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BONDES NO MUNDO
Portugal (1): Lisboa

Foto cedida pelo pesquisador norte-americano Allen Morrison

 

Bonde 571 (antigo bonde 223 da série 203-282) na linha 18, em direção à Alfândega

Foto: "Trams aux Fils"

 

Bonde 577 (antigo bonde 252 da série 203-282) na linha 18, em direção à Alfândega

Foto: "Trams aux Fils"

 

Bonde 574 (antigo bonde 415 da série 400 a 474) na linha 18, em direção a Ajuda

Foto: "Trams aux Fils"

 

Bonde 801 na antiga linha 15 para Estádio, em 1977 (a linha atual tem bondes modernos e não vai mais até Estádio)

Foto: "Trams aux Fils"

 

Bonde 902 (?) na antiga linha 15, em direção a Estádio, em 1977

Foto: "Trams aux Fils"

 

Bonde 353 (?) na linha 15, em direção a Quebrada, em 1977

Foto: "Trams aux Fils"

 

Bonde 701 (reformado em 1995/96, agora circula com o número 582), na linha 12, na direção de São Tomé, em 1977

Foto: "Trams aux Fils"

 

Bonde da linha 11, direção Graça (encerrada em 5 de março de 1984 após fusão com a linha 28)

Foto: "Trams aux Fils"

 


Bondes na Praça do Rossio, cerca de 1960
Foto: cartão postal, em "Trams aux Fils"

 


Bondes na Praça Restauradores e Avenida da Liberdade, cerca de 1950
Foto: cartão postal, em "Trams aux Fils"
 

Em Lisboa, os bondes, apelidados em função de sua cor amarela (como na imagem superior, da coleção do pesquisador Allen Morrison, de New York), são bem conhecidos e continuam em atividade até hoje. Mas, há dúvidas sobre o futuro, como relata o Jornal de Notícias, do Porto, na edição de 14/5/2000:

«Amarelos» ainda percorrem parte da cidade

Elevador da Glória, em Lisboa

(Foto: autor não identificado)

"A Companhia Carris de Ferro de Lisboa nasceu em 1872. A primeira linha foi inaugurada no ano seguinte, a 17 de Novembro, entre Santa Apolónia e o extremo Oeste do aterro da Boavista, em Santos. Então, os «eléctricos» circulavam com recurso à tracção animal, mas não eram exactamente carroças: as carruagens deslocavam-se sobre carris. Os «americanos» foram uma etapa muito provisória. Logo em 1877, a companhia iniciou a pesquisa de outros sistemas. Locomotivas a vapor chegaram a funcionar entre o Cais do Sodré e Algés. Mas também este não seria o sistema definitivo. O primeiro eléctrico começou a circular a 31 de Agosto de 1901, entre o Cais do Sodré e Algés. A comodidade e rapidez do novo sistema fez furor.

"Por volta de 1905, já toda a rede estava electrificada e os «americanos» já eram uma memória. A partir de 1900, foram sendo instalados novos carris, que pouco a pouco cobririam a cidade toda. Estações de recolha foram também sendo criadas em diversos pontos da cidade (Arco do Cego, Santo Amaro, Amoreiras...).

"Durante meio século bem medido, o nome da Carris correspondia à cara. Mas em Abril de 1944 os autocarros começaram a competir e o tlim-tlim dos eléctricos passou, ano após ano, a ser cada vez mais escasso na cidade. Contudo, a extinção total da rede de eléctricos que os anos 60/70 prenunciaram não chegou a vias de facto.

"Além dos novos eléctricos articulados, adquiridos a partir de 1995, foram remodelados 45 dos velhos «amarelos». A substituição total do sistema eléctrico e mecânico deu novo fôlego a uma frota com uma idade média de 60 anos. Porém, das 25 carreiras que atravessavam a cidade de ponta a ponta, restam hoje seis em funcionamento; e duas estão suspensas. Para sempre?"

Bonde em Lisboa

Foto: autor não identificado

Em outra parte da mesma edição, o articulista  J, A. Souza fala sobre os turistas e o bonde 28 - que já ganhou o título de «sobe-e-desce das sete colinas», por seu percurso de ida e volta entre as áreas de Martin Moniz e Prazeres, em Lisboa:

"Numa outra perspectiva da cidade, a da beira-rio, a linha 15 (Praça da   Figueira-Belém-Algés) disputa com o 28 a mais-valia de uma visão específica da cidade. Comece ou termine a linha do 28 numa ponta ou na outra, os actuais sete quilómetros entre o Martim Moniz e os Prazeres são servidos por 38 paragens.

"No seu percurso, o 28 oferece vislumbres mais ou menos óbvios de umas dez igrejas, oito conventos que já não o são, seis jardins, o Parlamento e a residência oficial do primeiro-ministro, além de duas dezenas de palácios e palacetes. E, naturalmente, muitos edifícios cujo estado de conservação já conheceu melhores dias.

"Este vaivém começou no dia 1 de Março de 1914, com um percurso inicial entre a Praça de Camões e a Estrela. Em 1928, a linha foi prolongada até ao Rossio e, em 1936, já chegava aos Prazeres. Em 1947, o 28A ligava a Rua da Conceição aos Prazeres. Em 1973, o 28 chegava finalmente à Graça.

"A partir de 1984, na seqüência da eliminação das linhas 10 e 11 - que faziam a circulação entre o Rossio e a Graça, respectivamente via Sé e via Anjos - o 28 passou a descer da Graça ao Martim Moniz."

A viagem pelos trilhos do mundo continua ...

Carlos Pimentel Mendes