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ROTA DE OURO E PRATA - ARMADORAS
Italia Società di Navigazione a Vapore

 

Nos últimos anos do século XIX, a corrente emigratória italiana em direção às duas Américas, a do Norte (Canadá e Estados Unidos) e a do Sul (Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai e Chile) foi se intensificando gradualmente, para atingir o seu ápice na chamada segunda fase de emigração, isto é, entre 1900 e 1914.

Para atender a essa crescente demanda, em maio de 1889 foi constituída, em Gênova (Itália), a empresa Italia Società di Navigazione a Vapore (Italia). Embora possuísse estrutura jurídica e dirigentes italianos, a "Italia" nada mais era do que uma subsidiária da toda poderosa armadora alemã Hamburg Amerika Linien (Hapag), comandada na época pelo famoso doutor Albert Ballin, homem que havia feito da marinha mercante alemã uma potência no período da virada do século XIX-XX.

Constituída a empresa, procurou-se dotá-la de navios. Foram ordenados aos estaleiros N. Odero & Cia., de Gênova, dois vapores que seriam lançados ao mar em outubro de 1900 e março de 1901, respectivamente, com os nomes de Toscana e Ravenna. Ao mesmo tempo, a armadora "Italia" afretava, da Hamburg-Süd, dois outros navios, que já faziam há anos a Rota de Ouro e Prata. Essas duas unidades eram o Pelotas (rebatizado La Plata ao ser afretado pela armadora "Italia") e o Antonina (cujo nome foi mantido).

As viagens inaugurais desses quatro navios, sob a bandeira amarela e azul da armadora "Italia", para a Rota de Ouro e Prata, aconteceram nas seguintes datas, com saídas de Gênova: Toscana, 4 de novembro de 1900; La Plata, 27 de março de 1901; Antonina, 17 de abril de 1901; e Ravenna, 5 de junho de 1901.

Meta - A ênfase operacional da empresa era de servir o tráfego emigratório italiano. Em 31 de janeiro de 1901, entrou em vigor na Itália uma importantíssima lei que regulamentava todos os aspectos ligados à emigração dos súditos do reino, inclusive aqueles aspectos relacionados com o tráfego marítimo.

O impacto que tal lei teve no mundo marítimo italiano foi grande, pois, em linhas gerais, penalizava (através de um complicado método de cálculo de tarifas) o armador estrangeiro em benefício do armador peninsular e isto sobretudo no tráfego emigratório.

Pouco a pouco, os efeitos genéricos da nova lei se fizeram sentir e três anos depois, em 1904, os armadores italianos estavam já revigorados financeiramente. Em fins daquele ano, a Hapag decidiu vender sua participação na "Italia" e sair de vez do mercado italiano. Após longa e difícil negociação, a maioria do pacote acionário passou às mãos da Navigazione Generale Italiana, a já conhecida NGI.


"O navio alemão Sierra Ventana é um dos três construídos pela armadora Norddeustscher Lloyd entre 1923 e 1924 para reforçar a linha da América do Sul. Os outros dois foram o Sierra Cordoba e o Sierra Morena. O Ventana foi o segundo navio da empresa com esse nome. Tinha dois mastros e duas chaminés, 11.452 toneladas, 149,58 metros de comprimento e capacidade de transportar 401 passageiros em cabinas e 712 imigrantes na terceira classe. Sua primeira viagem foi entre Bremen e Nova York. Depois, passou a fazer a rota para portos sul-americanos, incluindo Santos. Transportou milhares de imigrantes alemães e de outros países europeus até 1935, quando foi vendido para a armadora Italia e mudou o nome para Sardegna, mantido quando foi transferido para o Lloyd Triestino em 1937. Teve um final triste: foi torpedeado e afundado no dia 29 de dezembro de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, pelo submarino grego Proteus, no litoral da Albânia".

Imagem: Acervo José Carlos Silvares/fotoblogue Navios do Silvares (acesso: 13/3/2006)

 


"Brasile - O navio a vapor (piroscafo) Brasile, em belo cartão postal oficial da Italia Società di Navigazione a Vapore. Foi construído nos estaleiros de Fratelli Orlando, de Livorno, Itália, e lançado ao mar para a armadora La Veloce com o nome de Argentina. Fazia a linha entre portos italianos e a costa leste da América do Sul, até Buenos Aires. Em 1912, ainda na La Veloce, mudou o nome para Brasile, como homenagem ao país, nome que foi mantido em 1913, com a transferência para a frota da Italia (e que aparece neste cartão, com as chaminés amarelas). Em 1917 o navio foi para a armadora Transoceanica, em 1921 passou à frota da NGI e em 1922 para a Sitmar, sempre como Brasile, envolvendo em todo esse período incorporações de armadoras. Tinha 4.985 toneladas, 120,11 metros de comprimento, 14,53 metros de largura, duas chaminés, dois mastros e camarotes para 61 passageiros de primeira classe, 56 de segunda e 950 de terceira classe. A Italia foi fundada em Gênova, em 1899 com navios para o transporte de carga e passageiros na rota entre Itália, Brasil, Uruguai e Argentina e era controlada pela armadora alemã Hamburg-Amerika Linie até 1906".

Imagem: Acervo José Carlos Silvares/fotoblogue Navios do Silvares (acesso: 7/7/2013)

Texto: condensação de material publicado nas páginas referentes aos navios