Saiba como você deve agir para obter uma boa recepção no sistema UHF

UHF. Antenas. Conversores. Todas estas palavras têm sido usadas quando é citada a TV Tribuna, afiliada à Rede Globo, que estréia dia 1º de fevereiro (N.E.: de 1992), no Canal 18. Muitas são novidades para o espectador. Mas, como toda novidade, é apenas uma questão de hábito. Em pouco tempo, elas serão tão populares quanto AM e FM.

Quando se fala em TV Tribuna, a primeira preocupação do espectador é a seguinte: quem não tem antena de UHF poderá captar a nova emissora? A resposta é simples: não.

Mas isto não é motivo para preocupação. Uma instalação completa exige antena de UHF, conversor (em alguns casos), fios e o trabalho do antenista. O custo total da instalação varia - para menos ou para mais -, de acordo com a residência ou com a inflação (os equipamentos podem ter preços reajustados pelas fábricas).

Por exemplo: quem possui televisor com circuitos para UHF não precisará de conversor, o que tornará menor a despesa. Já quem possui conversor de UHF e antena só necessitará de ajustes feitos por antenistas especializados. Com isto, o custo para regular a sintonia para perfeita recepção da TV Tribuna diminuirá. Portanto, todos poderão ter acesso ao novo sistema.

Nas cidades de Guarujá, Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá e no Distrito de Bertioga, a TV Tribuna será sintonizada nos mesmos canais onde a Rede Globo é assistida atualmente. Mesmo assim, recomenda-se procurar um antenista, para obter informações sobre a correta recepção.

No caso de prédios com sistema de antena coletiva, a mudança e a consulta ao antenista são obrigatórias, mesmo para os que já recebem outras emissoras em UHF. Em alguns casos, é necessária a instalação de um novo conversor, para receber o sinal da TV Tribuna. Esta mudança é feita em cerca de três horas, por firmas especializadas. O preço é sujeito a alterações, de acordo com a necessidade do equipamento e as condições de cada residência.

UHF é a sigla, em inglês, de Ultra High Frequence (Freqüência Muito Alta). Trata-se de um tipo de transmissão de sinais que os organismos internacionais estabeleceram e que é usado por canais de TV.

Este tipo de transmissão só começou a ser utilizado no Brasil há alguns anos. Em São Paulo, existem várias emissoras em UHF. Na Baixada, a Rede Globo já utilizava alguns canais, como o 58, em Praia Grande; o 54, em Guarujá; o 26, em Mongaguá; e o 22, em Itanhaém.

A TV Tribuna recebeu a concessão para o Canal 18 de UHF, na região. Para manter o padrão de qualidade do Grupo A Tribuna, a nova emissora afiliou-se à Rede Globo de Televisão, a maior rede do País, reconhecida internacionalmente pela competência técnica e profissionalismo.

A Globo, atualmente, retransmite em algumas cidades (como Santos, São Vicente e Cubatão) pelo tradicional Canal 8. A partir de 1º de fevereiro, a emissora deixará este canal, surgindo o 18, da TV Tribuna.

A nova emissora retransmitirá a programação da Rede Globo, com noticiários locais produzidos por uma equipe composta exclusivamente por profissionais da região.

Assim, quem mora em Santos, São Vicente e Cubatão terá de adaptar sua antena para receber o canal 18 de UHF, a fim de continuar sintonizando a programação da Rede Globo, através da TV Tribuna.

Já os habitantes de Guarujá, Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém não precisarão fazer qualquer modificação. A TV Tribuna utilizará os canais de UHF já existentes nestas cidades, onde, atualmente, a Globo retransmite.

Tudo é uma questão de hábito. Mas, na dúvida, o mais aconselhável é procurar um antenista de confiança, que se encarregará de dar todas as informações necessárias.

Uma dúvida que tem surgido na mente de muitas pessoas sobre a TV Tribuna é a seguinte: mesmo quem tem antena e conversor de UHF precisará de algum ajuste? Em praticamente todos os casos, sim.

Isto ocorre por vários motivos. Por exemplo: a pessoa mora em Santos, mas capta o sinal de outras emissoras de UHF de Guarujá, onde as torres estão instaladas. Com a entrada da TV Tribuna, no Canal 54 em Guarujá, muitas antenas não estão adaptadas ou não foram construídas para receber este sinal.

Com isto, torna-se necessária a instalação de mais uma antena, apenas para captar a TV Tribuna, ou a troca do equipamento atual por uma antena que capte todas as emissoras de UHF.

Nos prédios ocorre o mesmo. Suas antenas coletivas foram dimensionadas para receber sinais de outras emissoras. A posição e o tipo da antena, muitas vezes, são diferentes dos necessários para captar a TV Tribuna.

Mas isso não é motivo para pânico. Tudo depende, apenas, de consultar um antenista de confiança, que explicará as mudanças e ajustes necessários e fará um orçamento do serviço. Este orçamento deve ser cuidadosamente examinado e, em caso de dúvida, os órgãos públicos podem ser consultados para esclarecimentos.

O importante é que, a partir do dia 1º de fevereiro, a TV Tribuna estará no ar e a Rede Globo só poderá ser assistida neste canal, deixando de operar no Canal 8, usado até então. Os que desejarem assistir à Rede Globo terão que realizar as mudanças necessárias para captar a TV Tribuna.

Mudança exige apenas adaptação e hábito

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas. Na verdade, a mudança para a TV Tribuna é muito simples. É tudo uma questão de adaptação e tempo, ou seja, hábito.

