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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - IGREJAS - Capelas e oratórios
Capelas e oratórios da Baixada Santista [38]


A passagem do tempo e as ações humanas vão levando consigo os vestígios de muitas construções de caráter religioso, como os inúmeros oratórios e as capelas espalhadas pelo terreno hoje ocupado pelas cidades da Baixada Santista. Em alguns casos, fica a memória. Em outros, até ela se vai, por não ser apoiada pelos vestígios de sua existência, que faz com que as lembranças se esfumem até desaparecerem ou virarem mitos e lendas. Por isso, o pesquisador de História e professor Francisco Carballa procurou recuperar essas memórias e relacionar as edificações religiosas menores, neste relato por ele enviado em de novembro de 2012, para publicação em Novo Milênio:

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Capelas e igrejas particulares

Francisco Carballa

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[38] Capela da família de Bidu Sayão no Guarujá

Situada na região do Perequê, no caminho que para lá vai desde a praia do Pernambuco, ficando a capela localizada no lado esquerdo da estrada (sendo o direito o lado da praia), próxima dali.

Ela foi idealizada pela família de Bidu Sayão, que tinha ali um sítio. No início do século XX erigiu ou reformou a capela. Esta era de pequenas dimensões, com um retábulo simples de madeira, tendo um nicho central grande onde estava a imagem do orago e duas peanhas ladeando o mesmo, onde havia outras devoções. À  frente da imagem do orago havia uma mesa eucarística pré-conciliar, ou seja, grudada na madeira, onde a missa era celebrada pelo sacerdote de costas para o povo.

Pelas descrições de antigos moradores, o orago seria São Sebastião, embora existam referências a imagens de São Benedito (por causa dos escravos que existiam no sítio) e até de São Judas Tadeu. A capela era pintada de verde claro. Existe inclusive a referência de que havia uma árvore muito grande e antiga ao seu lado.

Lá pelos idos dos anos 1970, a capela ficou em ruínas e assim foi perdendo suas imagens; o retábulo ainda resistiu até os idos de 1980, quando finalmente desapareceu pela ação do tempo, sendo ali construído recentemente um condomínio residencial.

Em ruínas segundo alguns, ou desaparecida segundo outros, teve sua imagem furtada nos anos 70 e vendida para uma pessoa que, sem saber de sua origem, a manteve até o ano 2005, quando foi entregue a outra pessoa e depois para o Museu de Arte Sacra de Santos. Era uma típica peça caiçara de aproximadamente um metro de altura, com feição sorridente, talha funda e bem elaborada na madeira na qual foi esculpida.

Atualmente existe uma avenida na região denominada Avenida Bidu Sayão.