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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - COLISEU
Coliseu: teatro, cinema e elefante branco (8)

Demoradas obras de restauração: mais de uma década
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Enfim, os últimos retoques na obra, registrados na edição de terça-feira, 24 de janeiro de 2006, do jornal santista A Tribuna:
 

Operários trabalharam durante todo o dia de ontem, terminando os últimos detalhes da fachada
Foto: Raimundo Rosa, publicada com a matéria

OSMS prepara concerto de amanhã

Da Reportagem

O maestro Luís Gustavo Petri, que amanhã à noite estará à frente da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (OSMS), no concerto de inauguração do Teatro Coliseu, confessa que ainda não tem a menor idéia de como será o espetáculo. É que hoje à noite, pela primeira vez, os músicos poderão usar o palco do teatro para ensaios.

O maestro, que tem apenas 44 anos, e não morava em Santos na época áurea do Coliseu, por isso nada sabe sobre a acústica do teatro. "Para mim ainda é uma incógnita. Mas quando visitei a obra percebi que dava para ouvir bem a batida de um martelo, o uso de uma ferramenta. É um bom indício", diz.

Petri também alerta sobre um detalhe técnico, que pode passar despercebido pelas pessoas leigas: vai demorar um bom tempo para que todo o potencial acústico do Coliseu possa ser usufruído pelos músicos da OSMS e de outras orquestras.

Ele explica: "Será preciso descobrir, entre outras coisas, qual o melhor posicionamento no palco. Na Sala São Paulo, a excelência só foi obtida depois de três anos. Outro detalhe é que a acústica se comporta de um jeito durante os ensaios, com a platéia vazia, e de outro na hora do concerto, com ela cheia", avisa.

Luís Gustavo Petri comandará os músicos da OSMS nas obras Concerto para Piano e Orquestra nº 23 em Lá Maior, K 488 , de Mozart, e Sinfonia nº 9 em Ré Menor op. 125 (de Beethoven). Em participações especiais estarão a solista Beatriz Alessio, ao piano, a soprano Rosana Lamosa, a mezzo soprano Ednéia de Oliveira, o tenor Fernando Portati, o baixo José Gallisa e o coral Collegium Musicum, de São Paulo.

Para o maestro, o programa escolhido para a grande noite não poderia ser melhor. "Mozart foi escolhido numa homenagem à comemoração, este ano, dos 250 anos de seu nascimento. E a 9ª Sinfonia de Beethoven é alegre, fala em igualdade, religiosidade e esperança, e se refere a uma nova era. Foi sua última obra sinfônica".

Sobre a entrega do Coliseu, o maestro entende que é um enorme presente para a Cidade e, principalmente, para uma arte em especial: a ópera. "O teatro possui fosso para orquestra, e isso é uma boa oportunidade para que grandes espetáculos sejam trazidos".

Amanhã haverá ainda, em outras dependências do teatro, apresentações com a Camerata de Violões Heitor Villa-Lobos e o grupo de seresta Alma Brasileira, além de uma exposição de fotografias de Ernesto Papa, sobre as várias fases das obras de reforma.

Para a solenidade, que terá como convidado de honra o governador Geraldo Alckmin, foram convidadas 900 pessoas. Entre elas, diversas outras autoridades militares e civis, municipais e estaduais, além de empresários.

A mesma programação será repetida gratuitamente na quinta-feira (dia do aniversário da Cidade), para o público em geral. Mas não há mais convites disponíveis.

Peças de Mozart e Beethoven estão sendo ensaiadas pelos músicos
Foto: arquivo, publicada com a matéria

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