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Publicado originalmente na edição especial do Cidade de Santos de 8/12/2000
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 02/17/03 19:53:34
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CIDADE DE SANTOS

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Diretor Presidente - Caldeira Fria       SANTOS - SEXTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2000      R$ 0,50      ANO II       Nº 1


O JORNAL DOS DESERDADOS

Deserdados do Cidade se reúnem
pelo segundo ano consecutivo

José Luiz Lousada

Tentando repetir a gloriosa e etílica festa do ano passado, os deserdados do Cidade - hoje todos ricos e bem de vida - se reúnem neste 8 de dezembro de 2000, 13 anos após o fechamento do jornal.

Uma festa que - salvo engano dos organizadores - vai levar todos ao delírio e aos prantos para comemorar o Novo Milênio, deixar alguns mais bêbados do que os outros, 'navegar' pela redação - e se alguém lembrar no final de tal magnânimo evento, preservar a memória Cidade.Primeira edição do 'Cidade de Santos', em 1º de julho de 1967

O Cidade de suas histórias de jornalismo, de suas visitas à redação - dos malas, dos bem queridos, e dos que só iam encher o saco. De suas reportagens coletivas, dos editores tresloucados e suas idéias mirabolantes. Da vida que rolava ali, pelo menos seis horas do dia ou da noite.

Da greve (?) de 79, da eterna briga com a Triba para ver quem dava o furo, da briga com o Folhão para que o Cidade não fechasse, das pautas, das mudanças e remudanças de sua estética e conteúdo.

O Café Paulista ali do lado. Do fechamento enlouquecido das 20h, do telex, dos fotógrafos, dos laboratoristas, dos motoristas, dos cartunistas, da revisão, do arquivo, da garagem, do dia do pagamento,... da Marli.

Da portaria, dos plantões aos domingos - e que plantões - das gerações de repórteres que por lá aprenderam a fazer jornalismo usando apenas a cabeça e uma máquina Olivetti às mãos e, quem sabe, hoje nem se lembram que um dia sentaram-se à frente daquelas enormes mesas e suas cadeiras de madeira.

O Cidade das festas de fim de ano, na redação e nas churrascarias de 2ª. Do lanchinho das 17h20, dos ratos e seus lindos filhotinhos que passeavam faceiros pela redação - e das caçadas napoleônicas, que quase sempre redundavam com a morte de um deles no bico da vassoura.

O Cidade tem muita história para contar, recontar e aprender. Merece, no mínimo por dever de ofício, um bom convescote.

Neste jornal o caro leitor vai poder apreciar uma pequena e sadia colagem do Cidade, pra lembrar os tempos de outrora.

Os organizadores alertam: qualquer semelhança com algum fato real, não é mera coincidência. É a mais pura, sincera e sublime realidade.