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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Clubes
Clube Internacional de Regatas (3)

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Em maio de 1987, o Jornal de Náutica (editado mensalmente pela Empresa Brasileira de Marketing Direto Ltda., de Santos/SP, ano I, nº 3) destacou o clube em uma seção especial com quatro páginas:
 


Sede náutica
Foto publicada com a matéria

Na história da Náutica, uma Náutica com história

Nascido ao impulso de uma idéia que desde logo se transformou em realidade, o Clube Internacional de Regatas não assumiu posição no esporte de 1898, data de sua fundação. Ao contrário, colaborou para a ampliação da Náutica, proporcionando-lhe novos horizontes.


A sede abriga mais de 40 veleiros
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Há clubes que tardam em se tornar grandes. O Inter foi grande desde os seus primeiros passos. Sua atividade esportiva diversificada de hoje tem muito a ver com as regatas que proporcionaram arrancada em seu desenvolvimento sempre crescente.

Neste mês de maio, que o calendário assinala a passagem de mais um aniversário de sua fundação, narramos, de forma sucinta, mas com justiça e admiração, fatos históricos do setor Náutico e seu gigantismo.


Grupo de iatistas
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Vinte e quatro de maio de 1898. No prédio nº 1 da Rua Martim Afonso, às 19,30 horas, 36 jovens de várias camadas sociais e comerciais, todos associados do Clube de Regatas Santista - única agremiação, na época, a se dedicar ao esporte do remo -, descontentes com a orientação imprimida pela diretoria, reúnem-se em assembléia para concretizar uma aspiração: fundar um novo clube.

Foi assim que nasceu o Clube Internacional de Regatas que, anos depois, viria a ser conhecido como o "gigante do Itapema". Com o mesmo entusiasmo que tornou um sonho uma realidade, o grupo de jovens, semanas após a instalação e certidão devidamente registrada em ata, adquiria uma área junto ao mar, na Ilha de Santo Amaro, no local conhecido como Bocaina. Um barracão, um chalé para o lazer dos associados e uma pequena oficina para conservação e reparos das embarcações constituíam o patrimônio do clube.


Hangar do clube
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O dinâmico grupo, mediante empréstimo, meses depois adquiria a primeira flotilha para competições e passeios, composta de duas canoas - Cecy e Pery - a dois remos, uma de corrida - Iracema - a quatro remos, dois escaleres - Tapuia e Guaianás - também a quatro remos, e um escaler, o 24 de Maio, para passeios.

No mesmo ano da fundação realizou-se a primeira regata: atendendo a convite formulado pela diretoria do Clube de Regatas Santista, com instalações também no bairro da Bocaina, o CIR alinhava suas embarcações nas águas do Estuário, frente ao Valongo.

Em abril do ano seguinte, ou seja, em 1899, o CIR alugava o Trapiche Paquetá para guarda dos barcos até a realização da regata do aniversário, o que ocorreria em maio. Para o dia 24 foi marcada uma sessão solene, à qual compareceram diversas autoridades e damas da sociedade, houve competição de remo, sendo os vencedores premiados com troféus de procedência francesa, muitos deles ainda em exposição na galeria localizada na entrada social da atual sede do Clube, na Ponta da Praia.


Vista do ancoradouro
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Nos anos seguintes as disputas passaram a ser mais intensas, com a aquisição de novas embarcações, mais modernas e velozes. Com a transferência das instalações da Bocaina para a Ponta da Praia, as atividades esportivas foram diversificadas, surgindo, em 1944, os primeiros veleiros, na época denominados de Classe Mista, por apresentarem, cada um, características diferentes. Popeye, Cisne, Cavlana, Moby Dick, Albacora e Alcyon eram alguns dos barcos que nos fins-de-semana se reuniam frente à sede do CIR para disputas pela baía de Santos.

Nesse mesmo ano foi formada a primeira flotilha de Santos com o surgimento de barcos da classe Sharpie, alguns construídos na Cidade, outros procedentes do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. As regatas, que chegavam a levar à raia cerca de vinte barcos da mesma classe, eram sempre prestigiadas com a presença de autoridades da Marinha, prefeito, vereadores e diretores de clubes co-irmãos, atraindo a atenção de grande público na Ponta da Praia. Como um dos principais esportes, na época, o iatismo ganhou novos adeptos, surgindo, assim, novas classes, como Snipe e, posteriormente, na Pingulim, esta última na década de 70, quando foi criada a primeira escolinha para a formação e habilitação de jovens velejadores.


Barzinho da sede náutica
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A localização da garagem para guarda das embarcações, na sede social, assim como as dificuldades para a colocação e retirada dos barcos do mar, determinaram que a Náutica fosse praticada por unidades de pequeno porte. Entretanto, essa situação se modificaria no ano de 1977, quando a diretoria de então iniciou a construção da sede náutica em uma área situada às margens do Rio Icanhema, na Praia de Santa Cruz dos Navegantes.

A área, antes um manguezal, foi aterrada e nela construída uma piscina para guarda de embarcações com comprimento máximo de até 41 pés. As novas instalações possibilitaram o nascimento de uma nova fase para o setor, que passou a contar com modernos veleiros cabinados, adquiridos pelos associados.

Contíguo à piscina foi construído um hangar que hoje abriga cerca de 100 embarcações, e um pátio para estacionamento e reparos de barcos, além de uma oficina e um galpão destinado à guarda de motores.


Píer
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A demanda, sempre crescente, de pedidos de vagas para novas embarcações tem levado as últimas e a atual diretoria a elaborarem um plano diretor para a construção de uma nova piscina e expansão das atuais instalações de apoio, assim como uma sede social.

Essa piscina ocupará 2.400 m² e terá uma profundidade de 4 a 5 m destinada a aproximadamente 40 veleiros de porte médio.


Veleiros de vários tipos
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Está em estudos a possibilidade de ser realizado um remanejamento dos barcos monotipo e pequenas lanchas do hangar atual para outras instalações, dando espaço para abrigar lanchas de maior porte.

O Clube Internacional de Regatas é uma das agremiações mais tradicionais da náutica brasileira.


Os barcos ficam bem abrigados
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