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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ROCHAS NO PORTO
Uma pedra no caminho dos navios (2)

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Embora acolhedor para a navegação - tanto que foi escolhido por Braz Cubas como o melhor atracadouro da região para as caravelas portuguesas - o porto de Santos teve no seu estuário algumas formações rochosas que representavam obstáculo significativo à expansão dos serviços portuários. Algumas dessas rochas ficaram memoráveis, e foram demolidas em épocas diversas da história do porto santista. Outras - ou parte delas - ainda permaneciam no século XXI, como registra o jornal santista A Tribuna em matéria da seção Porto & Mar de 6 de maio de 2006:
 


Pedra de Teffé está localizada entre os berços dos arm. 25 e 26
Foto: Carlos Nogueira, em 2/7/2004, publicada com a matéria

DRAGAGEM
Docas prepara estudos para aprofundar canal

Hidrotopo irá analisar rochas que atrapalham ampliação de calado

Da Reportagem

A Codesp deu início aos preparativos para a realização da dragagem de aprofundamento do canal de navegação do Porto de Santos. Os primeiros estudos vão contemplar as três grandes pedras existentes no estuário e que precisarão ser derrocadas para permitir o aumento do calado do cais, dos atuais 14 metros para 15 metros, em uma primeira etapa. A empresa escolhida para fazer as análises - a Hidrotopo - terá seis meses para apresentar os resultados à estatal.

De acordo com o superintendente de Atracação e Serviços da Codesp, Pedro Mauro Lopes, os estudos sobre as três pedras - Teffé, Itapema e Barroso - têm a finalidade de identificar suas características, como tamanho e consistência. Os levantamentos vão complementar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto no Meio-Ambiente (EIA-Rima), necessários para a obtenção das licenças ambientais para a dragagem de aprofundamento do estuário.

"Quando a Codesp se preparar para fazer a dragagem de aprofundamento, os dados para a derrocagem já vão existir. Esses levantamentos também vão dar subsídios à Codesp na hora de fazer a licitação do serviço de aprofundamento", explicou Lopes, sobre os motivos que levaram a estatal a adiantar as análises das rochas.

Segundo o superintendente da estatal, a firma Hidrotopo Consultoria de Projetos Ltda. foi escolhida através de licitação. Ele disse que a empresa irá receber R$ 876 mil pelo serviço. "O prazo para fazer o estudo e apresentá-lo à Codesp é de seis meses", contou.

A assinatura do contrato entre a Codesp e a Hidrotopo deverá acontecer entre 10 e 15 dias, previu o superintendente. Ele afirmou que o prazo é necessário para o diretor-presidente da companhia, José Carlos Mello Rego, referendar a decisão e convocar a firma para o ato.

Sem a derrocagem, a Autoridade Portuária não pode autorizar a entrada de navios com calado superior a 14 metros no porto. Essa medida obriga os cargueiros a trafegarem no cais sem a capacidade máxima de armazenamento a bordo, tornando o frete mais caro e a visita dos modernos graneleiros e conteineiros inviável no porto.

Das três pedras, a que causa mais problemas à navegação é a Teffé, que fica entre os berços de atracação dos armazéns 25 e 26 do porto. Ela é parte da formação rochosa que serve de pilar de sustentação do Cais de Outeirinhos e, por isso, sua remoção é considerada complexa. As demais são a Itapema, localizada junto ao costado do Forte do Itapema, em Guarujá, e que se estende ao centro do canal, e a Barroso, que fica no mar, na direção da Ilha Barnabé.


Formação rochosa em frente ao Forte do Itapema será avaliada
Foto: Carlos Marques, em 2/5/2004, publicada com a matéria

Transatlântico - A Codesp também contratou a Hidrotopo para realizar a batimetria nos berços de atracação próximos ao Armazém 25 do porto, onde funciona o Terminal de Passageiros, administrado pela operadora portuária Concais. A idéia da estatal, segundo seu diretor de Infra-estrutura e Serviço, Arnaldo Barreto, é identificar quais berços terão profundidade suficiente para receber transatlânticos durante a próxima temporada de cruzeiros, que será iniciada em 10 de outubro.

Conforme Barreto, a empresa foi escolhida por meio de carta-convite, uma das modalidades para a contratação do serviço. A firma receberá R$ 21 mil para realizar o trabalho, com duração estimada de 30 dias.

O diretor explicou que a Autoridade Portuária pretende saber a capacidade de recepção de transatlânticos dos píeres entre os armazéns 23 e 33. Habitualmente, sempre que o cais do Armazém 25 esgota suas vagas para atracação de navios, a Concais direciona as embarcações aos galpões 23 e 32.

A preocupação quanto aos espaços para as embarcações decorre, principalmente, da movimentação diária de navios prevista para a próxima temporada. Em uma das datas, a operadora vai atender sete transatlânticos simultaneamente. "Em função dessa quantidade de navios que está sendo projetada, a gente precisa estar preparado. Por isso, a Hidrotopo foi aprovada na Direxe (reunião semanal da diretoria executiva da estatal) da última quarta-feira", explicou Barreto.


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