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GEOGRAFIA E ECONOMIA DE CUBATÃO
Cubatão rural (?!)

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Informa o Censo IBGE 2010: Cubatão já não possui nenhum morador em área rural. Mas certas atividades e práticas características do meio campesino subsistem na cidade, ainda que com presença cada vez menor.

Em 2006, essas questões foram objeto de dissertação de mestrado de Vilma Aparecida da Silva, apresentada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Com o tema A campesinidade presente na construção do espaço geográfico da cidade de Cubatão, o trabalho foi orientado pela professora doutora Marta Inez Medeiros Marques e foi publicado no site da USP em 26 de junho de 2007 (acesso: 17/7/2014 - clique >>aqui<< para obter o arquivo PDF correspondente (30,3 MB): 

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Imagem: folha de rosto da dissertação

Dissertação de Mestrado

Documento
Autor
Nome completo
Vilma Aparecida da Silva
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2006
Orientador
Banca examinadora
Carlos, Ana Fani Alessandri (Presidente)
Lourenço, Fernando Antonio
Oliveira, Ariovaldo Umbelino de
 
Título em português
A campesinidade presente na construção do espaço geográfico da cidade de Cubatão
Palavras-chave em português
Agricultura urbana
Campesinidade
Migração
Proletarização
Urbanização
 
Resumo em português
O presente estudo tem o objetivo de analisar a ampla ocorrência de práticas rurais na cidade de Cubatão atualmente. Para tanto, considera o processo de urbanização dessa cidade, iniciado com a industrialização. Nesse sentido, o conceito de campesinidade de Woortmann (1990) assume importância central para a análise do contexto cultural que envolve a realização dessas práticas e o significado que elas apresentam para os sujeitos sociais nelas envolvidos. Cubatão se destacou por muitos anos como local estratégico de ligação entre o planalto e o litoral (Baixada Santista), exercendo a função de porto e posto fiscal. Com a instalação de colonos açorianos em suas terras em 1803, deu-se início a algumas atividades agrícolas no município. A partir da instalação da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, as atividades comerciais entraram em declínio e Cubatão passou a se dedicar à cultura da banana que se tornou uma importante atividade econômica até 1950, quando a cidade se tornou industrial. A produção agrícola foi drasticamente reduzida, ao passo que a indústria passou a atrair uma grande massa de trabalhadores migrantes, sendo muitos provenientes do campo. O tipo de urbanização advinda dessa industrialização produziu um espaço fragmentado, em sua maioria composto por favelas. A partir da realização de atividades agrícolas, a espacialização do migrante de raiz camponesa revela uma tentativa de apropriação do espaço através da lógica do uso. No entanto, essa prática é atravessada pela racionalidade do capital, através da ação estatal. Esse embate é vivenciado pelo migrante no plano do vivido, onde as insurgências do uso se impõem como o irredutível, não sucumbindo à opressão da equivalência; ou seja, as atividades realizadas por esse sujeito social são praticadas independente de serem permitidas, toleradas, proibidas ou negadas. Dessa forma, a cidade expõe suas contradições relativas à sua forma e seu conteúdo.
Título em inglês
A campesinidade presente na construção do espaço geográfico da cidade de Cubatão
Palavras-chave em inglês
Migration
Peasant moral order
Proletarization
Urban agriculture
Urbanization
 
Resumo em inglês
The aim of this study is to analyse the widespread incidence of rural practices that currently take place in the city of Cubatão. For this purpose, it considers the city's urbanization process, which began following the industrialization process. In this context, Woortmann's concept of peasant moral order (1990) assumes central importance in the analysis of the cultural context involving the accomplishment of these practices and its significance given by the social actors involved. For many years, due to its strategic localization, Cubatão played a relevant role in linking the plateau and the coastline (Baixada Santista), operating as a port and fiscal site. With the settlement of Azorean colonists in its land, in 1803, agriculture was introduced in the city. After the Santos-Jundiai Railway was built, commerce declined and Cubatão started concentrating on the culture of banana which became an important economic activity up to 1950, when the city became industrial. The agricultural production was then drastically reduced at the same time that the industry began to attract a great mass of migrant workers, constituted mainly by peasant individuals. The type of urbanization created by the industrialization process produced a fragmented space, formed in majority by slums quarters. As a result of rural practices, the spacialization of the migrant from a peasant background, discloses an attempt of spacialization through the logic of the use. However, these practices are crossed by the rationality of the capital, supported by State action . This conflict is experienced by the migrant in the realm of the lived, where the insurgencies of the use impose themselves as the irreducible, not succumbing to the oppression of equivalence; that is, the activities carried out by this social actor are practised independently of being allowed, tolerated, forbidden or denied. In this way, the city displays its contradictions relating to its form and content.

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