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Nova Cintra (2)

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Matéria publicada no semanário Boqueirão News na edição de 14 a 20 de agosto de 2010, na página 2, seção "Campo Neutro":

Sintra, em Portugal

Foto: blogue Pathell, "Petição para salvar árvores em Sintra"

CAMPO NEUTRO

Nova Cintra, o Monte Sagrado

Valdir Nahora (*)

O morro da Nova Cintra traduz o sol, é o Monte Sagrado, a Serra da Lua. É que seu nome vem em homenagem à Vila de Sintra, em Portugal, que tem mais de dois mil anos e que tem seu nome associado a estes dons da natureza, na sua origem. O morro da Nova Cintra merece ter seu dia, o que propomos aqui, por reunir toda essa poesia, como aquele Patrimônio Cultural da Unesco europeu - que poderia ser nossa cidade irmã, como a região que apresentamos agora.

É, nosso morro da Nova Cintra se escreve assim com "C", ao contrário do original Sintra português, com "S". Esta vila lusa foi fundada no ano de 1154 e seu feriado municipal é no dia 29 de junho, o dia que vamos adotar. A vila de Sintra portuguesa tem tudo a ver com o morro de Nova Cintra santista, este também uma elevação, embora não tão alta como a vil portuguesa.

Com uma população aproximada de sete mil pessoas, segundo o IBGE, a Nova Cintra santista é uma referência entre os morros da cidade, já que existe uma concentração grande de comércio variado que atende a todos.

A nossa Cintra não tem castelos nem palácios, mas apresenta, também, um dos principais pontos turísticos e de lazer do município: a Lagoa da Saudade, que foi reurbanizada recentemente e recebeu toneladas de carpas para pesca gratuita e a instalação de decks de pesca.

É lá que fica a Vila Progresso, hoje um bairro próprio, o local mais alto da cidade. De acordo com a publicação "Morros - sua Toponímia" - um dos capítuos de sua Cartilha da História de Santos, editada em 1980 e impressa na gráfica da Prodesan, editada no saite Novo Milênio, o primitivo nome do morro foi Tachinho, atribuído por seus moradores, quase todos chacareiros portugueses - que o teriam adotado de um arrabalde montanhoso, semelhante ao de sua terra, como Sintra.

Quem lhe deu o nome atual - afirma-se - foi o cidadão português Luís de Matos, que se tornou figura de evidência na Cidade e um dos líderes, se não o líder, da colônia lusa. Vice-cônsul, que chegou a ser, de Portugal, era homem de cultura, capitalista e de idéias adiantadas. Foi o codificador do Racionalismo Cristão, movimento religioso que se criou em Santos e hoje difundido em algumas partes do mundo.

Sintra, assim, com "S", é uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa, na região de Lisboa, sub-região da Grande Lisboa e na Área Metropolitana de Lisboa. Tem mais de dois mil anos: ainda na época do Império, César concedeu o estatuto de Município Romano a Sintra, cerca de 50 Antes de Cristo. Logo, terá 2.060 anos. A Área Metropolitana de Lisboa é uma região que engloba 18 municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal. É o maior centro populacional do país, com 2.675.000 habitantes (2006), cerca de 25% da população portuguesa e 3% do território nacional português (...)

A Sintra portuguesa é uma unidade cultural que tem permanecido intacta em um conjunto de palácios e parques; de casas senhoriais e respectivos hortos e bosques; de palacetes e chalés inseridos no meio de uma exuberante vegetação.

Também é um conjunto de conventos de meditação entre penhascos, bosques e fontes; de igrejas, capelas e ermidas, pólos seculares de fé e de arte; enfim, uma unidade cultural intacta em um conjunto de vestígios arqueológicos que apontam para ocupações várias vezes milenárias.

A ocupação do morro santista da Nova Cintra remonta ao início da colonização portuguesa, quando da passagem de Martim Afonso de Sousa pela região. João dos Passos, um dos integrantes da esquadra lusa, teria se interessado então por criar um núcleo agrícola no planalto existente no topo do morro.

Com uma lagoa e uma cachoeira, a nossa Nova Cintra oferecia condições extremamente propícias para o plantio. Mudas de cana-de-açúcar foram trazidas da Ilha da Madeira, e o próprio Martim Afonso de Sousa teria organizado a construção de um engenho d'água no local, com uma capela dedicada a São Jorge - o Engenho dos Erasmos, cujas ruínas ainda existem até hoje, a Oeste do morro.

(*) Valdir Nahora (PSB) é vereador em Santos

Palácio de Queluz, em Queluz, concelho de Sintra, Portugal

Foto: blogue Imaginação Ativa

 

Paisagens de Sintra, Portugal

Fotos: Internet, diversos sites

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