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ROTA DE OURO E PRATA - ARMADORAS
Compañia Argentina de Navigacion Dodero

 

Dentro do aspecto relativo ao transporte de passageiros por via marítima transatlântica, é de se ressalvar a importância da emigração européia a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Com a Europa em ruínas ainda fumegantes, emigrar, para muitos, significava sobreviver, e o Eldorado latino-americano era chamariz ainda muito forte entre os povos da Europa e do Levante Mediterrâneo.

Portugueses, espanhóis, franceses, italianos, gregos, turcos, sírios e libaneses partiram aos milhares, tão logo foram reabertas as vias de comunicação marítima para a Venezuela, o Brasil, o Uruguai, a Argentina e o Chile.

De um modo geral, os países recebedores de emigração não possuíam muitos navios que se ocupassem do transporte desses imigrantes.

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, a Argentina e o Brasil passaram a receber um grande número de imigrantes europeus e japoneses, que fugiam das difíceis condições de vida existentes nos países da Europa e no Japão, devastados pela guerra.

Do Brasil e da Argentina, só este último país apresentou interesse em equipar sua marinha mercante com navios capazes de participar do lucrativo tráfego de homens entre o Velho Continente e a América do Sul.

A Compañia Argentina de Navegación Dodero, fundada em Buenos Aires em 1947, foi obra do Señor Alberto Dodero. Reunindo capitais próprios, de sua família e de terceiros, o senhor Dodero conseguiu criar sua empresa de navegação, com o objetivo de explorar o potencial de cargas de exportação argentina e, ao mesmo tempo, a crescente demanda por espaço de passageiros entre a Europa e a costa Leste da América do Sul.

Três linhas - Foi assim que, entre 1949 e 1951, a Companhia Dodero introduziu oito navios de passageiros no serviço da Rota de Ouro e Prata. Uma linha ligava Buenos Aires a Londres e empregava três navios recém-construídos com acomodações luxuosas de primeira classe e poucos lugares para as faixas inferiores. Uma segunda linha havia sido aberta para atender o fluxo de emigração européia para a Argentina, o Uruguai e o Brasil. As saídas eram mensais nas duas pontas da linha, Gênova e Buenos Aires, com escalas em Nápoles, Marselha, Barcelona, Lisboa, Rio de Janeiro, Santos e Montevidéu. Outra linha, esta exclusivamente para emigrantes, ia de Hamburgo a Buenos Aires. Para servi-la, foram encomendados três navios a dois estaleiros holandeses.

Em 1955, o governo argentino, presidido por Juan Domingo Perón, foi deposto, e a mudança do regime levou à criação da Flota Argentina de Navegación de Ultramar (FANU). Os navios que eram propriedade da Dodero foram transferidos para a recém-criada companhia, que englobava diversas companhias de navegação do País.

Em 1962, a FANU foi amalgamada com a Flota Mercante do Estado, formando assim uma nova empresa, que levaria o nome de Empresa Lineas Maritimas Argentinas (ELMA).

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