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CULTURA/ESPORTE NA BAIXADA SANTISTA - ASSOCIAÇÕES
As associações culturais (1)

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Texto publicado no Almanaque de Santos para 1959 (1ª edição, 1959, Santos/SP - exemplar conservado na biblioteca da Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio - SHEC), com ortografia atualizada nesta transcrição (páginas 84/85):
 
A vida cultural em Santos

Várias instituições vêm contribuindo para a projeção da terra dos Andradas, no cenário artístico-literário do País.

As faculdades de Filosofia e Direito, o Instituto Histórico e Geográfico, o Clube de Arte, o Centro de Expansão Cultural, a Comissão Municipal de Cultura, a Sociedade de Cultura Artística, o Cine-Foto Clube, o Clube de Cinema e a Associação Santista de Belas Artes coloca-se em plano elevado nessa meritória tarefa de difusão cultural.

A Academia Santista de Letras

Francisco Paino, presidente da ASL

Foto publicada com a matéria

Fundada por monsenhor Primo Vieira e Clóvis Carvalho em 23 de junho de 1956, a Academia Santista de Letras logo contou com o apoio dos mais ilustres beletristas locais.

Seu primeiro presidente foi monsenhor Primo Vieira, a quem coube instalar, em março ce 1957, o referido cenáculo e empossar os acadêmicos eleitos para as diversas cadeiras, em solenidade de grande sucesso social.

Extinto o operoso mandato de monsenhor Primo Vieira, foi, por unanimidade dos confrades, eleito presidente o acadêmico Francisco Paino, que, com rara dedicação, muito tem contribuído para a projeção do nome da "Casa de Martins Fontes".

A atual diretoria da Academia Santista de Letras está assim constituída: presidente, Francisco Paino; sec. geral, Acácio Valim; 1º sec., Aristheu Bulhões; 2º sec., mons. Benedito Vicente dos Santos; tesoureiro, Thales de Mello; e bibliotecário, Francisco de Marchi.

É a seguinte a relação das cadeiras da Academia Santista de Letras, com os seus respectivos patronos e ocupantes já empossados: cadeiras nºs.:

 1 - patrono, Agenor Silveira, ocupante, Pedro Uzzo;

 2 - pat. Alberto Souza; ocup. Francisco Paino;

 3 - pat. Alberto Veiga, ocup. Manoel Moreira;

 4 - pat. Alexandre Gusmão, ocup. Clóvis Pereira de Carvalho;

 6 - pat. Ângelo de Souza, ocup. Jaime Franco;

 7 - pat. Bartolomeu de Gusmão, ocup. Edmundo Amaral;

 8 - pat. Galeão Coutinho, ocup. Edmundo Amaral;

10 - pat. Emília de Freitas Guimarães, ocup. Mariano Gomes;

11 - pat. Heitor de Morais, ocup. Manoel Paulino;

12 - pat. José Batista Coelho, ocup. Francisco de Marchi;

13 - pat. João Cardozo Menezes e Souza (vaga);

14 - pat. Joaquim Xavier da Silveira, ocup. Cassiano Nunes;

15 - pat. José Bonifácio de A. e Silva, ocup. Archimedes Bava;

16 - pat. José de Freitas Guimarães, ocup. João de Freitas Guimarães;

17 - pat. José Martins Fontes, ocup. Durwal Ferreira;

18 - pat. Júlio Ribeiro, ocup. Thales de Mello;

19 - Antônio Carlos R.A.M. e Silva, ocup. Aristheu Bulhões;

20 - pat. José Feliciano Fernandes (vaga);

21 - pat. Martim F. Ribeiro de Andrade (vaga);

22 - pat. Paulo Gonçalves, ocup. Saulo Ramos;

23 - pat. Ranulpho Prata, ocup. Primo Vieira;

24 - Valdomiro Silveira, ocup. Nicanor Ortiz; e

25 - pat. Vicente de Carvalho, ocup. Maria José Aranha de Rezende.

O núcleo da União Brasileira de Escritores

A U.B.E. já tem em Santos um dos seus núcleos em ação.

Em julho de 1958, na sede do Instituto Histórico e Geográfico, Sérgio Milliet, João Freire e outras personalidades dos meios literários paulistas e da direção da U.B.E. reuniram, ali, os homens de letras de Santos e, por indicação destes, designaram uma junta provisória composta dos intelectuais Archimedes Bava, Álvaro Lopes, Acácio Valim e Aristheu Bulhões, a fim de que a mesma providenciasse a instalação do núcleo local e indicasse, em eleição, os nomes de seus diretores.

A eleição foi realizada e os escritores Albertino Moreira, Álvaro Lopes e Aristheu Bulhões escolhidos, por unanimidade, para a direção do Núcleo de Escritores de Santos.

Na sede da Associação dos Médicos, na Avenida Ana Costa, a U.B.E. empossou os membros da novel entidade santista em solenidade pública, de que participaram Archimedes Bava, Itacy de Souza Teles, Pedro Uzzo, Cipriano Jucá, Querubim Corrêa e outros intelectuais.

O Clube da Poesia

Sendo a mais nova das entidades culturais de Santos, pois foi fundada em 12 de agosto de 1958, o Clube de Poesia, entretanto, congrega futurosos elementos dos seus meios intelectuais.

A Academia Santista de Letras arregimentou os escritores de mais tradição, não possibilitando, por isso mesmo, talvez, o aproveitamento de valores mais novos e ainda em formação.

Graças ao Clube de Poesia, a juventude de talento conseguiu aglutinar suas forças e garantir a continuidade cultural da terra, que sempre foi a fonte das mais altas expressões do pensamento poético nacional.

Idealizado por Dimas do Amaral, Vitorino Soares de Souza, Waeny e Aristheu Bulhões, o Clube de Poesia, desde a sua fundação, se vem impondo à confiança da intelectualidade santista, através do dinamismo incomum do seu presidente, que é o primeiro dos mencionados homens de letras.

Contando com a cooperação da poetisa Myrta Guarany Rosato, o Clube de Poesia já organizou um interessante coral falado, sob a direção da citada escritora.

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