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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO
A Rua das Pernas Grossas (e outras)


Largo do Sapo ainda é a forma como a população cubatense chama uma das praças do município. Como esse, outros nomes folclóricos já batizaram vias de Cubatão, como registra o Jornal de Cubatão, na página 2 de sua terceira edição, publicada em 12 de maio de 1968. O texto, composto letra por letra, linha por linha, em tipos de chumbo, apresenta-se falho em diversos pontos, os chamados empastelamentos gráficos. Lembremos que "pito" era um tipo tosco de cachimbo. O autor era então membro da Sociedade Amigos da Cidade. A ortografia foi atualizada nesta transcrição:

Imagem: reprodução parcial da página original, conservada no Arquivo Histórico de Cubatão

Denominações antigas das velhas ruas e caminhos de Cubatão

Antônio Simões de Almeida

Com as novas gerações que vêm surgindo, o nosso passado vai caindo no esquecimento. Quem sabe hoje que tivemos uma rua conhecida por "Pito Aceso" e uma travessa com o nome de "Perna Grossa"?

A Rua do Pito Aceso de outrora é a atual Rua 13 de Março. No anoitecer do século passado e na madrugada do presente (N.E.: séculos XIX e XX), os moradores dessa rua, homens e mulheres, eram considerados na povoação como empedernidos fumadores. Fumavam em toscos cachimbos de barro. Assim, o uso do cachimbo pelos seus moradores deu origem ao primitivo (N.E.: trecho de composição empastelada) -ção da pedreira ali existente, pela antiga Diretoria de Estradas de Rodagem, a rua passou a ser conhecida por Rua da Pedreira; isto ocorreu depois do ano de 1923. A partir de 1949, foi-lhe dado o nome de Rua 13 de Março.

A Travessa da Perna Grossa era o nome da Rua 15 de Agosto. No início deste século
(N.E.: século XX) veio residir nesta rua um casal italiano. Chamava-se o marido Escabelle Francisco e a mulher, Emilia Escabelle. Este italiano era conhecido na povoação pelo apelido de "Quique" e a mulher, Emília do "Quique". Ela era possuidora de pernas grossas e formosas, no dizer dos coevos. Tão reputadas e tão faladas, que mais depressa o povo se lembrou de chamar aquela rua de Travessa da Perna Grossa.

Chamou-se depois de 1923 até o ano de 1949, travessa da Pedreira, quando a Câmara Municipal lhe pôs a atual denominação de Rua 15 de Agosto.

Tivemos a Rua do Porto, nome que tomou devido à existência dos portos de areia beirando o rio. Como as duas primeiras ruas, no referido ano de 1949, por lei votada pela Câmara Municipal, recebeu a denominação de Rua 17 de Outubro.

Praça Coronel Joaquim Montenegro, chamou-se a princípio, em tempos remotos, "Praça do Cubatão". Depois teve o nome de "Largo do Sapo". Finalmente, foi-lhe dado o nome que conserva até hoje, em reconhecimento pelos melhoramentos realizados neste logradouro pela Prefeitura de Santos, na época em que era prefeito do município o cel. Joaquim Montenegro. "Largo do Sapo" foi assim chamado porque, antes do aterro efetuado na praça, quando das "marés altas" ficava em parte alagada, dando motivo à proliferação de batráquios que pela noite afora entoavam as suas tristes árias.

A estrada entre Cubatão e Santos, construída no governo do primeiro presidente da Província de São Paulo, Lucas Antônio Monteiro de Barros, e inaugurada no dia 7 de fevereiro de 1827, no trecho entre o Rio Cubatão e as imediações da antiga Fábrica de Produtos Químicos, era conhecido como o Caminho do Capivari. Depois que os ingleses construíram e entregaram ao público, no dia 12 de maio de 1867, a atual Estrada de Ferro de Santos-Jundiaí, passou a chamar-se Caminho da Estação. Nos últimos anos em que o distrito de Cubatão fazia parte do Município de Santos, te- (N.E.: trecho de composição empastelada) a denominação oficial de Avenida Principal. Na mesma época, a estrada de rodagem da estação a Santos recebia a denominação de Avenida Bandeirantes, nome ainda conservado.

O velho Caminho do Capivari, batizado com o nome de Avenida Nove de Abril, deveria chamar-se Avenida "Caminho da Liberdade", ou "Avenida da Liberdade", relembrando, com uma destas denominações, a epopéia da Abolição.

O Caminho da Porteira ou do Cubatão de Cima, adiante do "Cruzeiro Quinhentista", seguia o traçado da atual Avenida das Indústrias, e o caminho da fábrica de papel, até encontrar a margem esquerda do Rio Cubatão, um pouco adiante do Rio das Pedras.

O Caminho do Itutinga, ou dos Pilões, tinha começo onde está a estação da estrada de ferro, prolongando-se em direção de Oeste, até encontrar a margem direita do Rio Cubatão, continuando na outra margem, alcançando desse lado a Barra dos Pilões. O meio de locomoção de que se serviam os sitiantes da margem esquerda para a travessia do rio era a cavalo e o carro puxado por bois. O leito deste caminho foi ocupado pelo tramway (N.E.: linha de bonde) da Cia. City, atualmente pertencente ao SASC (Serviços de Água de Santos e Cubatão).

Nos fins do século XVI, atravessando as sesmarias de Francisco Rui Pinto, foi aberto um caminho chamado "Caminho do Moji", que depois de 1840 foi conhecido pelo nome de Caminho do Cafezal. Vai da Praça Cel. Joaquim Montenegro até ao bairro de Piaçagüera.

O local onde foi construído o "Cruzeiro Quinhentista", entre os anos de 1914 e 1922 foi conhecido por "Jabaquara". Originou-se o nome pelo fato de residirem naquele ponto, nos referidos anos, várias famílias de cor.

- 1908 - A 17 de abril, com destino a Santos, passava pelo Cubatão o primeiro automóvel que descia a Serra. Viajavam nesse carro os srs. Antônio Prado Júnior, Clóvis Glicério, Mário Cardim, Bento Canavarro Mallé, o motorista. Este automóvel levou quatro horas para descer a Serra e duas para chegar a Santos.

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