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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SFC - 7
Guerra parou para verem futebol do Santos

O estádio, em diversos momentos de sua história...
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Nos anos finais do século XX, o clube - conhecido como "Alçapão da Vila" (por encaixar todas as bolas, como um bom jogador de sinuca, e por ter sede no bairro da Vila Belmiro) - negociava com as autoridades municipais e estaduais a cessão de um terreno entre os bairros do Saboó e Chico de Paula para a construção de um novo estádio de futebol. Citando indiretamente essa negociação (que afinal não se concretizaria, sendo o terreno usado na construção de conjuntos habitacionais), uma página Web da Prefeitura Municipal de Santos registrava:

Alçapão da Vila

Gooool! É Santos Futebol Clube, fundado oficialmente em 14 de abril de 1912, estreou em 15 de setembro daquele mesmo ano, derrotando o Santos Athletic Club por 3 a 2, num campo do José Menino.

Euterpe, África, Concórdia e Brasil Atlético eram os nomes cogitados para a nova agremiação, mas a sugestão vencedora foi dada por Edmundo Jorge Araújo, um dos seus fundadores. As cores do time recém-criado - branco, azul e ouro - foram substituídas, em 1913, pelo branco, representando a paz, e o negro, a nobreza, como propôs Paulo Pelégio.

Nascido num momento de crise no futebol da Cidade, em consequência do desaparecimento do Internacional e da transferência do Americano para São Paulo, só depois de treinar durante três anos em um campo alugado no Macuco, o Santos conseguiu adquirir terreno próprio, na Vila Belmiro.

O campo alvinegro foi inaugurado em 12 de outubro de 1916 e ganhou o nome de Urbano Caldeira, jogador e depois dirigente apaixonado, falecido em 1933, do qual se contam várias histórias de dedicação ao time, inclusive a de que chegava a tratar do gramado pessoalmente.

A Vila passou por diversas reformas, até chegar ao formato que hoje conhecemos, definido a partir da década de 50. Em março de 31, realizou sua primeira partida noturna, estreando o que, para a época, era uma ousadia: a iluminação de um campo de futebol, novidade em todo o mundo. A última grande intervenção aconteceu um julho de 96, quando o estádio foi fechado para uma total e longa reforma, só concluída com a entrega do novo gramado à torcida em 27 de abril de 97, em jogo do Santos contra o Internacional de Porto Alegre.

Atualmente, os dirigentes do clube e a Prefeitura Municipal estão estudando a possibilidade de ampliação do Estádio Urbano Caldeira, um marco da Cidade, que até hoje atrai turistas, atletas e torcedores interessados em conhecer a sala de troféus e a rica história do time em que o menino Pelé virou gigante; figuras lendárias como Athié Jorge Coury - que presidiu o clube na época áurea -, ou as grandes conquistas em gramados por todo o mundo, até a significativa marca dos 10 mil gols, feito inédito em todo o mundo.


Um dos primeiros jogos noturnos no estádio do SFC, com a iluminação inaugurada em 1931
Foto: acervo do cartofilista Laire José Giraud, publicada em A Tribuna em 16/4/2004

 

Este artigo de Guilherme Gomez Guarche foi publicado na página Web de Porto Gente, em 14 de março de 2005:

 

A inauguração do nosso estádio

Texto atualizado em 14 de Março de 2005 às 12h48

Em 22 de outubro de 1916, quando da inauguração da praça de esportes, na Vila Belmiro, a diretoria do Santos escalou os seguintes sócios para colaborarem com a fiscalização no campo: Luiz Suplicy, Urbano Caldeira, Agnello C. de Oliveira, Pedro dos Santos, José Freire, Belarmino Mendonça, Francisco Rial, Ruperto Ozores, Antonio Lima, Fausto Santos, José Caetano Munhoz, Dagoberto Pacheco, Guilhermino Damásio, Alfredo Roiz e Domiciano Garcia.

O match contra o C.A. Ypiranga, vencido pelo placar de 2 a 1, teve início às 13h30, cabendo a Millon o primeiro gol da equipe santista. Naquele domingo longínquo, nas modestas dependências do estádio, foi oferecido um serviço completo de bar, aos preços comuns da cidade, sendo que os associados santistas foram até a gare da S.P.R. para dar boas vindas aos visitantes e, para facilitar o serviço de condução ao evento, foram colocados bondes especiais da Vila Mathias, em combinação com os bondes 2,3,12 e 16, além do extraordinário 17, que partiram do Largo do Rosário.

Menores de 14 anos não pagaram ingressos, e foram cobradas entradas de senhoras, de pessoas estranhas e também de famílias de sócios. Os preços foram os mesmos que vigoravam em São Paulo: 2$000 para arquibancadas e 1$ 000 para geral.

