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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - OLEODUTO SANTOS/S.PAULO
Combustível sobe a serra, no oleoduto (1)

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No livro Cubatão Ontem e Hoje - Um Marco no Desenvolvimento, publicado em 1970 pela paulistana Hallison Publicidade Ltda., com apoio dos departamentos de Imprensa e de Relações Públicas da Prefeitura Municipal de Cubatão, é contada a história do oleoduto que em 1951 passou a transportar combustíveis na Serra do Mar:

O oleoduto
Foto publicada com o texto

Combustível serra acima

Do óleo de baleia em lombo de burro ao moderno oleoduto da EFSJ

Obra de grande importância para a modernização da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ) foi a construção do Oleoduto Santos-São Paulo, que havia sido planejado em 1928, pelos engenheiros paulistas Mário Barros do Amaral e Jonas Pompeu.

Seus estudos visaram a construção de uma linha de 6 polegadas, sem sucesso. Posteriormente, a Standard Oil, a Light e a própria São Paulo Railway Company estudaram sistemas de transportes de combustíveis líquidos. Entretanto, somente em 1947 o Conselho Nacional de Pesquisas (CNP) designou comissão para estudar com mais profundidade o assunto. Faziam parte da comissão o coronel Arthur Levy; capitão-de-fragata Rubens Viana Neiva e o engenheiro Valdo Silveira.

Encerrados os estudos iniciais, foi encarregada de preparar o projeto a firma Willian Brothers, de Tulsa, EUA, sob a supervisão do sr. Willian G. Heltzel, com a assistência do engenheiro Leopoldo Miguês de Melo.

O material foi quase todo adquirido nos Estados Unidos, exceto uma parte da tubulação fornecida pela Alemanha. Em agosto de 1951, entrou em funcionamento a linha de 10 polegadas (gasolina-diesel-querosene) e, no mesmo mês, foram carregados os primeiros vagões-tanques do Terminal de Utinga, destinados ao interior do Estado.

Em abril de 1952, estava pronta a linha de 18 polegadas (óleo combustível). Nesta época era extinta a comissão e todas as operações passaram ao controle do Departamento de Oleoduto da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.

Inauguração de ramais - As obras prosseguem. O ano é de 1953: inaugura-se o ramal para a usina Piratininga, da Light. Em seguida, são construídos os ramais de óleo cru para as refinarias de Capuava e Presidente Bernardes e os ramais derivados. Embora o Oleoduto Santos-São Paulo liberasse cerca de 2 milhões de vagões-toneladas que antes transportavam produtos petrolíferos, entre Santos e São Paulo, a verdade é que a demanda cresceu de tal forma que, já em 1964, se sentia que a capacidade transportadora da linha de 10 polegadas estava superada e exigia nova tubulação auxiliar.

Coube à Techint Cia. Técnica Internacional realizar os estudos dessa nova linha, cujas obras foram executadas em seguida, sob a direção do Departamento de Oleoduto, e inauguradas a 22 de janeiro de 1969. É uma tubulação de aço com 39,6 km de extensão, ligando a Estação de Bombas de Cubatão (km 54 da Via Anchieta) ao Terminal de Utinga, em Santo André.

Essa linha destina-se ao transporte de gasolina, óleo diesel e querosene, ampliando a capacidade do sistema, para atender à demanda da zona abastecida pelo oleoduto.

Além dos produtos citados, transportará, também, gás liquefeito de petróleo, assim que ficarem concluídas as instalações do Terminal de Gás, em Utinga (N.E.: texto datado de 1970). Em sua fase inicial, a nova linha fará o transporte de 260.000 l/h, ou seja, 63% além da capacidade do antigo sistema. Com a instalação da futura Estação Booster, no Alto da Serra, prevista no projeto, a vazão atingirá a 415.000 l/h, equivalente ao dobro do atual.

Linhas instaladas - As linhas instaladas do Oleoduto Santos-São Paulo são as seguintes:

Diâmetro

Extensão 

24"

2,2 km

22"

11,4 km

18"

61,5 km

14"

19,6 km

12"

34,0 km

10"

98,0 km

08"

16,1 km

06"

22,7 km

Unidades de Bombeamento por produto:

 
Local
Potência em HP
Vazão l/h
a) 
Óleo Cru
 
Alemoa
600
1.500.000
 
Cubatão
1.600
320.000
b) 
Óleo Combustível
 
Alemoa
375
300.000
 
Cubatão
1.975
510.000
 
Alto da Serra
975
510.000
 
Utinga
375
300.000
c)
Claros (gasolina, óleo diesel e querosene)
 
Cubatão
3.200
675.000
 
Alto da Serra
800
675.000
 
Utinga
470
1.045.000

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