Clique aqui para voltar à página inicialhttp://www.novomilenio.inf.br/santos/fotos016d.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 10/03/07 11:52:04
Clique na imagem para voltar à página principal
SANTOS DE ANTIGAMENTE
Desabamento do Monte Serrat em 1928 (5)
Leva para a página anterior
Um grande desastre abalou Santos, em 10 de março de 1928: o desabamento de parte da encosta do Monte Serrate, soterrando muitas casas e várias dependências da Santa Casa de Misericórdia de Santos, que então estava instalada no sopé daquela elevação, em área onde a partir de 1950 foi construído o Túnel Rubens Ferreira Martins e três décadas depois a alça de acesso viário com viaduto sobre esse túnel. Continua aqui a cobertura jornalística dos fatos, que quase levaram à própria demolição do morro:


"Este clichê, organizado especialmente para a A Tribuna por conhecido técnico, reproduz a planta do local da catástrofe. Pelo clichê vê-se a parte soterrada e a que foi desentulhada. A extensão da parte soterrada, na Travessa da Santa Casa, é de 58 metros, contados da parede do prédio n. 11, até o muro que existia no final daquela travessa. A parte desentulhada foi de 18 metros, vendo-se, ainda, que o aterro cobre os fundos de alguns prédios de propriedade do sr. Manoel Domingues Pinto, e os dois necrotérios da Santa Casa"
Imagem: jornal santista A Tribuna, no sábado, 24 de março de 1928


"Vista geral da cidade de Santos, do Monte Serrate ao porto - O Monte Serrate é visto no clichê antes do desmoronamento, encontrando-se na fralda a Santa Casa e a vila que foi soterrada, sacrificando numerosas pessoas. - No alto, o edifício do Cassino, anteontem vistoriado e que será demolido se a isso for a Prefeitura compelida pelo laudo pericial"
Legenda e foto: jornal santista A Tribuna, na segunda-feira, 26 de março de 1928


"Um dos pavilhões do Hospital de Isolamento, onde estão recolhidos parte dos enfermos da Santa Casa, que para ali foram removidos, em conseqüência da hecatombe do Monte Serrate"
Legenda e foto: jornal santista A Tribuna, em 26 de março de 1928


Menos de um mês depois, a tragédia estreava nos cinemas santistas: 
"Às 19,15 horas - sessões contínuas - SELECTO - Preços: Poltronas, 2$500 - Crianças, 1$200
Apresentamos hoje à população santista o grandioso filme que demonstra o sinistro ocorrido na madrugada de 10 de março - Uma página de dor que jamais será esquecida...
4 formidáveis partes, apanhadas momentos depois da horrível catástrofe, pela objetiva da Guarany Film - Aspectos detalhados e minuciosos serão vistos nesta película: o desentulho - Remoção dos cadáveres - Os sobreviventes - Os estragos materiais - No cemitério do Saboó - As partes fendidas nas adjacências do Cassino - A vistoria - A Santa Casa (antes e depois do desastre) - Os feridos na Beneficência Portuguesa - O serviço dos carros - A ação da polícia - Altas autoridades locais - O Asilo de Órfãos - As crianças salvas - Um aeroplano que faz cair uma chuva de flores nos túmulos das vítimas, no cemitério do Saboó
A HECATOMBE DO MONTE SERRAT
Reportagem completa - Único documento que demonstra claramente a grande calamidade que enlutou Santos"
Imagem: jornal santista A Tribuna, na quarta-feira, 4 de abril de 1928



Na foto de José Marques Pereira, a "parte desmoronada". À direita, instalações da Santa Casa
Foto enviada a Novo Milênio por Eduardo Antônio Luzio Coelho em 2/10/2007


Na foto de José Marques Pereira, o Elevador Monte Serrat, em 1928
Foto enviada a Novo Milênio por Eduardo Antônio Luzio Coelho em 2/10/2007


Na foto de José Marques Pereira, a Santa Casa e seu necrotério, na vistoria em 15/3/1928
Foto enviada a Novo Milênio por Eduardo Antônio Luzio Coelho em 2/10/2007