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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Hotel
Histórias do antigo Parque Balneário (2-a)

Local escolhido para casamentos e muitos outros eventos sociais...
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As fotos do antigo Parque Balneário Hotel publicadas em Novo Milênio fizeram Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin recordar de outros tempos, em que o elegante hotel da família Fracarolli, situado no final da Avenida Ana Costa, no Gonzaga, era usado para festas e recepções da alta sociedade santista.

Filha do suíço Sebastien Frank, que dirigiu o hotel em sua época áurea, Elizabetha viveu em Santos até a década de 1950 e agora, em setembro de 2007, com mais de 80 anos de idade, entrou em contato com Novo Milênio através de sua prima Antonia Rodrigues Moraes de Oliva Maya, para este relato:


Trecho  das anotações de Elizabetha enviadas a Novo Milênio

O site sobre o P. Balneário trouxe-me agradáveis recordações.

Meu pai, Sebastien Frank, suíço, foi diretor geral por mais de 20 anos. A festa do meu casamento foi no salão dourado, para 250 convidados, e também os das minhas irmãs Dulce e Ana. O salão era usado para recepções especiais, cocktails para o almirante da Capitania dos Portos, autoridades, festas de executivos, café, navegação.

Havia também 2 quadras de tênis P. B. Tenis Club onde joguei muito, era sempre à noite e os espectadores eram amantes de tenis e admiradores. O filho do J. Fracaroli era um dos bons tenistas, Fausto Fracaroli.

E havia a boite com as paredes estofadas em cetim rosa-claro e do teto pendiam o mesmo como uma tenda árabe. A pista de alabastro com luzes embaixo e orquestra ao vivo. Um dos crooners era Simonei, acho que era o pai do Ney Latorraca, "não sei ao certo". E no jardim a pérgula ao ar livre, das 21 até 24 com música, também ao vivo, ele era cercado de árvores e colunas, ao céu aberto, e colunas às vezes ocupadas por flamingos.

O hotel era uma cidade com todo serviço auxiliar, havia marceneiros, bombeiros, uma pessoa que lavava os cristais dos lustres o ano inteiro. Em 1949 só havia o bingo no salão do cassino, freqüentado pela sociedade santista.

Eu lembro o almoço para o presidente Craveiro Lopes, para 800 pessoas. Meu pai recebeu a ordem do B. Rio Branco pela organização e carta de agradecimento do governo português.

Vários casais idosos moravam permanente no hotel, os pais de Walter Moreira Sales, a embaixatriz Alzirinha Assunção, os Martin Ferreira de Souza, a esposa dona Nenê patrocinadora da Santa Casa e cujo filho foi prefeito de Santos.

Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin


1948 - coquetel em homenagem a um almirante da Marinha Brasileira
Foto: Peressin, no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


A recepção do hotel, em 1949
Foto no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


Chá na pérgula do Parque Balneário, para a poetisa Maria José Aranha, em 1949-1950
Foto no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


Família Sebastian Frank, no casamento de Dulce Frank e Charles Davies, em setembro de 1950. A menina vista no centro da foto é Antonia Rodrigues
Foto no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


O mesmo casamento de Dulce Frank e Charles Darres,
em setembro de 1950, no Salão Dourado do Hotel Parque Balneário
Foto no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


Dulce Frank, no dia de seu casamento em 1950, no Hotel Parque Balneário
Foto: Luiz Pereira Marcondes/Times of Brasil,
no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


Casamento de Elizabetha Frank e Hubert Melin, também em 1950,  no Hotel Parque Balneário
Foto no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


Jantar em 1951 no Salão Dourado do Hotel Parque Balneário
Foto: Battistoni, no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio


Casamento de Anna Frank e Antonio Amado Jr., em 1951, também  no Hotel Parque Balneário
Foto no acervo de Elizabetha Ana Moraes Barros Frank Melin, enviada a Novo Milênio

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