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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ROCHAS NO PORTO
Uma pedra no caminho dos navios (4)

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Embora acolhedor para a navegação - tanto que foi escolhido por Braz Cubas como o melhor atracadouro da região para as caravelas portuguesas - o porto de Santos teve no seu estuário algumas formações rochosas que representavam obstáculo significativo à expansão dos serviços portuários. Algumas dessas rochas ficaram memoráveis, e foram demolidas em épocas diversas da história do porto santista. Uma delas, a Pedra de Teffé, começou a ser demolida em 1999, e em 2011 novamente precisou ser cortada, como registra o jornal santista A Tribuna em matéria do caderno Porto & Mar de 21 de setembro de 2011, página C-6:
 


A PERFURATRIZ YUAN DONG 007 - A derrocagem do canal de navegação do Porto de Santos será feita pela perfuratriz chinesa Yuan Dong 007, construída especialmente para a atividade com tecnologia inédita no Brasil, destacou a Secretaria de Portos, responsável pelo serviço. A embarcação atuará em todo o processo, da perfuração das rochas (para a colocação dos explosivos) à preparação e detonação das cargas. A Yuan Dong 007 possui dez torres, capazes de suportar uma coluna de perfuração de 28 metros de comprimento, com guia para revestimento do furo. O navio, com 100,86 metros de comprimento e 17,6 metros de largura, é equipado com propulsor lateral de proa, seis guinchos de âncora, duas colunas de apoio de trabalho e outras duas auxiliares. Antes de vir a Santos, a embarcação atuou na derrocagem do novo conjunto de eclusas do Canal do Panamá.

Foto: Carlos Nogueira, publicada com a matéria

Começa a derrocagem do Porto

Companhia Docas planeja dar início às implosões das pedras de Teffé e Itapema, no canal de navegação, até a próxima sexta-feira

Fernanda Balbino

Da Redação

Os trabalhos de derrocagem do canal de navegação do Porto de Santos foram iniciados ontem. O projeto prevê a retirada de parte das pedras de Teffé e Itapema, que estão submersas no estuário. De acordo com o presidente da Codesp, José Roberto Correia Serra, a primeira implosão deve ocorrer até a próxima sexta-feira. No momento em que os explosivos forem acionados, o canal será interditado.

A remoção das pedras é necessária porque as duas dificultam a navegação no cais santista. Devido à sua localização, o leito navegável do canal acaba sendo estreitado.

A Pedra de Teffé fica entre o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini e os silos do Armazém 26, a 12,5 metros de profundidade. Já a outra rocha, a de Itapema, está a dez metros de profundidade, na direção do Armazém 12, em frente ao Forte do Itapema, em Vicente de Carvalho.

As pedras que serão derrocadas
Imagem: Editoria de Arte A Tribuna, publicada com a matéria

A derrocagem faz parte do projeto de aprofundamento do canal de navegação do Porto. Com o procedimento, a largura do canal passará de 150 para 220 metros.

A obra será realizada pela Ster Engenharia, vencedora do processo licitatório realizado pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), no ano passado. O serviço custará R$ 25.592.142,96 e será pago com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

O presidente da Codesp explicou que os trabalhos começaram com a perfuração das rochas e a colocação e explosivos no interior delas.

A Docas garantiu que o processo de remoção das duas pedras será concluído em dois meses. Isto se deve a uma alteração no cronograma de trabalhos, que permitirá implosões diárias. Inicialmente, a perfuratriz chinesa Yuan Dong 007, que realizará o serviço, seria acionada só uma vez por semana.

Agora, com as implosões diárias, o canal de navegação será fechado por três horas todos os dias. O período inclui os tempos necessários para preparação, implosão e liberação da via de navegação.

A sinalização do trecho do canal onde estão as pedras (onde ocorrerão as implosões), durante o serviço, é a maior preocupação da Autoridade Portuária. Segundo Serra, algumas bóias apresentaram problemas na última sexta-feira, mas eles foram corrigidos no domingo. "Eu quero a garantia de que a sinalização vai funcionar por 24 horas".

Seis sinais sonoros longos, de dez segundos cada, indicarão que a operação de implosão será iniciada. Um minuto antes da detonação, um sinal de dez segundos será seguido por, no máximo, dez sinais de três segundos.

Interdição - Durante as implosões, que estão previstas para ocorrer das 13 às 16 horas, todo o canal de navegação será interditado.

Em relação às limitações à navegação, Serra garantiu que as operações não serão prejudicadas. O horário previamente estabelecido e comunicado pela Capitania dos Portos,no tempo estipulado de interdição, é a garantia do executivo.

"Imaginar que um sistema desse não vai, de alguma forma, dificultar o tráfego, seria uma inverdade. Na verdade, vai dificultar, porque se faz uma restrição no canal, faz com que tenha uma passagem mais criteriosa, com rebocadores, mas nada que comprometa as operações em si", destacou José Roberto Correia Serra.


Como será realizado o processo de remoção das pedras - a remoção das pedras permitirá o alargamento do leito do canal de navegação: 1) O navio equipado com uma perfuradora ficará fundeado acima da pedra a ser retirada; 2) Uma broca irá perfurar a rocha e nela serão depositados explosivos; 3) Os detonadores serão acionados e parte da rocha se partirá em pedaços menores; 4) Após a fragmentação da rocha, o navio recolherá os pedaços de pedra espalhados pelo leito do canal

Infográfico-Editoria de Arte/AT, publicado com a matéria

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