Entre as dúvidas mais comuns, está "a qualidade de imagem será mantida?" A resposta é sim. O padrão global de qualidade técnica perfeita e o esmerado aprimoramento nas coberturas jornalísticas serão seguidos pela TV Tribuna.

Outra dúvida: "O equipamento de antena coletiva no meu prédio pode ser adaptado para o Canal 18?". Resposta: sim, mas o serviço deve ser feito por firmas especializadas. Em muitos casos, é necessário instalar novos equipamentos e até antenas no telhado.

"Quem tem aparelho de TV com VHF/UHF precisará de novos equipamentos? "Sim. Mesmo que o morador já possua antena, a maioria necessitará de ajustes, trocas ou novas antenas.

"Basta sintonizar o Canal 18 no videocassete para captar o Canal 18?" Resposta: se a antena do morador já estiver adaptada para receber o Canal 18 de UHF não haverá problema, mas recomenda-se a consulta ao antenista.

Muitos também perguntam se é possível, ao próprio morador, fazer as alterações. Resposta: é possível, mas não aconselhável. Os ajustes, tipos de equipamentos e a posição em que a antena deve ficar são simples para antenistas especializados. O leigo terá várias dificuldades, além do risco de se machucar na execução do serviço.

"Torres de rede elétrica provocam interferência no UHF?" Segundo os antenistas, não. Se isto estiver acontecendo, recomenda-se avisar à Eletropaulo, pois a torre ou a rede estão com algum defeito.

Gerente de Operações explica mudanças

A necessidade de os telespectadores da região providenciarem as modificações adequadas para receber as imagens da TV Tribuna, afiliada à Rede Globo - que vai ao ar no próximo sábado, pelo Canal 18, no sistema UHF - foi reiterada pelo gerente de Operações da nova emissora, engenheiro José Menezes dos Santos.

Como forma de orientar a população da área de abrangência da TV Tribuna, que vai de Bertioga a Itanhaém, o engenheiro enfatiza algumas dessas providências, lembrando, fundamentalmente, que os telespectadores que ainda não contrataram um antenista de confiança para promover as mudanças necessárias devem fazê-lo de imediato, a fim de evitar atropelos e dificuldades a partir do instante em que a emissora entrar no ar.

Por isso, e diante do fato de que na medida em que se aproxima o início de operações da TV Tribuna os antenistas vão acumulando muitos serviços, Menezes recomenda aos telespectadores que agendem, com urgência, uma visita desses profissionais, que são os mais capacitados para resolver os problemas relativos à recepção da imagem.

Além dessa recomendação, o engenheiro esclarece algumas das dúvidas mais freqüentes dos telespectadores, frisando que, mesmo no caso de prédios que possuem o sistema UHF, o síndico deve se comunicar com um antenista para fazer a conversão na própria antena, garantindo assim a captação das imagens do Canal 18.

O gerente de Operações ainda explica que o próprio telespectador pode efetuar a mudança de VHF para UHF, caso, evidentemente, o aparelho não disponha de sintonizador de UHF. Nesse aspecto, basta comprar um conversor externo e promover a modificação.

Análise de cada caso - Menezes renova que cada caso deve ser analisado individualmente, razão pela qual a presença do antenista é indispensável, já que é um profissional capaz de encontrar uma alternativa para cada uma das situações existentes. Ele lembra que existem edifícios que já estão com a instalação de UHF e dependem somente de pequenas alterações. Outros, porém, exigem a instalação de um conversor.

Em outra observação, o engenheiro ressalta que os telespectadores que dispõem de videocassete e de antena de UHF podem captar o Canal 18 por meio do próprio aparelho de vídeo.

Quanto ao custo, outra dúvida de parcela da população, Menezes explica que o gasto para promover as mudanças em um edifício deve girar em torno de Cr$ 230 mil, para ser rateado entre todos os condôminos. O custo em uma residência térrea, porém, é bem mais em conta, já que existem diversos tipos de antenas e conversores. Por isso, o engenheiro aconselha ao telespectador uma pesquisa de preços.

Qualidade da imagem - O gerente de Operações salienta, por fim, que todos os que, atualmente, têm uma boa recepção no Canal 8, no sistema VHF, terão a mesma recepção pelo Canal 18 (UHF). Caso surjam dificuldades em alguns bairros, face à topografia regional, os telespectadores contam com a alternativa oferecida pelo Canal 54, em UHF, cujo sinal vem de Guarujá.

"O importante é que a qualidade da transmissão vai ser mantida, dentro dos padrões da Rede Globo, em todo o território nacional", conclui o engenheiro.

Perfil

Um grande desafio profissional. Assim, o engenheiro eletrônico José Menezes dos Santos define a atividade que vem exercendo, a de gerente de Operações da TV Tribuna. Com 35 anos, casado e pai de três filhos, Menezes iniciou sua carreira na TV Globo, em São Paulo, dedicando-se à manutenção de equipamentos e desenvolvimento de projetos na área de rádio-freqüência.

Após 14 anos trabalhando na Rede Globo, Menezes está há três meses na TV Tribuna, onde além da área Operacional é responsável, também, pelo setor de Manutenção e Programação.

"A implantação de uma emissora, em uma região importante do Estado, é um grande desafio e estimulante do ponto de vista profissional. Por isso, aceitei o convite para essa nova função", afirma Menezes.

Satisfeito com a receptividade da região - que, por sinal, define como acolhedora, tranqüila e pacata - ao surgimento da nova emissora, o engenheiro faz questão de frisar, por fim, que esse interesse da população, aliado à expectativa geral, aumentam a responsabilidade daqueles que estão trabalhando na implantação da TV Tribuna.