Grupos de internautas usando salas de bate-papo virtual do MIRC, outros jogando Quake pela Internet, até mesmo alguém fazendo pesquisa escolar, outros simplesmente surfando na Web, ou se vendo na rede mundial de computadores através da webcâmera instalada no salão,  marcaram dia 10 (N.E.: de 12/1998) o ambiente da inauguração do Internet Bar, o primeiro bar-choperia da região a oferecer acesso Internet aos freqüentadores. È também o quarto estabelecimento do gênero cibercafé (bar com acesso Internet aos usuários) conhecido no Brasil, depois dos bares inaugurados em São Paulo, Rio de Janeiro e Joinville.

Os cibercafés são uma moda de vários anos na Europa, especialmente nos pubs ingleses, e que também está chegando aos Estados Unidos e a outros países. Neles, os freqüentadores podem navegar na Internet enquanto apreciam petiscos e bebidas, e o uso intensivo da informática permite ainda uma série de atrativos inéditos em outros estabelecimentos. Por exemplo, os computadores podem funcionar em rede para disputas de jogos on-line fechados entre os usuários do bar, ou via Internet com qualquer outro internauta. Além disso, são uma oportunidade para muita gente ter seu primeiro contato com os recursos da Internet, ou para fazer pesquisas aproveitando a maior velocidade proporcionada por uma ligação direta.

Os proprietários do Internet Bar tiveram a idéia há menos de três meses, a partir da visita de um dos sócios a um bar desse tipo existente em Joinville. Pesquisando, conheceram também o @bar no Rio de Janeiro e a partir dessas experiências iniciaram a montagem do bar santista. Descartaram, por exemplo, o controle do uso da Internet a partir da reinicialização do computador, preferindo por enquanto um controle feito na própria comanda do garçom, que libera os equipamentos mediante senha. Futuramente, está nos planos instalar um programa de controle de tempo nos computadores, já que esse tipo de controle e alguma tarifa por tempo de acesso são necessários para evitar casos como o de alguém nada consumir no bar mas ocupar mesa e computador por longo período.

As pesquisas indicaram também que estabelecimentos desse tipo são utilizados pelos internautas como ponto de referência para se encontrarem pessoalmente e apenas ocasionalmente navegarem na Internet. Mesmo os serviços de bate-papo pela Internet acabam funcionando mais para o internauta avisar os amigos de que está no bar, convidando-os a se encontrarem com ele ali. Assim, quando quiser apenas conversar com as outras pessoas, o usuário pode parar de usar o computador (avisando o garçom para suspender a contagem do tempo de uso), reiniciando depois.

Também foi descartada a cobrança de valor alto para o uso dos computadores, e o bar está criando a possibilidade dos usuários (que ainda não possuam endereço de e-mail) preencherem um cadastro simplificado, ao chegarem ao bar. Ao deixarem o estabelecimento, já levarão consigo cinco cartões-de-visita impressos com seu nome e endereço de e-mail gratuito (Zip Mail), que poderão usar como referência permanente para o envio e recebimento de correspondência eletrônica. Será instalada uma impressora na rede, para a eventual necessidade de impressão de um e-mail recebido.

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