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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ENSINO
A educação... e as antigas escolas (4-i)

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Tradicionais colégios, que muito santista recorda com saudade, independentemente de serem públicos ou particulares, marcados por professores que se destacaram na Cidade, e por eventos que também fizeram história. O Almanaque de Santos 1971 (de Olao Rodrigues, editado por Ariel Editora e Publicidade, Santos/SP, 1971) complementa seu relato:
 
Os grandes colégios de Santos na atualidade

[...]

Colégio Santista - 67 anos a serviço do ensino e da religião - O Colégio Santista é dos mais antigos e tradicionais estabelecimentos de ensino do Município. Fundado em 4 de abril de 1904, impõe-se como unidade modelar e prestigiosa da Congregação dos Irmãos Maristas, o respeitável sodalício sediado em Roma, que o gênio empreendedor do Padre Champagnat criou para propagar e infundir a educação moral, intelectual e religiosa da Juventude.

A conceituada casa de Ensino começou pequena. Não passavam de 127 alunos os que lhe freqüentavam o curso ginasial naquele recuado ano de 1904, ali na Rua da Constituição, no n. 82. Não era ainda Colégio Santista, mas Ginásio Santista, dirigido pelo saudoso e bondoso Irmão Gondulfo. Em 1910, o estabelecimento transferiu-se para espaço maior, no n. 34 da 7 de Setembro, onde em nossos dias se encontra. Vinte anos depois, em 1930, a Casa foi ampliada, porque assim o exigia o movimento de alunos.

Um sinistro, todavia, alcançou a parte antiga, construída em 1910. Dominadas pelo fogo, que foi destruidor, as dependências inicialmente erguidas ficaram totalmente danificadas. Isso ocorreu em 1953. Mas as aulas continuaram, no setor contíguo, levantado em 1930. E hoje o Colégio Santista está completamente remoçado, servido por dependências arquitetonicamente modernas, de belas linhas, amplas e confortáveis, levantadas em 1966.

O Colégio Santista, repetimos, é dos mais tradicionais da cidade. Quantos alunos por ele passaram? Vários milhares. O incêndio de 1953 destruiu também os arquivos. Não subsiste, portanto, registro estatístico sobre o discipulado anterior à data do sinistro. Certo é que grande número de formados, integrado na sociedade de ontem e hoje, distribuiu-se por todos os campos de trabalho de Santos e de outros centros, como elementos de militância na Medicina, Odontologia, na Engenharia, na Advocacia, no Professorado, na Administração, no Jornalismo, no Comércio, na Indústria e em outras atividades profissionais, muitos deles com destaque.

Com 1.650 alunos atualmente matriculados, o estabelecimento mantém os cursos Pré-primário, Primário, Ginasial, Científico e de Química Industrial. Quebrando praxe de 66 anos, o Colégio Santista é agora aberto ao sexo feminino, o que se iniciou no ano letivo de 1970.

Subordinadas disciplinarmente à direção do estabelecimento, funcionam a Associação dos Ex-Alunos Maristas, a Associação de Pais e Mestres e o Serviço Social, as duas primeiras visando à educação física e à assistência cívica e moral dos alunos, como complemento do que lhes é ministrado no próprio Colégio, e a última cuidando da proteção das famílias sem recursos, preferencialmente entre as famílias da periferia.

A essas úteis e benfazejas instituições, intimamente vinculadas à atividade administrativa do estabelecimento, inclua-se o Grêmio São Luiz, já antigo, que é de apreciável expressão na vida esportiva do Município.

A Associação de Pais e Mestres está no momento levantando o ginásio esportivo-social, em terrenos do Colégio, com imponentes arquibancadas, em fase bem adiantada de construção. Toda a área até há pouco ocupada pelo Santuário do Sagrado Coração de Jesus, demolido por efeito da explosão do Gasômetro em 1967, pertence ao Colégio Santista, que ali pretende construir grande parque esportivo, com o aproveitamento do ginásio que a Associação de Pais e Mestres está erguendo em área vizinha.

A famosa Banda Marcial do Santista, que agora se transformou em Banda Musical, vanguardeira na categoria não apenas em Santos como em todo o Estado, apresenta efetivo de 90 figuras, pertencentes ao corpo discente do antigo, benquisto e modelar estabelecimento educacional de Santos, do qual é Reitor, há 6 anos, o Irmão Afonso Diniz Queirós, chefe marista de idéias modernas, liberal, magnânimo, amigo de todos os alunos.

Ex-alunos maristas, formados em 1939, que 30 anos depois se reuniram em festivo almoço
Foto publicada com a matéria

30 anos depois... - Como referimos, o Santista formou centenas de turmas de meninos-moços que se tornaram chefes de família e se integraram na vida de trabalho de Santos e outros centros, no Comércio, Indústria, Agricultura, Professorado, Jornalismo, Advocacia, Medicina, Engenharia, Odontologia, Administração, Militarismo e Política, muitos deles com ressonância no ambiente intelectual.

Vale recordar que a turma diplomada em 1939 - 38 ao todo - voltou a encontrar-se em festivo almoço de confraternização nos últimos dias de 1969, na Cantina D. Fabrizio, quando alegremente os ex-alunos maristas memoraram os fatos ocorridos nos bancos escolares. Nem todos, infelizmente, lá se achavam. Alguns haviam sucumbido, outros se transferiram do Município.

Foi uma reunião memorável, de viva comunhão espiritual. Olavo Ataíde de Barros Guedes, que hoje é chefe da Polícia Portuária, orador da turma de 1939, releu parte do discurso que proferiu na ocasião da formatura, em que saudou o paraninfo, o saudoso professor Júlio César de Toledo Murat; agradeceu aos pais por lhes haverem propiciado as luzes da experiência e do saber; disse palavras de reconhecimento e louvor aos mestres e, por fim, dirigindo-se aos colegas, exortou-os à fraternidade, ao respeito, à humildade e ao amor a Deus.

Orlando Evaristo foi o "orador oficial", mas outros também falaram para recordar os instantes de ouro da vida escolar. Encontro cheio de reminiscências, de alto sentido de afetividade e são companheirismo.

Eis os 38 diplomandos de 1939 do Ginásio Santista: José Carlos de C. Waeny, Flávio Loureiro da Silva, Olavo Silva de Sousa, Alberto Pereira Nóbrega, Orlando Bernardo, Ari Serrano Barreiros, João Louro, Arnaldo Moura Ribeiro, Armando Conceição, Nívio Nóvoa Graf, Lourenço Basílio Branco, Edison Dias Moura, Noêmio de Oliveira Lima, Valdemar de Azevedo Lage, José Chaves, Valdir M. Ferreira, Francisco Tedesco, Orlando Evaristo, Renato Guimarães, Alberto Giannattásio, Osvaldo Agria, Carlos Lima Morel, Teodósio Carneiro Piedrahita (N.E.: SIC: sobrenome correto é Carnicero Piedrahita, ele faleceu em março de 2007), Ernesto Whitaker Carneiro, Sérgio Alca, Vitório Farah, Daniel Bellot, Mário Graccho Filho, Olavo Ataíde de Barros Guedes, Sílvio Simões, José Maria Soares Novais, Wilson Alca, Cláudio Maseli, Humberto Torloni, Hidemburgo Campos, Wilson Arbid Cury, Nelson Felipe e José Carlos M. Sales.


Formandos do curso Técnico em Contabilidade em 1956, vendo-se o irmão Gaudêncio, reitor do colégio e patrono dessa turma
Foto: acervo de Diamantino Maria Augusto, publicada no dia 5 de maio de 2006
na seção Imagem do Passado do jornal santista A Tribuna


SANTISTA - Alunos da 3ª série ginasial do Colégio Santista, de 1949, reuniram-se para a foto de recordação, pertencente a João Laerte Sachs, que é o primeiro à esquerda, na terceira fila
Foto publicada em 14 de setembro de 2007 na seção Imagem do Passado do jornal A Tribuna


SANTISTA - Em 1954, formandos do ginásio do Colégio Santista reuniram-se no pátio para uma foto de recordação. Esta cópia pertence ao acervo de João Lopes Franco
Foto publicada em 19 de outubro de 2007 na seção Imagem do Passado do jornal santista A Tribuna


SANTISTA - A foto retrata o encontro de confraternização de ex-alunos maristas do Gymnasio Santista, realizado em meados da década de 30. Reconhecidos, na fileira de baixo, José Vicente Lassala Freire, Renato Lassala Freire, Amazonas Duarte e Archimedes Bava. A foto foi encaminhada pelo leitor Luiz Antônio de Moura Freire
Foto publicada em 21 de dezembro de 2007 na seção Foto do Passado do jornal santista A Tribuna (página A-13)


A foto, encaminhada pelo correio por um leitor de A Tribuna de Serra Negra, mostra a composição do extinto Grêmio São Luiz, composto pelos alunos do Colégio Santista, no final dos anos 40. O time jogava amistosamente a convite do Santos FC na preliminar de seus jogos na Vila e em campanha com renda destinada à construção do hoje Estádio Urbano Caldeira. O leitor é Reynaldo de Assis Correa
Foto publicada em 26 de agosto de 2005 na seção Imagem do Passado do jornal santista A Tribuna


SANTISTA - Alunos do tradicional Colégio Santista posaram, no início dos anos 50, para a foto, que pertence a Emmanoel Jansen, o quarto da primeira fila (ao alto), da esquerda para a direita
Foto e legenda publicadas em 11 de abril de 2008 na seção Foto do Passado do jornal santista A Tribuna (página A-13)


EDUCAÇÃO - Reprodução do quadro de formatura, de 1950, com os contadorandos do Colégio Santista, pertencente ao acervo de Antônio Pereira de Carvalho. Segundo ele, o quadro original foi queimado no incêndio que ocorreu na instituição de ensino na década de 1960
Foto e legenda publicadas em 29 de maio de 2009 na seção Foto do Passado do jornal santista A Tribuna (página A-10)

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