas dessa escola, seus professores e alunos. Estas, as imagens incluídas na mostra:

 

"Fiel ao princípio de dar uma educação integral, o Stella Maris foi crescendo".

 

 

"Cada espaço pensado, criado, adaptado ou modificado foi

conseqüência de um olhar atento às transformações e carências da sociedade: 'Após cinco anos, nossa Madre Superiora, reverenda madre Domitila, decidiu que era necessário aumentar nossa escola. Um belo prédio de três andares foi adicionado à casa da pequena torre, que parecia ter sempre estado lá' (Esther Bacon)".

 

 

"Nos primeiros anos, outros imóveis fizeram parte desse conjunto: a Casa Carvalho, onde funcionou, até 1939, o Jardim da Infância misto, para crianças de 4 a 6 anos,..."

 

 

"...e a casa da Rua Oswaldo Cruz nº 464, na qual foi instalado o Curso Normal, em 1949".

 

 

"Por volta de 1940, o Stella Maris ganha outros acréscimos: a capela, no mesmo lugar em que hoje se encontra, e o salão de festas, que contribuiria para o almejado desenvolvimento artístico, literário e social das alunas. O colégio cresce, a exemplo do bairro e da própria cidade".

 

"No Gymnasio Stella Maris, de 1937, o regime era de internato, externato e semi-internato feminino. Naquele tempo eram poucas as professoras leigas. A inspeção educacional, feita em 12 de novembro daquele ano, observava que 'as religiosas, legalmente registradas, que exercem o Magistério no gymnasio, não percebem vencimentos de acordo com as regras da congregação a que pertencem'."

 

 

"As madres do colégio viviam em regime de clausura e dividiam-se entre as obreiras, encarregadas da manutenção do monastério, e as educadoras, que ministravam aulas. Várias delas tinham, em seus currículos, regência de escolas secundárias na Bélgica, cursos na Alemanha e em outros países da Europa".

 

 

"As vestes especiais e a clausura foram impostas por Roma, quando reconheceu as mulheres como religiosas. Além disso, eram obrigadas a recitar o Ofício Divino, em latim, por várias horas ao dia".

 

 

"O reservado modo de vida das mères, como eram chamadas pelas alunas, e o som do sino que tocava para chamá-las, despertavam a curiosidade nas meninas: 'Começávamos o dia com missa na capela, as freiras todas com hábito (lindo!). Madre Maria Lúcia era Mère Preféte. Era meu ídolo. Misteriosa, vivia na clausura, que atiçava a minha imaginação' (Myrthes Basseto Orsi, em Stella Maris - 80 Anos de Histórias Inesquecíveis)".

 

 

"Somente na década de 60 é que o Concílio Vaticano II as liberou da clausura e do hábito religioso, mas conservou a recitação do Ofício das Horas Canônicas".

 

 

"Sobre a rotina do colégio assim descreveu Edith P. Gonçalves DIas, em seu livro Memórias do Casarão Branco: 'Ia às 7 horas, assistindo primeiramente à Santa Missa; logo depois era servido o café. Depois eram iniciadas as aulas, que ocupavam toda a manhã. Após o almoço e recreio, íamos para a sala de estudos. As menores sentavam-se sempre com alguma de classe mais adiantada. Eram carteiras duplas. Lembro-me de sentar alternadamente com Maria Amélia Tourinho ou Zilda Negrão, que já estavam no 5º ano. No almoço, sentava-me sempre ao lado de Merita Santos Dias, e só nos era permitido falar em francês. Com isso, cheguei a falar esse idioma corretamente'.".

 

Fotos: acervo da Fams. Nas imagens preto-e-branco, cor acrescentada por Novo Milênio

Texto entre aspas: informação usada originalmente na exposição da Fams

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