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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 09/12/00 02:29:26
ABTA'2000
TV paga fatura R$ 1,15 bilhão no 1º semestre 

De janeiro a junho de 2000, o mercado brasileiro de TV por assinatgura faturou R$ 1,15 bilhão, o que representa 60,5% do faturamento bruto do setor durante todo o ano passado. Os dados são do Panorama da Indústria de TV por Assinatura encomendado à Pay TV Survey pela Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA). O relatório foi lançado no dia 11/9/2000, na abertura do ABTA 2000. A Pay TV Survey faz também projeção para o número de assinantes este ano: deve ficar entre 3,2 milhões e 3,541 milhões. 

Segundo o estudo, a TV paga começa a despontar como indústria com grande relevância econômica para o País. O setor faturou em 1999 R$ 1,9 bilhão, apenas se levando em consideração as operadoras e programadoras. Essta é a receita total das operadoras com assinaturas (adesões), mensalidades e outros, como venda de revista de programação ou publicidade. Desse total, 25% em média é destinado à compra de programação. Pode-se estimar, portanto, uma receita das programadoras, apenas com assinaturas, de cerca de R$ 475 milhões. 

O investimento total das operadoras em 1999 foi de cerca de R$ 300 milhões. Além disso, a TV paga também tem uma contribuição crescente na receita dos fabricantes de equipamentos de telecomunicações e prestadores de serviços como instalação, projeto e construção de redes. 

O setor de distribuição de sinais de TV (operadoras) emprega diretamente cerca de 10 mil funcionários, 30% nas áreas técnica e de operação, 60%, nas áreas administrativa e de vendas e 10% em instalação. 

Cenários - A empresa de pesquisa PTS realizou projeção para ano 2005 com cenários pessimista, base e otimista. No cenário conservador, ou base, prevê-se estabilidade econômica com crescimento médio do PIB de 3% ao ano. As operadoras continuarão a balizar osinvestimentos pela atratividade das localidades. Naquelas mais atendidas ou com renda e consumo abaixo da média, os investimentos serão adiados. 

As políticas adotadas para a atração da classe C não têm conseguido elevar sua participação no número de assinantes. Por isso, sua adesão agora é prevista em 7% da base total de assinantes, contra a previsão anterior de 10%. Mas ela continuará a merecer atenção especial. Neste cenário, considerado o mais provável, a PTS projeta, para 2005, uma base de clientes de 6,5 milhões. 

No cenário pessimista, considera-se que a economia crescerá anualmente em média 2%, nos próximos anos. A evolução da TV paga depende, além do desempenho da economia, da evolução da TV aberta. Quanto melhor a programação, menos estímulo haverá para a entrada de novos assinantes, sobretudo os da classe C. 

Esse cenário considera um baixo crescimento da quantidade de domicílios de maior renda (classes A e B) e leva em conta o risco de um certo fracasso na tentativa de ampliar a penetração na classe C, cuja participação pode até crescer, mas com reflexos no nível de inadimplência e no resultado final das empresas. Nesse quadro, a base de clientes deverá atingir cerca de 6 milhões em 2005. 

Finalmente, em um cenário otimista, a economia crescerá de maneira relativamente rápida. Haverá investimentos maciços nas operações para prover diferentes serviços, além de transmissão de programação de TV, para atrair novos clientes. Mesmo assim, a classe C continuará com um índice de penetração baixo (8%), igual ao registrado atualmente. Nesse cenário, a base de assinantes ultrapassará 7 milhões em 2005. 

Com relação ao faturamento, os cenários apontados pela Pay TV Survey levam em conta a expansão da base de assinantes e também as políticas de preços a serem adotadas. Os preços para o segmento de satélite devem continuar estáveis ou com pequena redução, mesmo no cenário pessimista.

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