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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - VISITANTES
Poeta Olavo Bilac, mas em viagem de negócios

Príncipe dos Poetas Brasileiros, Olavo Bilac também era diretor de um serviço noticioso que fornecia pelo telégrafo as cotações das mercadorias no exterior. E foi nessa qualidade que fez uma de suas visitas a Santos, em 1911. Só quatro anos depois, expirado o contrato que ele havia negociado com a Associação Comercial de Santos, é que ele voltou à cidade, então na condição de poeta e conferencista. Em ambas, foi recepcionado por seu amigo Martins Fontes, médico e poeta. Essas histórias foram contadas pelo pesquisador e jornalista Olao Rodrigues em seu Almanaque de Santos - 1971:

Olavo Bilac - Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac - esteve em Santos em 7 de abril de 1911. Não veio em missão literária o Príncipe dos Poetas Brasileiros, senão a negócios, a fim de ajustar com a Associação Comercial o fornecimento de telegramas diários sobre cotações em mercados do Exterior, por meio da Agência Americana, de que era diretor.

Foi recebido em sessão especial pela diretoria do Instituto representativo da Praça, que no ano passado (N.E.: 1970) comemorou o 100º aniversário de fundação. E no dia 15 de maio daquele ano, no Cartório de Ato Macuco Borges, foi assinado contrato entre a Agência Americana e a Associação Comercial para o fornecimento de telegramas comerciais, sendo representante dessa organização informativa em Santos o poeta Martins Fontes, que acompanhou Bilac à sede da Associação. O contrato, renovado em 1913, terminou no ano seguinte.

Visita literária, realizou-a Olavo Bilac no dia 15 de outubro de 1915. No Teatro Moderno, em soberba Hora Literária, como se denominou o sarau, saudado pelo escritor Valdomiro Silveira, o Príncipe dos Poetas Brasileiros ergueu hino de amor a Santos por sua integração nos fastos político-administrativos, sociais e culturais do País, além de desenvolver sugestivas imagens em torno da Moral e do Civismo, no desdobramento da patriótica campanha que empreendia em favor do Serviço Militar. Participaram também da Hora Literária, entre outros, Martins Fontes, José Freitas Guimarães, Heitor de Morais, Fábio Montenegro, Ciro Costa e Roberto Moreira, que discursaram e disseram poesias.

Como se sabe, pela influente campanha em prol da Educação e do Serviço Militar Obrigatório, Olavo Bilac foi oficialmente declarado Patrono do Serviço Militar. Considerou ainda o governo que "seus poemas, e letra do Hino à Bandeira e seus discursos vibrantes constituem o catecismo cívico da juventude brasileira".

O grande poeta faleceu no dia 28 de dezembro de 1918, aos 53 anos de idade, por insuficiência cardíaca e edema pulmonar.