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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/05/01 23:16:57
Edição 102 - NOV/2001 

Opinião

Preservar para não perder

Edmur Mesquita (*)

As próximas gerações não podem ser privadas de admirar o esplendor das milhares de espécies de flores, plantas, aves e árvores, ao longo dos cinco quilômetros de extensão na orla de Santos. Muito menos das alamedas deste que é considerado o Edmur Mesquitamaior jardim frontal de praia do mundo, tão propícias para caminhadas e alívio das pressões diárias.

Pensando na sua preservação, entrei com pedido de tombamento do jardim no Condephaat. É uma medida preventiva, com o objetivo de impedir que no futuro esse bem de valor afetivo para a população seja destruído ou descaracterizado.

Ora, se é unânime o amor dos santistas pelo jardim, como explicar a polêmica em torno do assunto? Será desinformação ou má-fé? De todo modo, não posso transigir com interpretações equivocadas ou levianas. Refuto a acusação de que o pedido de tombamento impeça a construção da ciclovia. A obra pode ser realizada sim. Trata-se de crítica descabida, reflexo da armação em curso para confundir a opinião pública.

É igualmente pífio o argumento segundo o qual o tombamento “engessaria” a cidade, impedindo sua modernização. Preservação e revitalização são ações que se complementam. O temor de que a manutenção do jardim passe para o Condephaat, a quem caberia regular a troca de mudas de plantas ou flores, é tão desproposital que me recuso a comentar. Também é risível a tese de que o tombamento do jardim abrangeria o entorno dos prédios da orla. 

Enfim, meu pedido é um gesto prático em favor da preservação perpétua do mais lindo cartão postal de Santos. Nada mais que isso.

(*) Edmur Mesquita é deputado estadual, vice-líder do PSDB na Assembléia Legislativa.