Clique aqui para voltar à página inicialESPECIAL: FESTAS JUNINAS
http://www.novomilenio.inf.br/festas/junina04.htm
Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no jornal Cidade de Santos,
de Santos/SP, em 12/6/1977
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 06/12/02 17:04:18

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Antonio de Pádua

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Santo Antonio nasceu em 15 de agosto de 1195, quando em Lisboa, sua cidade natal, começava a se formar o espírito nacionalista português. Seu nome de batismo era Fernando, e só mais tarde adotou o nome de Antonio. Era filho de uma nobre família: seu pai era Martim Afonso de Bulhões e sua mãe Maria Teresa Taveira.

Desde pequeno, Fernando de Bulhões sempre teve um temperamento calmo e contemplativo. Seus pais eram profundamente religiosos, e na família havia um frade também chamado Fernando, seu tio, clérigo regular de Santo Agostinho, com quem Fernando iniciou seus estudos de Latim e Teologia.

Santo Antonio, o casamenteiroAos 17 anos, embora as moças da cidade tentassem conquistá-lo, e até mesmo uma delas chegasse a lhe propor casamento, Fernando resistiu à tentação e entrou para o convento dos frades agostinianos. Mais tarde, Fernando pediu transferência para o mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde recebeu as ordens sacerdotais, aos 24 anos. Lá também entrou em contato com cinco frades Menores, da ordem de São Francisco de Assis, que logo depois seriam enviados ao Marrocos, onde os cristãos lutavam com os mouros.

Padre Fernando queria ser mártir da Igreja, e pouco tempo depois de saber que aqueles cinco frades tinham sido torturados e mortos no Marrocos, entrou para a Ordem Franciscana, em 1220, pedindo para ser enviado ao Marrocos, para pregar entre os infiéis. Doente, voltava para Portugal, quando uma tempestade desviou a embarcação para o porto de Messina, na Itália, e ali ele ficou, juntando-se Fernando aos frades de Assis, onde após um célebre discurso foi nomeado Pregador Geral da Ordem.

Frei Antonio foi também professor de Teologia das universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-elay e Pádua. Dentro da Ordem Franciscana, liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo Superior Elias.

Apesar de jovem, frei Antonio não tinha boa saúde. Seu organismo estava cada vez mais debilitado pela doença que o levaria à morte, aos 36 anos: hidropsia. Tendo que voltar à Itália, por ocasião da morte de São Francisco de Assis, o fundador da Ordem a que pertencia, esteve em Roma e Milão, de onde seguiu para Pádua. Lá fez amizade com o Conde Tiso, que lhe colocou à disposição a casa e uma pequena igreja, onde Frei Antonio passava os dias trancado, rezando. Curioso, o conde foi espiar pelo buraco da fechadura, e viu o Frei Antonio, de joelhos, conversando com o menino Jesus. Esse segredo, a pedido de Frei Antonio, somente foi divulgado após sua morte.

Frei Antonio morreu em Pádua, a 13 de junho de 1231, no Convento Ara Coeli. Foi canonizado em 30 de maio de 1232, pelo papa Gregório IX e declarado Doutor da Igreja em 10 de fevereiro de 1946, pelo papa Pio XII.

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