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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 07/08/02 09:33:40
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NOTÍCIAS 2002

Inovação tecnológica eleva a competitividade

A adoção de políticas adequadas de incentivo à inovação tecnológica é o principal caminho para a indústria nacional atingir o mercado externo com a competitividade necessária para aumentar as exportações e gerar saldos comerciais para o país.

A afirmação é de Luiz Carlos Delben Leite, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), e fez parte do discurso proferido no dia 4/7/2002 na abertura do I Enitec - Encontro Nacional da Inovação Tecnológica Para Exportação e Competitividade. O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, abriu os debates com palestra sobre a Política de Inovação Tecnológica e Competitividade.

Luiz Carlos Delben Leite, presidente da Abimaq

Na opinião de Luiz Carlos - que também preside a Sociedade Pró-Inovação Tecnológica (Protec), promotora desse evento -, o "superávit da balança comercial é um dos pilares essenciais para viabilizar a economia brasileira, capaz de eliminar paulatinamente a nossa maior vulnerabilidade, que é o desequilíbrio das contas externas".

Em seu discurso, Luiz Carlos alertou ainda que o Brasil registrou em 2001 apenas 110 patentes nos Estados Unidos, enquanto nações como Coréia e Taiwan obtiveram, respectivamente, 3.538 e 5.371 registros no mesmo período. "Essa situação teve influência direta na exportação desses países, que foi aproximadamente três vezes superior à do Brasil".

Outro dado preocupante apontado pelo dirigente empresarial é que o Brasil ocupa a 43ª posição na listagem da inovação tecnológica, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). "O Brasil chegou a esse patamar porque nunca teve uma política de incentivo ao desenvolvimento tecnológico. Ao contrário, em 2001 foram gastos US$ 3 bilhões para o pagamento de royalties e patentes às empresas estrangeiras", afirmou.

O I Enitec é um evento promovido pela Protec, instituição criada em 2/2002 por algumas entidades de classe – Fiesp, Firjan, Fiemg, Abimaq, Abinee, Abifina, entre outras – que representam 75% da produção industrial do Brasil.

Segundo Luiz Carlos, "a Protec foi fundada com o objetivo de mobilizar o setor produtivo para assumir o papel dinâmico e autônomo que lhe cabe no processo de inovação tecnológica no País, e um de seus pleitos é alterar o projeto de Lei de Inovação, de forma a permitir que os recursos dos fundos setoriais de desenvolvimento científico possam ser aplicados diretamente em empresas privadas".

Para discutir propostas alternativas, o I Enitec prosseguiu até 5/7/2002, no Centro de Convenções da Firjan, no Rio de Janeiro, reunindo empresários, autoridades e dirigentes do setor produtivo brasileiro, destacando-se as palestras: "Exportação, Alca, União Européia, Mercosul e Inovação", por Robério Oliveira Silva, secretário executivo da Camex do MDIC; "Interação entre Empresa, Universidade e Institutos de Pesquisa", por Evando Mirra de Paula e Silva, presidente do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos do Ministério da Ciência e Tecnologia; "Política Industrial e Inovação Tecnológica para a Exportação e Competitividade", por Benjamin Sicsu, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio.