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HISTÓRIAS E LENDAS DE CUBATÃO - VILA SOCÓ - (7)
Em 2004, o medo retorna

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Uma das maiores tragédias de Cubatão, senão a maior, foi o incêndio de um oleoduto da Petrobrás que passava sob uma favela, Vila Socó, destruída pelas chamas com a morte de cerca de uma centena de pessoas, em 24/2/1984. Vinte anos depois, o medo de uma nova tragédia não havia desaparecido, como demonstra esta notícia do jornal santista A Tribuna, publicada no dia 21 de maio de 2004:
 
PREOCUPAÇÃO
Vila Socó volta a conviver com o medo

Forte cheiro de gás faz moradores lembrarem da tragédia de 1984

Manuel Alves Fernandes
Da Sucursal

Moradores da antiga Vila Socó, em Cubatão, viveram, desde a madrugada até as 12 horas de ontem, a mesma angústia de 20 anos atrás, temendo que os gases de produtos químicos (semelhantes a gasolina), que saíam de ralos internos de casas e galerias de águas pluviais de algumas ruas, fosse o prenúncio de uma nova tragédia. O cheiro causava náuseas e dor de cabeça.

Durante toda a manhã, técnicos da Transpetro, Cetesb e Defesa Civil vistoriaram os sistemas de esgoto e drenagem, para detectar um possível vazamento do sistema de dutos que atravessa a Vila São José (nome oficial da antiga Vila Socó).

O principal temor dos moradores é que algum dos dutos dessa subsidiária da Petrobrás estivesse com vazamento.

Mistério - Até as 15 horas de ontem, não se sabia ao certo de onde partiu o lançamento dos produtos químicos na rede de drenagem. Os moradores mais antigos da vila, como Geraldo de Jesus Guedes, 42 anos, continuam com medo. Coincidentemente, o incêndio de 25 de fevereiro de 1984 começou a menos de 200 metros da Rua João Sendra Pontt, onde, ontem, o cheiro de gasolina era mais forte.

Mas, o risco de explosão ou incêndio está afastado. O engenheiro Sidney Maia de Barcellos, representante da Cetesb no local, disse que desde o primeiro momento ficou demonstrado que não havia possibilidade de explosão ou incêndio.
A partir das 14 horas, com a remoção dos produtos químicos (operação feita pela Transpetro) dos bueiros e o uso de cerca de dez mil litros de água para lavar a rede de saneamento, serviço coordenado por Antonio Piccoli, da Secretaria de Meio-Ambiente da Prefeitura, o odor desapareceu.

Gato escaldado - Mas, na parte da manhã, o forte cheiro de gases levou as equipes da Cetesb e a Defesa Civil a levantarem a hipótese de remoção de todos os cerca de 3 mil habitantes da vila. Essa medida foi descartada por volta das 11 horas, após o risco de explosão ser considerado nulo. Técnicos da Transpetro também garantiram à Cetesb e ao prefeito Clermont Castor (que esteve no local às 12h30) que o sistema de bombeamento de gasolina, GLP, álcool e derivados, formado pelos dutos entre a base de provimento de Cubatão e o Porto de Santos, estava estacionário, sem enviar qualquer produto.

Apesar das justificativas, Clermont considerou válidas a cautela e a preocupação dos moradores da vila, diante do incêndio que aconteceu em 1984: "Gato escaldado tem medo de água fria". Ele percorreu a área em companhia dos vereadores Geraldo Guedes e Manuel de Jesus (ambos do PL) e dos secretários municipais de Desenvolvimento Urbano, Raul Borin, e de Meio-Ambiente, Eduardo Bello.

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