Urbano Caldeira foi um dos primeiros sócios
e um dos maiores colaboradores do clube.
Morreu em 13 de março de 1933
Foto: página oficial do clube

Antes do jogo, a Corporação Musical Humanitária, executou uma marcha vibrante; à noite, em bondes especiais, oferecidos à rapaziada do Santos pelo seu entusiasmado associado, Henrique Leite Ribeiro, o Coalhada, foi feita uma passeata pelas ruas da cidade, que entoou hinos e canções da época, passando defronte ao jornal A Tribuna, findando no Pombal, a sede do clube.

Tudo isso aconteceu há remotos 88 anos. Parabéns Estádio Urbano Caldeira, Parabéns Santos Futebol Clube.

Guilherme Gomez Guarche é funcionário da Codesp, conselheiro do Santos F.C. e membro da ONG Santos Vivo. Foi o primeiro presidente da Torcida Sangue Jovem Santista e é autor dos livros "O melhor do século nas Américas" e "O Alvinegro mais famoso do mundo".


Início da construção do estádio Urbano Caldeira, pouco antes de 1916
Foto divulgada pelo Santos Futebol Clube e publicada no perfil Santos Antiga da rede social Facebook (acesso: 13/7/2013)

Um novo gramado para o estádio da Vila Belmiro foi o tema na edição de domingo, 9 de janeiro de 2011 do jornal santista A Tribuna, páginas A-1 e B-1:

Gramado high tech na Vila

Grama geneticamente modificada, de maior resistência, será plantada em breve no campo do Peixe.


A Vila exibe visual diferente: o terrão tomou conta do espaço, mas o gramado será replantado em breve
Foto: Sérgio Furtado, publicada com a matéria, na página A-1

Em breve, a Vila de 'piso' novo

Estádio do Santos receberá 7.500 metros quadrados de grama geneticamente modificada e deverá estar pronto até o dia 30

César Miranda

Da Redação

Por enquanto, o campo de Santos está um terrão. Em vez de jogadores e bola correndo, operários e equipamentos ocupando a área. É questão de tempo para o cenário mudar. Quando for revestida com os 7.500 metros quadrados de grama, a Vila Belmiro terá um tapete de melhor qualidade para a realização de belos espetáculos nesta temporada.

Pela primeira vez, o campo da Vila terá gramado geneticamente modificado. Na Europa e na Ásia, muitos campos já passaram por essa mudança que será implantada na Vila. A principal vantagem é que o gramado será mais resistente aos efeitos nocivos que a sombra e as mudanças climáticas podem causar ao longo do tempo.

Como fazia 14 anos que não era substituído (a recomendação é que se faça isso a cada 10 anos), o gramado já dava sinais de desgaste. Devido a tanto tempo sem manutenção, a grama, além de apresentar tonalidades diferentes, havia criado uma camada que dificultava a chegada da água ao sistema de drenagem do campo. Por isso, as poças eram presença constante em dias de muita chuva.

"Finalmente, esse problema será resolvido", afirmou o diretor de Patrimônio do Santos, Luiz Fernando Vella. Segundo ele, o novo gramado irá contribuir também para minimizar contusões, passes errados, gols perdidos e falhas dos goleiros.

Expectativa

"Agora o gramado ficará perfeito e mais bonito, como estava quando foi implantado há 14 anos. Além disto, a grama será mais resistente também. Outra vantagem será a facilidade de recuperação de um jogo para outro"

Luiz Fernando Vella, diretor de Patrimônio do Santos

Os serviços para a troca do gramado começaram logo após o show do cantor Luan Santana, no último dia 19. Aliás, o aluguel da Vila Belmiro para a realização do espetáculo garantiu o pagamento da reforma, que custou cerca de R$ 180 mil. O gramado do Santos virá de São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

"Agora o gramado ficará perfeito e mais bonito, como foi implantado há 14 anos.l Além disto, a grama será mais resistente também. Outra vantagem será a facilidade de recuperação de um jogo para outro", destacou o dirigente.

O Santos deve estrear o novo gramado no dia 30 de janeiro, no clássico contra o São Paulo, pela quinta rodada do Paulistão. Essa é a expectativa do diretor de Patrimônio.

Até lá, a equipe disputará três jogos pelo Estadual, sendo dois como visitante. O primeiro jogo como mandante, contra o Mirassol, dia 19 de janeiro, deverá ser disputado no Pacaembu, na Capital. A segunda partida como mandante, no dia 26, contra o São Caetano, ainda não foi definida. A Arena Barueri seria uma boa opção para o confronto.


Uma imagem que não se via há 14 anos: o campo da Vila coberto de terra. Pela primeira ez o estádio terá grama geneticamente modificada, vinda de São José dos Campos
Foto: Sérgio Furtado, publicada com a matéria, na página B-1

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