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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ORQUIDÁRIO
Do Parque Indígena ao Orquidário (4)

Chácara de Júlio Conceição já foi o maior orquidário ao ar livre do mundo
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Bem no final da Avenida Conselheiro Nébias, junto à praia do Boqueirão, funcionou por muito tempo uma bem cuidada chácara, com fama internacional: o Parque Indígena, mantido por Júlio Conceição. Perto de sua morte, as orquídeas ali mantidas foram adquiridas pela Municipalidade, que formou com elas o Orquidário Municipal.

Fundado em 11 de novembro de 1945, o Orquidário é um parque zoobotânico com 22.240 m², que mistura características de jardins e aspectos de matas naturais, como lembra um folheto de divulgação turística produzido pela Prefeitura Municipal de Santos, que continua, com outras informações e imagens, mostrando a fauna diversificada que pode ser ali encontrada:


Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) - Réptil carnívoro que se alimenta de peixes, aves e mamíferos. Vive em brejos, banhados, rios e manguezais do Norte ao Sul do Brasil. Pode chegar a até 3 metros de comprimento e está ameaçado de extinção.

Construído para abrigar uma coleção de orquídeas, assemelha-se a uma floresta tropical em plena área urbana, onde se pode observar espécies típicas de Mata Atlântica como o pau-brasil, pau-rei, palmito, samambaiaçu, orquídeas e bromélias.


Irerê (Dendrocygna viduata) - Ocorre em toda a América do Sul e na África. 
Vive em lagos, brejos, açudes e ambientes urbanos.
Alimenta-se de grãos, invertebrados e plantas aquáticas flutuantes. Visita diariamente o Orquidário para descansar e se alimentar, retirando-se em bandos no final do dia.

Essa vegetação atrai inúmeros animais visitantes que vivem em liberdade em meio à flora e à fauna mantidas no Parque. Atualmente, são mais de 800 animais de cerca de 100 espécies diferentes, muitas das quais ameaçadas de extinção, e centenas de exemplares de orquídeas brasileiras e exóticas.


Arara-canindé (Ara ararauna) - vive em bandos, ocorrendo em várzeas e beira de matas da América Central até o Brasil, Bolívia e Paraguai. Alimenta-se de frutos e sementes, principalmente de palmeiras

O Orquidário hoje é considerado um centro referencial de informação sobre plantas e animais da Baixada Santista. É constituído pelos seguintes setores:

Zoologia e Veterinária: cuida dos animais silvestres, desenvolvendo trabalhos na área de reprodução, ambientação e manejo;

Botânica: responsável pela introdução, manutenção e reprodução das espécies vegetais, além da composição paisagística do Parque;

Atendimento ao Visitante: promove visitas orientadas, oficinas preparatórias para professores e guias, além de cursos de férias envolvendo temas relacionados à conservação do Parque. Auxilia a pesquisa, possuindo uma biblioteca especializada em meio-ambiente para consulta do público em geral.


Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) - ameaçado de extinção, protegido por um 
Comitê de Manejo Internacional, é restrito à Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro. 
Alimenta-se de insetos, ovos, pequenos pássaros e frutos. 
Normalmente nascem dois filhotes (gêmeos). Em cativeiro vive até 15 anos

As plantas e animais do Orquidário não são retirados da Natureza para ficarem em exposição. Mas como eles chegam aqui, então? O Parque recebe anualmente vários animais perdidos, feridos ou permutados com outras instituições. As plantas, inclusive orquídeas e bromélias, são adquiridas de produtores confiáveis e sua origem é conhecida e comprovada, não sendo coletadas da Natureza. Muitos animais e plantas vêm de apreensões feitas pela Polícia Ambiental.


Garça Branca Grande (Casmerodius albus)

O tráfico e o comércio ilegais de plantas e animais silvestres contribuem para que várias espécies fiquem sob ameaça de extinção. Faça você também a sua parte: não compre, colete ou adquira plantas ou animais silvestres.


Cotia (Dasyprocta agouti)


Veado catingueiro (Mazama gouazoubira)


Pavão (Pavo cristatus)


Socó dorminhoco (Nycticorax nycticorax)
Fotos: Prefeitura Municipal de Santos

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