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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 04/21/01 18:32:51
Medo da vaca louca traz chance para Brasil 

Na América Latina, o Brasil está liderando os estudos no sentido de padronizar a rastreabilidade da carne, seguindo o modelo europeu, que vigora desde 1/2001. Este trabalho, coordenado pela Associação Brasileira de Automação (EAN Brasil), será importante para que a carne brasileira conquiste fatias maiores do mercado internacional, aproveitando o fato de que o rebanho nacional está livre da doença da "vaca louca" e o verdadeiro pânico que esta provocou no consumidor europeu.

A reação do consumidor europeu, perante a comprovação de que a doença da "vaca louca" – nome popular da Encefalopatia Espongiforme Bovina – é também transmissível ao homem, tem sido simplesmente parar de consumir este produto. Estão sendo realizados diversos estudos para determinar com segurança tanto a presença da doença em pessoas e animais, como um caminho para a sua prevenção e cura. 

Normas - Para que o consumidor tenha mais segurança de que está consumindo carne saudável, órgãos reguladores europeus criaram meios que permitem atestar a origem do produto. Este sistema de rastreabilidade da carne, que assegura ao consumidor a procedência e possibilita identificar até mesmo o animal do qual se originou um específico corte de carne, hoje está normatizado no Regulamento da União Européia sob os números (CE) 1760/2000 e 1825/2000.

Esta regulamentação entrou em vigor em janeiro de 2001 e determina que toda carne comercializada no continente europeu, de origem local ou importada, deve ter identificação que permita saber o país de nascimento, engorda, abate do animal e processamento da carne, aplicando-se também aos exportadores brasileiros de carne.

Os trabalhos técnicos que subsidiaram o sistema de rastreamento foram conduzidos pela Seção Especial para Padronização da Carne das Nações Unidas, que conta com a participação de especialistas de todo mundo, incluindo-se aí a EAN International, que coordenou mais de 50 organizações da indústria da carne (provenientes de 30 países) e contribuiu de forma decisiva com os padrões de identificação por código de barras, que constam em seu "Guia para Rastreabilidade da Carne Bovina". 

Grupo de trabalho - A EAN Brasil está coordenando a formação "Grupo de Trabalho para Automação e Rastreabilidade da Carne Bovina" no Brasil. O objetivo é aumentar a eficiência e assegurar a qualidade dos produtos, bem como fornecer um sistema aceito internacionalmente para a rastreabilidade das informações. 

Este grupo de trabalho conta com a participação de representantes das principais empresas da cadeia de suprimentos da carne, especialmente o elo exportador. "Estamos diante de uma oportunidade única de o Brasil se consolidar como importante provedor de carnes, sobretudo porque o rebanho brasileiro está livre desta doença", destaca Roberto Matsubaiashi, gerente técnico da EAN Brasil. Mais informações sobre este trabalho podem ser obtidas na EAN Brasil, pelo telefone 0800.11.0789 ou por correio eletrônico.