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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - ESTRADAS - BIBLIOTECA
Pequeno histórico da Mayrink-Santos (8)

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Em 1962, foi publicado em Sorocaba/SP este livro de 200 páginas (exemplar no acervo do historiador santista Waldir Rueda), composto e impresso nas Oficinas Gráficas da Editora Cupolo Ltda., da capital paulista (ortografia atualizada nesta transcrição):

Pequeno histórico da Mayrink-Santos

Meus serviços prestados a essa linha entre Mayrink e Samaritá

Antonio Francisco Gaspar

[...]


2ª PARTE - ESTUDOS E CONSTRUÇÃO
VIII - Primeiros estudos

Em 24 de julho de 1927, o dr. Mário Salles Souto, chefe da 5ª Divisão, recebeu ordem do diretor, dr. Gaspar Ricardo Júnior, ser estudado em levar avante a construção do prolongamento de Mayrink até Santos.

Para ser cumprida essa solicitude de tão grande empreendimento, como o era e o foi a nova linha, rumo ao mar, dois meses depois, uma bem disposta expedição, chefiada pelo saudoso engenheiro dr. Sebastião Ferraz, partiu de São Paulo para Mayrink e dali por ínvios caminhos, com o fim de fazerem o indispensável e necessário reconhecimento do traçado da linha Mayrink-Santos.

O reconhecimento, feito por meio de bússola, aneróide e podômetro a partir de Mayrink, atingiu após oito dias o córrego do Embura e, continuando nessa tarefa até mais adiante, foram alcançar o ribeirão do Dúvidas.

Daí, até a garganta do Cubatão, foi possível a utilização de antigas picadas existentes. A Cachoeira do Rio Capivari, propriedade do Estado de São Paulo situada dentro de um bloco de terras devolutas, foi prevista ser aproveitada futuramente. Sua potência hidráulica estava calculada em 24.000 HP, mui útil para a iluminação e eletrificação da linha na serra.

No trecho explorado em seguida, encontram-se as vertentes dos rios Branco de Itanhaém e Cubatão.

Uma outra turma partiu desse local, alto da serra, em demanda da estação de Samaritá; outra de Samaritá, subindo ao encontro da segunda, que vinha descendo. O engenheiro dr. Alvimar de Magalhães Castro, também ajudante da 5ª Divisão, é que foi incumbido desses dois estudos.

Com um ano de árduos e penosos trabalhos, lutando contra toda a sorte de dificuldades, contra a maleita e a inclemência do tempo, essas duas turmas puderam dar por concluídos seus trabalhos de campo, num total de 47 quilômetros, entre a estaca 0 (Mayrink) e o quilômetro 19, estação Samaritá.

Os trabalhos de estudo desse prolongamento foram assim obtidos, graças aos esforços do dedicado pessoal da 5ª Divisão, notadamente do saudoso engenheiro ajudante dr. Sebastião Ferraz que, com funções especiais na direção dos trabalhos de campo, soube levar avante esse tentamen.

Estava também em estudos que o traçado entre São Vicente e Santos seguiria pelos terrenos de propriedade do Estado. A Sorocabana passaria pelo bairro da Alamoa em rampa de 1,5 na extensão de cinco quilômetros, atravessando a estrada de rodagem e a São Paulo Railway (hoje Santos-Jundiaí) em passagem superior e alcançaria as Docas em Santos.

Porém, como foi admitida pelo Estado a Southern Railway Ltda., a linha Mayrink-Santos entroncou em Samaritá. Isto era o que constava em 1928, quando foi dado o início aos novos estudos para a Sorocabana poder chegar ao porto de Santos.

A estação Chapéu, na Mayrink-Santos, passou a chamar-se Engenheiro Ferraz, em memória a esse abalizado engenheiro, que tanto trabalhou pela progressiva Sorocabana.


Mapa das linhas da Sorocabana Júlio Prestes-Santos e Mayrink-Santos - 12/4/1958
Imagem e legenda reproduzidas do livro


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